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Alto Minho

Trabalhadores dos Estaleiros de Viana pedem reunião a Durão Barroso

22 Abril, 2013 - 09:01

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) anunciaram que vão pedir uma reunião ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, como forma de contestar o anunciado “encerramento” da empresa.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) anunciaram que vão pedir uma reunião ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, como forma de contestar o anunciado “encerramento” da empresa.

“Vamos chamar à atenção para o nosso problema. Não pode ser uma multa da Comissão Europeia que coloca em causa uma empresa com quase 70 anos”, disse António Costa, porta-voz da Comissão de Trabalhadores (CT) dos estaleiros.

Descrevendo o anúncio de “liquidação” da empresa por parte do Governo como um “bom murro no estômago”, os trabalhadores da empresa reuniram-se hoje, em plenário extraordinário, pouco depois dos responsáveis da CT terem sido recebidos pelo ministro da Defesa Nacional, em reunião realizada no Porto.

José Pedro Aguiar-Branco confirmou aos trabalhadores o cenário de “liquidação” dos ENVC e o lançamento de um concurso público internacional para subconcessão dos terrenos ocupados pela empresa, podendo o vencedor assumir uma parte ou a totalidade dos 620 atuais funcionários.

“Estamos a falar do encerramento premeditado da empresa. É uma forma diplomática de o fazer. Mas nós estamos aqui para lutar pelos estaleiros, uma empresa que custou muitas vidas para criar”, afirmou António Costa.

O Governo decidiu, na quinta-feira, em Conselho de Ministros, “encerrar definitivamente” o processo de reprivatização dos ENVC, face à publicação oficial da investigação lançada pela Comissão Europeia às ajudas estatais, de 181 milhões de euros, concedidas à empresa desde 2006.

Segundo o entendimento de Portugal, explicou à Lusa fonte governamental, a Comissão Europeia defende a devolução dos apoios públicos concedidos à empresa, por alegadamente terem colocado em causa as regras comunitárias da concorrência, ou, em alternativa, o seu encerramento, para que nenhuma entidade utilize futuramente esses benefícios, como poderia acontecer no anterior cenário de reprivatização.

Os trabalhadores não aceitam o cenário de liquidação e já pediram à população de Viana do Castelo para se mobilizar em defesa dos estaleiros e vão ainda solicitar reuniões a vários responsáveis, além de Durão Barroso, como o Presidente da República.

Ao primeiro-ministro, os trabalhadores vão pedir a realização de uma auditoria financeira às contas da empresa.

“Se são precisos 180 milhões de euros, a gestão danosa dos últimos 15 a 20 anos na empresa já representou muito mais do que isso. Exigimos a responsabilização das administrações que nos levaram a esta situação ou milhões de euros nas contrapartidas dos submarinos que lesaram a nossa empresa”, disse ainda o porta-voz dos trabalhadores.

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