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Alto Minho

Trabalhadores dos estaleiros sentiram “preocupação” nos deputados sobre futuro

24 Janeiro, 2013 - 08:23

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) reconheceram um “sentimento preocupação” nos deputados dos vários partidos sobre o futuro da empresa, depois de reuniões que se prolongaram durante nove horas.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) reconheceram um “sentimento preocupação” nos deputados dos vários partidos sobre o futuro da empresa, depois de reuniões que se prolongaram durante nove horas.

“Todos os deputados, de todos os agrupamentos parlamentares, se mostraram preocupados com a situação da empresa e com a falta de esclarecimentos do Governo sobre o futuro e sobre o contrato com a Venezuela, para a construção dos navios asfalteiros”, admitiu à agência Lusa António Costa, o porta-voz da comissão de trabalhadores dos ENVC.

Os representantes dos atuais 625 trabalhadores foram recebidos na Assembleia da República por todos os agrupamentos parlamentares, encontros se prolongaram durante nove horas e que serviram para abordar o futuro da empresa, em processo de reprivatização.

“Todos os deputados, eleitos por Viana ou não, admitiram que o Estado, por estratégia e até para salvaguardar a construção naval militar, deveria manter uma participação na empresa e não alienar a totalidade do capital social”, disse ainda António Costa.

Os trabalhadores deram conta aos deputados da “falta de informação” sobre o futuro da empresa, nomeadamente por aguardarem “há meses” pelo agendamento de uma reunião com o ministro da Defesa e acusaram que a empresa não avança com a aquisição do aço necessário para arrancar com a construção de dois navios para a Venezuela “por falta de liquidez”.

“Os deputados mostraram-se muito céticos em relação a este contrato e comprometeram-se a pedir informação ao Governo”, acrescentou António Costa.

Trata-se de um contrato rubricado em 2011 entre os ENVC e a empresa de petróleos da Venezuela (PDVSA) e que continua por concretizar, apesar das várias renegociações contratuais que já sofreu, devido ao incumprimento da empresa.

“Se perdermos este contrato, ficamos numa situação muito complicada”, admitiu o porta-voz dos trabalhadores.

Os ENVC estão há um ano em processo de reprivatização e, em novembro, foram selecionados, com propostas vinculativas de compra de 95% do capital social da empresa, dois grupos, de capitais russos e brasileiros, para a última fase do negócio.

O processo ficou entretanto parado devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao governo português, alegando dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC entre 2006 e 2010.

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