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Viana do Castelo

Trabalhadores dos estaleiros de Viana “clarificam” futuro no ministério da Defesa

26 Janeiro, 2013 - 10:20

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão reunir quarta-feira com o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, encontro em que esperam “clarificar” o futuro da empresa.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão reunir quarta-feira com o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, encontro em que esperam “clarificar” o futuro da empresa.

Em declarações prestadas, esta sexta-feira, à agência Lusa, António Costa, porta-voz da comissão de trabalhadores, confirmou a marcação desta reunião no Ministério da Defesa para quarta-feira, após vários pedidos que foram formulados “há mais de três semanas”.

“Queremos que seja clarificado o futuro da empresa e do negócio que temos com a Venezuela. O Ministério da Defesa tem de assumir que não há perigo de perdermos este contrato, face ao impasse no processo de reprivatização”, afirmou.

A reunião com Paulo Braga Lino está agendada para as 10:00 de quarta-feira e à tarde os trabalhadores dos ENVC serão recebidos também na Assembleia da República pela Comissão Parlamentar de Economia, acrescentou o porta-voz.

“Alguém tem de clarificar o futuro dos estaleiros e se estamos ou não em incumprimento com o contrato da Venezuela, que é a nossa única grande encomenda”, sublinhou António Costa.

Além do impasse no processo de privatização, que deveria ter sido concluído em dezembro, a preocupação dos 625 trabalhadores prende-se com o contrato rubricado em 2011 entre os ENVC e a empresa de petróleos da Venezuela (PDVSA), no valor de 128 milhões de euros.

Apesar das várias renegociações contratuais que já sofreu, a última das quais em outubro de 2012, a construção ainda não arrancou, o mesmo acontecendo com a aquisição de matéria-prima, como aço.

Os ENVC estão há um ano em processo de reprivatização e, em novembro, foram selecionados para a última fase do negócio, com propostas vinculativas de compra de 95% do capital social da empresa, dois grupos, de capitais russos e brasileiros.

O processo ficou entretanto parado devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao governo português, alegando dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC entre 2006 e 2010.

O negócio com a Venezuela foi descrito pelo ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, como “nuclear” para o processo de reprivatização dos estaleiros.

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