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Desporto

Súmula da jornada de 30/31 Maio

1 Junho, 2015 - 09:41

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Confira os principais momentos que marcaram o fim de semana desportivo.

Cabeça à roda ou o mundo doido, já não nem se sabe bem que termos utilizar para esta última crónica que deixou a cabeça em frenesim a muita gente, incluindo-nos na participação da chamada “festa do futebol”. Que grande dissabor se apoderou dos poucos adeptos bracarenses ou se quiserem dos muitos que o seguiram neste Domingo, dia da “festa do futebol”. E se algum provérbio aqui terá aplicabilidade, o “último a rir é o que ri melhor” encaixa que nem uma luva na final da Taça de Portugal. Não há desculpas para o mais pintado, seja grego, troiano ou indígena. Estar a vencer por dois a zero a dez minutos do final e com mais um atleta praticamente todo o tempo e não arrebatar o troféu, não consegue desculpa esfarrapada. Por isso, parabéns, Sporting e repensa a tua vida, Serginho, porque o teu relógio precisa de outra corda.
Já a da Liga, essa teve outros contornos, bem mais arreigados para os finalistas em contraste de consonância e importância comparativamente à Taça de Portugal. Em Coimbra, ambos os fados tiveram a sua aplicabilidade, e não se deixaram ficar por linhas travessas. E se de facto o Marítimo veio para demonstrar que, “amigos, amigos, negócios à parte”, já o Benfica aplicou o mote “Coimbra tem mais encanto/ na hora” de rumar ao Marquês/Pr’a mostrar ao nosso “manto”/Esta Taça pela sexta vez.
E foi mesmo, parece que sem Marquês, parece que até sem “Catedral”, à última hora, o certo é que o Benfica duplicou os troféus esta época e isso é, essencialmente, o que conta.
A finalíssima do principal campeonato vianense também não poderia terminar de forma mais dramática e empolgante. Para adensar ainda mais o dramatismo e colocar os desfibrilhadores em acção, teve que ser esta a forma de terminar o campeonato distrital da I Divisão da Associação de Futebol de Viana do Castelo, no último momento da prova – a indicação da marca fatídica dos onze metros, que pela vez terceira acabaria por desequilibrar o empate em um entre Neves e Arcos.
Poder-se-ia pensar numa final mais emocionante? Certamente, impensável.
Concretizado o pontapé, de forma certeira, será esta a jogada a ficar na História do mais longo campeonato vianense, do escalão principal, conquistado pelo Neves. E consequentemente passará e será registado o nome do autor do tento, Dhida, também por ter falhado outro no reatamento do encontro, mas pelos anais, crónicas actuais e futuras, lembranças dos tempos, será a dupla Paulo Vieira/Bruno Nunes como a mais relembrada, mormente pelas gentes das terras de Valdevez, como se eles tivessem sido os responsáveis pelo não desatar do nó mais cedo. A verdade é que desconhecemos qualquer lei que restrinja a marcação de grandes penalidades – quando acontecem deveras – seja no primeiro ou no último segundo da partida.
Talvez a culpa das escaramuças finais tenha sido do Neves por não ter concretizado situação idêntica a esta aquando do reatamento da partida. Aí, talvez tivesse sido tirada grande “carga” ao jogo, facilitando a sua tarefa pois há muito jogava com dez elementos. Enfim, falhas quase imperdoáveis que adensam o jogo e depois é o árbitro (ou assistente) que é duplamente penalizado: por cumprir a lei e pelo falhanço dos outros intervenientes.
Numa pincelada final e rápida, englobaremos as modalidades, começando por mencionar que, uma vez mais, Benfica e Sporting disputarão a finalíssima de Futsal após terem levado de vencida Fundão e Braga, enquanto em Hóquei em Patins, o Braga, em horas fora de programa, acabou por vencer o Riba D’Ave e qualificar-se, “in extremis”, para o play off onde o Tomar tentará chegar também à primeira divisão, para onde rumou já o Cambra, em face do empate em Marco de Canaveses, que com este ponto se salvou da despromoção para onde caiu o Fânzeres, pese o triunfo sobre o Famalicense.
E pronto então da nossa parte. Após trinta e sete semanas de dose dupla – antevisão e súmula – e cento e sessenta e oito páginas A4 rascunhadas e dadas à estampa, certamente nem sempre de agrado geral ou de aceitação por todos, fazemos conclusão deste modo de diálogo e informação. Foram muitas horas despendidas, nem sempre com a melhor das condições, mas com total vontade e na melhor das intenções. Desculpará o ouvinte ou o leitor alguns momentos ou tiradas menos interessantes ou algum arrazoado menos diligente, mas poderá ficar com certeza que esta trabalheira foi levada a cabo apenas com o pensamento nestes dois entes.
Gratidão aos clubes: atletas, dirigentes e equipas técnicas pela aceitação e pela teimosia e insistência da nossa parte, glória aos vencedores e honra aos vencidos. Compreensão às equipas de arbitragem por eventuais “picadas”, embora sempre impregnadas de admiração pela dificuldades que lhe reconhecemos.
E como Coordenador da componente desportiva, não posso deixar de manifestar alguma amargura pela baixa na qualidade directa, por motivos alheios, mas aqui deixo a minha admiração e apreço a todos os que de forma abnegada percorreram quilómetros e suportaram intempéries e outros obstáculos: aos monçanenses Francisco e Marques, sendo estes o grande pilar da actividade desportiva, tal como o melgacense Maximiano, incansável em momentos de grande aflição. Bem hajam, todos.
Manifesto, de igual forma, a consideração e simpatia ao Francisco, pelo “massacre” na montagem de centenas de RM que deram vida no “Prolongamento” e nos “Tamanhos da Bola”. E testemunho, finalmente, o que significa em primeiro, a minha total cordialidade à Fátima, pela pachorra que sempre teve e pelo martírio que suportou em tantas tardes domingueiras.
Numa despedida mais íntima, ao Conclave, aos senhores “cardeais” eméritos, decanos ordinários e acólitos, bem como aos catecúmenos que esperamos baptizar em breve, na “pia” que temos disponível na pureza da montanha, a todos a minha homenagem e eterna gratidão pela confiança e mormente pela elevada classificação atribuída, que representa promoção uefeira (permitam-me que exclua a FIFA, pelo menos nestes tempos conturbados). Abraço
Depois de mais de três centenas de horas de emissão, resta-me segredar-lhe que “foi com muito gosto que o fizemos por si”.
Até qualquer dia.

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