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Alto Minho

Trabalhadores dos Estaleiros de Viana deixam reunião “muito preocupados”

19 Abril, 2013 - 15:23

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) escusaram-se a esclarecer o conteúdo da reunião que tiveram hoje, no Porto, com o ministro da Defesa, Aguiar-Branco, adiantando apenas estarem “muito preocupados”.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) escusaram-se a esclarecer o conteúdo da reunião que tiveram hoje, no Porto, com o ministro da Defesa, Aguiar-Branco, adiantando apenas estarem “muito preocupados”.

O porta-voz da Comissão de Trabalhadores dos ENVC, António Costa, adiantou que ainda durante a tarde de hoje se realizará uma assembleia-geral, nas instalações de Viana do Castelo, para discutir o assunto com os restantes trabalhadores.

António Costa referiu que deve ser o ministro José Pedro Aguiar-Branco a “explicar à comunicação social e ao país o que quer” para os estaleiros.

“Saímos daqui muito preocupados e, lamentavelmente, se soubéssemos para o que vínhamos, não tínhamos vindo ao Porto”, frisou, adiantando, contudo, que o que está em causa “não tem a ver com despedimentos”.

Segundo António Costa, os trabalhadores têm andado nos últimos dois anos, “todos os dias, preocupados e desgostosos com a forma como este processo tem sido conduzido”.

“O nosso papel aqui é a manutenção da empresa e dos postos de trabalho, lutar pela viabilização da empresa”, disse, “e continuamos a dizer e a afirmar que a empresa é viável e uma empresa com futuro, queira o governo, queiram os governantes deste país”.

Para o trabalhador, se o Governo não tem capacidade financeira para deter a totalidade do capital da empresa, pode optar por ficar apenas com parte, “35% ou 25%, por exemplo, como tem noutras empresas”.

“Há outros corredores por onde pode ir até ao limite”, frisou.

A reunião entre o ministro Aguiar-Branco com a CT dos estaleiros, que decorreu no Porto, demorou cerca de duas horas.

O Governo decidiu, na quinta-feira, em Conselho de Ministros, “encerrar definitivamente” o processo de reprivatização dos ENVC, face à publicação oficial da investigação lançada pela Comissão Europeia às ajudas estatais, de 181 milhões de euros, concedidas à empresa desde 2006.

De acordo com o ministro da Defesa, está a ser preparado um “modelo alternativo” que permita “potenciar aquele ativo estratégico” e, em simultâneo, que vá de encontro “às pretensões europeias”, envolvendo a subconcessão dos terrenos dos estaleiros a privados.

Os ENVC, garantiu José Pedro Aguiar-Branco, vão entretanto dar “início” à construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela, no valor de 128 milhões de euros, por concretizar desde 2010.

Segundo decisão do Conselho de Ministros, será ainda lançado um concurso público internacional para a venda do ferryboat Atlântida, encomendado e depois rejeitado pelo Governo Regional dos Açores.

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