PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Desporto

Súmula da jornada de 3/4 de Outubro

5 Outubro, 2015 - 08:55

150

0

Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Bem se pode dizer que às vezes a natureza se encarrega de dizer aos humanos que afinal há sempre alternativas aos seus impossíveis. Vem isto a propósito da força obrigatória dos jogos em dia de eleições, já que se tornava inviável optar por outra data. Ora, o nevoeiro que saltou do Atlântico sobre a montanha madeirense acabou por obrigar a encontrar nova data para a realização do União da Madeira/Benfica. Que parece não ser fácil, mas agora é que não haverá alternativa. E lá se foi a irreversibilidade dos dirigentes da Liga que, afinal, acabou por se tornar idêntica à dum político bem conhecido.
A nós, cá pela região, a natureza a tal não nos obrigou, mas não deixou de nos dar um pequeno “castigo” para suportar a ronda em tarde eleitoral. Mas até valeu a pena, que mais não tivesse sido pelo sabor de vinte e nove golos na divisão principal que quase redundava num empate entre visitados e visitantes, com os de casa a conseguirem apenas mais um tento que os forasteiros.
E à quarta ronda, eis que o Valenciano lidera isolado, ainda que com menos um encontro, sendo já o único com percentagem máxima de pontos. Entraram de forma fulgurante os valencianos que, em apenas quinze minutos, conseguiram uma vantagem de três golos na Correlhã, a qual foram gerindo e somente viram os cornelianos a atingirem o ponto de honra já pela entrada na recta da meta. E o salto para a liderança teve ainda três ajudas preciosas: primeiro, a do Cerveira, que entrou praticamente a ganhar no Manuel Lima, embora a sua vantagem não tivesse ido para além do quarto de hora, momento que fixou o empate final do encontro muito importante para ambos os conjuntos, embora mais penalizador para os de Deuladeu pelo factor casa; depois, do Campos que esteve em vantagem diante do Chafé mas consentiu a reviravolta, consumada já na etapa complementar, mas acabando os anfitriões por conseguir a igualdade em dois já no “lavar dos cestos”, que não destoa aos caseiros e mantém os vianenses ainda em sensação e invictos a par da dupla Valenciano/Desportivo; e finalmente a do Lanheses que causou a surpresa da jornada ao triunfar em Vila Franca, pela margem mínima, num encontro de cinco golos e muita emoção, como é sempre este dérbi, permitindo aos da margem direita a fuga da lanterna vermelha.
Das quatro partidas que faltam mencionar, destaque ao Atlético dos Arcos que consumou a primeira vitória, ainda que magra, com um único golo conseguido na segunda metade em casa do Courense, ficando-se por empates em um golo para cada, os encontros Castelense/Ponte da Barca, dando indicação que os barquenses andarão arredados da luta cimeira, tal como um Paçô/Vila Fria, demonstrativo da diferença larga dos arcuenses comparativamente à época anterior. Salienta-se ainda mais um triunfo caseiro, o mais lato da ronda, no dérbi entre Vitorino de Piães e Moreira do Lima, com uma novena de golos, sendo sete para os anfitriões e dois para o visitante, que passa agora a ostentar o título de lanterna vermelha da prova.
A ronda da divisão secundária encheu-nos com três dúzias de golos, sendo que apenas o Darquense ficou sem fazer o gosto ao pé ou à cabeça. Cabeça de cartaz em Arcozelo, na recepção ao Távora, os arcuenses confirmaram o seu estatuto de liderança, após triunfo por um a dois, sendo os únicos com pontuação máxima possível. Na peugada, segue o Ancorense, que, por igual marca, arrancou três pontos em Perre, e o mesmo resultado conseguiu também o Melgacense na deslocação ao terreno do regressado Âncora Praia. Eis três triunfos forasteiros, pautados todos perla mesma bitola, dando indicações que estaremos perante uma “troika” a ter em consideração e atenção para o que por aí se seguirá.
Jogando fora, o trio monçanense não se poderá dizer que teve boa produção, tanto que o único ponto alcançado veio para Moreira, representando o primeiro, conseguido diante do Cardielense, com o guardião Velho a sofrer o golo poucos minutos após ter marcado o dos “canarinhos”, naquele que já é o segundo pessoal em outras tantas grandes penalidades. Já Raianos e Longos Vales acabaram por sofrer quatro golos cada qual, com os sanjoaninos a apontarem apenas o ponto de honra nos instantes finais, não conseguindo evitar o “banho” nas Lagoas de Bertiandos, ao passo que os Raianos ainda andaram alguns momentos em vantagem, mas apenas foram capazes de enfiar três, perdendo, assim, pela tangente, o que não deixa de ser uma derrota, manchada também pela expulsão de dois atletas.
O Lanhelas superou o Darquense, conjunto similar de intenções, com dois golos apontados na segunda metade, garantido um dos postos do primeiro terço, registando-se mais duas goleadas caseiras, ambas com “chapa quatro”: de Anais sobre os vizinhos do Fachense, que apenas concretizaram por uma única vez, deixando os estreantes a lanterna vermelha exclusiva do Castanheira que, apesar de ter estado em vantagem ao intervalo e apontado outro golo na segunda parte, não conseguiu evitar os quatro do Vianense B.
A jornada cinco do Campeonato Nacional de Seniores veio confirmar a crise do Vianense, vencido em sua casa pelo Mirandela, que lhe ofertou duas “alheiras”, sendo melhor a prestação dos outros dois vianenses, quer o Limianos que averbou triunfo caseiro, magro é certo, com um golo solitário, diante dos insulares do Marítimo, quer especialmente o Neves que foi vergar as Pedras Salgadas, obrigando-as a “borbulhar” por quatro vezes, apesar de terem replicado em três ocasiões.
Os transmontanos não se deixaram vencer em suas casas, com os da capital, os brigantinos, a conseguirem a marca de três a zero diante da ora lanterna vermelha, Camacha, enquanto os mineiros de Argozelo bateram bem o pé ao líder, Vilaverdense, não lhe consentido mais que a igualdade na repartição dos quatro golos.
No futebol profissional da II Liga, Chaves e Portimonense são, de momento, os dois candidatos à promoção, com os dois triunfos arrancados no Minho, diante dos “B” dos rivais, Vitória e Braga, não obstante a liderança já folgada do Porto e a perseguição do Sporting a meia dúzia de “passos”.
E na Liga principal, “D. Sebastião” foi o vencedor na Madeira, já que o seu surgimento obrigou o nevoeiro a encobri-lo e, por isso, União e Benfica tiveram que sacrificar-se pelo adiamento, aproveitando os rivais para se distanciarem um pouco, ainda que à tal condição, embora o Porto tivesse encontrado dificuldades para abrir os “braços” da Cruz de Belém, enquanto os conquistadores foram para Alvalade com espadas muito rombas e ainda por cima com generosidade a mais para um leão esfomeado de pontos.
Quem pouco aproveitou esta folga encarnada forçada foi o Braga, incapaz de ultrapassar a teia arouquesa, mas o mesmo não fez o Rio Ave que galgou ao posto de bronze graças a um golpe dado ao xadrez do Bessa. Realce ao primeiro triunfo dos estudantes coimbrões, à custa dos madeirenses do Marítimo, que se deixou encantar com um “fado”, em desgraça idêntica aos seus conterrâneos do Nacional que foram carregados com três “móveis”, em Paços de Ferreira.
Na abertura da ronda, os “canarinhos” não conseguiram espremer a laranja sadina e, por isso, não pernoitaram na liderança, antes viram o adversário aproximar-se, como próximos, entre si, se mantiveram, em lugares tenebrosos, Tondela e Moreirense, que se empataram, em terras da Beira.
Uma pincelada final para as modalidades, salientando uma entrada, apesar de tudo satisfatória, do Valença HC com empate no Infante de Sagres, um dos potenciais candidatos, esperando-se que as próximas rondas confirmem a supremacia valenciana. Como esperado, no arranque da principal competição, os favoritos, jogando em casa, praticamente confirmaram o seu estatuto, mormente Benfica e Porto que chegaram aos dois dígitos de golos, sendo algo estranho o apertado triunfo da Oliveirense, pela mínima, diante da Juventude de Viana, bem como o empate cedido pelo Valongo diante da Física.
E não obstante o Basquetebol apenas surgir na próximo semana, não podemos alhear-nos da modalidade, para saudar o Benfica pela conquista da Supertaça, até porque ocorreu aqui à nossa porta, no Pavilhão de Cerveira.
E como acabamos de constatar, lá conseguimos conciliar futebol e política ou melhor desporto e cidadania. Mas não havia necessidade… como o (In) Desejado nevoeiro o demonstrou.

Últimas