O Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro (STPA) anunciou uma greve para o dia 14 de agosto contra as previstas alterações ao regime jurídico do trabalho portuário, feitas por quem “não conhece o setor”.
“Eles querem acabar com o trabalho portuário”, lamentou à Lusa Américo Martins do STPA, referindo-se à revisão da legislação laboral do setor, prevista no memorando de entendimento assinado com a ‘troika’, e que passará por uma alteração ao quadro jurídico do trabalho portuário.
O responsável assinalou que “quem está a fazer esse tipo de acordo, um acordo entre o governo e alguns patrões, não conhece o setor portuário”, e não está a “conversar com os sindicatos”.
“Eles estão a fazer coisas que, na prática, não funcionam [e] não querem ouvir ninguém”, acrescentou Américo Martins para quem, com as alterações previstas, “as coisas deixam de funcionar simplesmente”.
O também trabalhador da Empresa de Trabalho Portuário (ETP) de Aveiro esclareceu que os sindicatos de Aveiro, Viana e Caniçal-Madeira “concordam” com a greve às horas extraordinárias convocada para 15 de agosto por várias empresas e portos de Figueira da Foz, Setúbal e Sines.
“Os nossos sindicatos não estão nesse pré-aviso de greve. Embora concordem com essa forma de luta”, assinalou, explicando que “Aveiro tem uma insolvência e não é compatível com a greve de mais de um dia” tal como os portos de Caniçal-Madeira e Viana do Castelo com “uns problemas”.
Para dia 14 está também agendada uma “deslocação para o porto de Sines” para um plenário geral dos trabalhadores.
Américo Martins salientou ainda que existe “solidariedade de Espanha e França” que poderão também aderir à greve.
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