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Desporto

Súmula da jornada de 8/9 de Novembro

10 Novembro, 2014 - 11:23

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Recorde os principais momentos desportivos do fim-de-semana.

São Martinho fez uma aparição pela ronda do fim-de-semana, trazendo um pouco do seu Verão a uma jornada acalorada, bem quentinha, para não dizer mesmo efervescente. Dá impressão que castanhas e vinho não faltaram, mas os golos também se fizeram aparecer para gáudio de uns e amargura de outros. É sempre assim.
A divisão principal vianense ampliou o número de golos da ronda anterior, ultrapassando em meio golo a média/jogo, atingindo os vinte e oito golos, voltando a marcar todos os anfitriões e ficando em branco apenas a lanterna vermelha, Moreira do Lima e o Melgacense, na condição de forasteiros.
À meia hora de partidas ou mesmo ao intervalo, não era expectável que os artilheiros tivessem uma etapa complementar com pontaria tão afinada, mas, se dúvidas houvesse que os jogos só terminam por volta dos noventa minutos e com o último apito do árbitro, ontem teriam sido dissipadas, pelo menos em metade dos campos.
E à oitava ronda, o Neves alcançou o estatuto de líder isolado após triunfo suado no reduto do vizinho Vila Fria, com vitória tangencial conseguida nos últimos instantes numa partida com cinco golos, largando os outros dois parceiros que o acompanharam até à entrada da jornada, pois um e outro mais não conseguiram que empatar os seus encontros. No dérbi arcuense, o Atlético adiantou-se bem cedo no marcador, mas o Paçô não tardou a restabelecer a igualdade em um golo, “arrumando” bem cedo o desfecho, em comparação com os restantes campos. Em Perre, registaram-se duas igualdades a um em cada uma das metades, com os courenses a conseguirem o empate decisivo já na ponta final, chegando a pairar algum ar de surpresa no Olival, mas ainda não foi desta que os locais atingiram o primeiro triunfo.
Desfeito então o trio da frente, formou-se um perseguidor, pois a Arcos e Courense juntou-se o Valenciano que averbou também uma vitória difícil, no seu estádio, frente ao Lanheses. De nulo ao intervalo à igualdade a um para os minutos finais, os raianos lá conseguiram o golo maravilha que catapultou a equipa para aspirar, de novo, à liderança. E atenção a Domingo próximo, na viagem até ao líder!
Golos muito tardios surgiram ainda em Ponte da Barca e foram dois para a turma local, concedendo aos anfitriões uma vitória sobre o Melgacense, dando algum alento a Zé Pequeno, mas o empate chegou a estar eminente em terras da Nóbrega e aconteceu mesmo no 1o de Janeiro, em mais um por dois golos, não conseguindo os homens do Desportivo aguentar a vantagem que tiveram por duas vezes sobre um Campos que dá ideia de ter notado o habitual nervosismo que continua a carregar a equipa da terra de Deuladeu.
Restam mencionar dois encontros com resultados diametralmente opostos, já que a lanterna vermelha, Moreira do Lima, naufragou no Beira-Mar, frente ao Castelense que aplicou uma mão cheia sem reacção forasteira, ao contrário da turma da Correlhã que vai galgando terreno para a sua posição habitual, acrescentando agora triunfo forasteiro, com vitória no dérbi com o vizinho Vitorino de Piães, remontando a desvantagem de um golo ao intervalo para dois em seu favor na etapa complementar.
Menos um golo apenas, ou seja, vinte e sete é a soma dos tentos da divisão secundária, com um nulo na “despedida” ao pelado do Areal, já que nem Raianos nem a equipa B do Vianense conseguiram concretizar, ficando-se por um empate que deixa o Vila Franca em liderança isolada na prova, pois alcançou triunfo folgado em Castanheira onde as “rosas” marcaram quatro golos e nem sequer foram beliscadas com um espinho.
O líder é agora seguido de perto pelo par monçanense, já que ao Raianos se juntou o Moreira, mercê de mais um triunfo, desta vez forasteiro, em casa da lanterna vermelha, Lanhelas, que não tirou vantagem da chicotada psicológica. A vitória dos canarinhos por quatro a zero não sofre contestação, mas os números, por si só, poderão não esconder algumas dificuldades sentidas, pois a consolidação do triunfo aconteceu apenas nos minutos finais.
Na sequência na tabela, realce ao triunfo saboroso do Arcozelo em Távora, por dois a um, noutra remontada ocorrida, bem como ao empate em três golos, na foz do Minho, onde Caminha e Chafé se defrontaram e acabaram por se atrasar um pouco na progressão na carreira. Aconteceram ainda dois triunfos caseiros, diremos que esperados com alguma naturalidade, como foram o do Ancorense frente ao Fachense, numa partida com apenas um golo, bem como do Gandra, em terra e tempo de São Martinho, ao Darquense, este traduzido em dois golos sem resposta.
Contas feitas, resta um encontro em que se marcaram bastantes golos para atingir os vinte e sete. Foi precisamente em casa doutra lanterna, as Águias do Souto que deram uma bicada aos conterrâneos de Bertiandos mas receberam meia dúzia em troca, em mais uma goleada no que vai de prova.
Efervescente esteve também a jornada do campeonato nacional de seniores, mormente no dérbi do alto Minho com o Vianense a triunfar sobre o Cerveira, já em período de compensação, anulando a desvantagem do intervalo. Uma grande penalidade, ou melhor a recarga ao penalti e um golo em período de compensação aliviaram a pressão vianense e derrotaram a ousadia da turma da vila das artes que esteve a poucos segundos de pontuar na capital do distrito. Já o outro conjunto alto minhoto, o Limianos regressou aos triunfos levando de vencida a turma do nordeste transmontano, respirando um ar mais tranquilo, embora ainda em zona poluente, mas de melhor saída e retirando muitas hipóteses ao Bragança de se manter na luta pelas alturas.
A ronda foi ainda fértil pela primeira vitória do Vieira, que nem assim deixou a lanterna vermelha, mas evitou a fuga do Vilaverdense, que sofreu dois golos em terras da Cabreira, bem como pelas vitórias caseiras do Pedras Salgadas, com um golo isolado frente a Santa Maria e sobretudo do Fafe, que, fruto da vitória por dois a zero sobre o Mirandela, ascendeu novamente à liderança, sagrando-se campeão da primeira metade desta fase.
E vamos passar pelo futebol profissional em jornada também escaldante, com troca de liderança na II Liga, para onde saltou a Oliveirense, à qual bastou um magro golo sobre Santa Clara, beneficiando do nulo em Chaves que a equipa flaviense impôs ao Benfica, e da derrota surpreendente do Freamunde, em seu domicílio perante a equipa do Olhanense.
Na liga principal e depois do sensacional Vitória SC de Guimarães ter passado duas noites na liderança, após ter triunfado em Arouca, remontando nos últimos dez minutos um jogo em que esteve em desvantagem, a Águia voltou ao seu posto na tarde domingueira após triunfo Nacional, na Choupana, por dois a um, com golos madrugadores e acabou ainda presenteada com dois brindes vindos de Alvalade e da Amoreira. O Leão rugiu baixo, no seu covil, foi “enjaulado” em mobília pacense e ficou-se por empate caseiro, deitando borda fora o décimo terceiro ponto perdido e caindo para o sétimo degrau da escada, tornando mais difícil a subida. Por sua vez, o Dragão fez jus à tradição e a Amoreira voltou a ser macabra, obrigando ao mesmo resultado da época transacta, ficando-se pelos dois a dois, que conseguiu quase em milagre sob o apito final, quando a primeira derrota entrou na mente de muitos portistas. É certo que, apesar disso, o Porto continua a manter o título de único invicto, mas baixou ao lugar de bronze, ultrapassado pelo outsider Vitória, que dormirá agora três semanas no posto de vice-líder.
Definido começa a ficar o fundo da tabela, onde se mantém cada vez mais perdidos gilistas e penafidelenses, com os primeiros na lanterna vermelha após derrota em Braga, por dois a zero, golos que teimaram em surgir, estando o Penafiel apenas um furo acima, saindo derrotado na compensação, no Bessa, com mais um golo único retardador, quando já nada o fazia prever.
Pois. Foi só mais um no meio de tantas decisões tomadas em cima da hora. Duma vez por todas, venha lá o convencimento que os jogos só terminam com o apito final do árbitro. Mesmo num fim-de-semana de São Martinho, bem quentinho como foi o deste ano.

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