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Desporto

Súmula da jornada de 5/6 Abril

7 Abril, 2014 - 09:12

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Confira os principais momentos do fim-de-semana desportivo.

Estamos a sair dum daqueles fins-de-semana em matéria desportiva de grande complexidade, que até teve contornos de algum cariz picaresco, à mistura com tons de algum dramatismo e folclore em tons garridos na exibição de algumas arbitragens. Foi um daqueles que se não tivesse existido ou não o tivéssemos acompanhado na íntegra, certamente ficaríamos desgostados por tal.
O episódio mais picaresco aconteceu lá para as terras de Inês Negra, com o encontro a ter início mais de cinquenta minutos para além da hora, potencialmente motivado pelo atraso prolongado do guarda-redes local que de não disponível parece ter passado a indispensável, mas só pôde “aterrar” no Centro de Estágios para além das dezasseis e quarenta! E questionarão: como pôde o Melgacense justificar tamanho atraso? Para já, só Rui Fernandes (e assistentes) o saberá, mas provavelmente já expôs o assunto a quem de direito. Bem, tirando este episódio “original” nas nossas tardes desportivas, o jogo traduziu-se por uma vitória do Moreira de Lima, com um único golo no encontro, importante para as aspirações dos forasteiros e penoso para os locais que ainda não podem “respirar” tranquilidade absoluta. E talvez o Darquense, que arrancou triunfo caseiro perante a difícil equipa do Vila Fria, por dois a um, não esperasse esta “proeza” dos limienses, mantendo-se, a partir de agora, este mano a mano entre ambos até que uma escorregadela os separe, já que o Bertiandos deve ter sentenciado a sua sina de despromoção ao consentir um golo ao campeão Cerveira, suficiente para “afundar” os das Lagoas e bastante para ampliar a vantagem dos da vila das artes, traduzida já em dezasseis pontos.
Deixando a mini liga dos últimos, passemos aos postos de honra, com os louros ao Castelense que reocupou a vice-liderança após claro triunfo sobre o Courense, por três a um, além do desperdício duma grande penalidade, num encontro em tons encarnados por Jorge Brito e graças à ajuda do Campos, que no 1º de Janeiro continua em excelente prestação, averbando mais um triunfo claro sobre o Atl dos Arcos, por dois a um, após igualdade em um golo no final da primeira metade.
Fora do pódio pode ter ficado o Desportivo de Monção, cujas “muralhas” ruíram no espaço de um minuto, a seguir à resistência que lhes dera o empate e acabaram por sair goleados frente ao Neves que, uma época mais, se perfila para ficar na dianteira dos da terra de Deuladeu, não aproveitando os monçanenses a “oferta” do empate a um golo entre Correlhã e Ponte da Barca, conjuntos que se voltarão a enfrentar dentro de doze dias para a posse da Taça.
Resta, relativamente à jornada que teve vinte golos, mencionar o único nulo, conseguido pelo Lanheses em Vitorino de Piães, entre duas equipas que já alcançaram os objectivos propostos. Deslumbrante – repetimos, “deslumbrante” – foi o que nos ofereceu a jornada da divisão secundária nos quatro encontros em que se jogava para a promoção e que acabou por ser benéfico para os Raianos, com duas “prendas” ou pelo menos uma saborosíssima após tão grande sofrimento numa partida imprópria para cardíacos, no Areal. O jogo teve sete golos e uma vitória mínima, à tangente, do Raianos que esteve três vezes em desvantagem perante uma das lanternas vermelhas da prova, o Darquense B que diz estar aí para fazer tremer ainda muito boa gente, e o Raianos, naturalmente agradece já que receberão Paçô e Vila Franca. Uma vitória arrancada a ferros, melhor, com nervos de aço, bafejada pelas derrotas de Perre, em Chafé, e sobretudo do Vila Franca em Vila Praia de Âncora, curiosamente ambas pela mesma desvantagem de dois a um, apenas cortadas pela vantagem mínima do Paçô que também passou por muitos calafrios em S. Martinho da Gandra.
Era evidente e certo que o Perre manteria a liderança e a sua vantagem continua confortável porque o mais directo perseguidor também saiu derrotado, mas o segundo posto continua embrulhado numa amálgama de três equipas separadas por dois pontos. Temos campeonato por mais quatro jornadas. Que maravilha!
Para cumprir calendário, na aproximação aos lugares mais altos, a vantagem foi do Távora que permutou com o seu adversário, Arcozelo, após triunfo por dois a zero e beneficiou ainda da distribuição de pontos no encontro entre Fachense e Caminha, já que se ficaram pela igualdade a um golo.
Finalmente, o dérbi do Vale, com o Moreira a manter o ciclo negativo de não vitórias, consentindo um golo em Castanheira, voltando a unir o conjunto local com o Darquense na repartição dos dois últimos lugares. Já o Lanhelas aproveitou a uma oportunidade de poder saltar um degrau, diminuindo a distância para o seu imediato, Águias do Souto, o qual derrotou por quatro a dois, num dum encontros mais contributivos para os vinte e nove da jornada.
Passando para o nacional de seniores e não obstante faltarem seis jornadas, parece traçado o destino do Ninense após derrota por dois a um no Vianense, tal como se mostra complicadíssima a tarefa do Valenciano em evitar a despromoção e senão a directa, certamente que é inevitável a disputa da eliminatória, após este novo desaire por três a zero em Fafe, onde os valencianos entraram a perder já que não estavam decorridos mais de trinta segundos quando sofreram o primeiro dos três golos com que saíram do estádio. Mirandela e Vilaverdense empataram-se num encontro produtivo de quatro golos e Santa Maria levou de vencida o terrífico encontro com o Pedras Salgadas, igualmente por dois a um, deixando esta equipa no trio de condenáveis. Do conjunto da jornada, parece ter ficado definido o trio onde recairão todas as dores de cabeça, constituído por Ninense, Valenciano e Pedras Salgadas, podendo os restantes confirmar a tranquilidade nas rondas seguintes, com excepção para Santa Maria, que não ficará de todo isento.
Na série de subidas, o destaque da ronda vai para Vizela, a quem bastou um “tiro” para abater os “capões” de Freamunde, que perderam a invencibilidade e possibilitaram uma ponta final em interessante duelo deste par, ficando já bastante para trás o quarteto perseguidor, composto por Boavista e Guimarães B que ontem ficaram em branco, tal como Bragança que deixou juntar o Cesarense ao grupo após infligir derrota aos transmontanos, pelo outro dos dois golos da jornada, pois os dois últimos, S. João de Ver e Limianos mantém os lugares após o nulo registado entre ambos em terras da Feira.
Relativamente ao campeonato principal do futebol nacional, da jornada vigésima sexta ainda falta a disputa do jogo da Águia, esta noite na Catedral da Luz onde não vai certamente afogar-se no caudal do Rio Ave, antes voltar à diferença pontual inicial da ronda para o Leão e acabar com todos os cálculos matemáticos para o Dragão, independentemente de uns e outros terem cumprido os seus jogos pela mesma margem de três a um, pese em ambientes distintos, já que o Dragão “chumbou” os estudantes de Coimbra, na sua sala nobre, enquanto o Leão “partiu” a mobília do Paços de Ferreira em plena capital do móvel. Tudo isto numa ronda interessante pela luta quer por lugares europeus quer pela manutenção. Nesta última, realce ao Belenenses pelo seu triunfo em Barcelos, onde o Gil não conseguiu garantir salvação, e ainda pela ajuda do Braga ao vencer em Olhão, numa ronda que voltou a relançar a esperança aos minhotos, ajudados pelo Setúbal que aplicou chapa três ao Nacional, encontrando-se agora este par em disputa do quinto posto, praticamente garantido que o quarto será do Estoril, após vitória esclarecedora em Guimarães.
Em apontamento final, pelo Inatel, o Cabaços “despediu-se” do título ao perder em Adecas, por um a zero, ficando a decisão para a derradeira jornada, em 27 de Abril entre o campeão em título e actual líder Adecas e o Cardielos.
A saudação final vai para o Ancorense, no escalão de Juniores, que com um único golo apontado no último segundo do período de compensação arrebatou a Taça do escalão ao Limianos, num jogo que reuniu no Estádio Lourenço Raimundo, em Valença, muita gente e agentes ligados ao futebol, entre as quais a Rádio Vale do Minho, pois “estamos em todas, para que todos estejam connosco.”

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