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Desporto

Súmula da jornada de 27/28 de Setembro

29 Setembro, 2014 - 10:49

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Confira os principais momentos que marcaram a jornada deste fim-de-semana.

Comecemos este fim-de-semana de S. Miguel, em plena época de colheitas, com esta questão: uma média de 3 golos/jogo, na divisão distrital secundária e ainda superior na divisão principal, deve-se, fundamentalmente, à artilharia afinada dos goleadores ou à destreza de sectores defensivos? Quiçá, a maioria dos que gostam do futebol e do espectáculo dos golos dirá que a ambas as situações e é isso que atrai espectadores aos campos da bola. Pois que assim continue, com muitos golos por ronda e que as expectativas cresçam jornada a jornada.
A divisão principal vianense apresenta-se competitiva ao cabo da ronda terceira. Dez equipas estão separadas por apenas dois pontos, com novo par na liderança e ambos já com o sabor duma derrota cada. Ora, mais equilíbrio certamente seria impensável!
O Desportivo de Monção apresentou credenciais e mostrou em terras de Valdevez que aqueles trinta minutos iniciais em Lanheses foram mesmo um acidente. Dois golos – um em cada parte – num bis do trutense Stivan, serviram para atestar os “Arcos”, evidenciar pergaminhos do passado e galgar à liderança, embora em parceria com o Paçô que, à terceira ronda, sucumbiu em Valença num encontro com meia dúzia de golos, a esmagadora maioria na segunda metade, com os valencianos a marcar o dobro dos arcuenses, numa partida em que a vantagem mais magra se cifrou ao intervalo, com apenas um golo concretizado, sendo que na etapa complementar a diferença mínima foi sempre de dois golos, tal como o resultado final.
Ora, os dois encontros anteriores deixam já um sinal positivo para os conjuntos do vale do Minho, consubstanciados ainda com um ponto precioso do Campos, no 15 de Agosto, onde chegou a estar em vantagem mas consentiu a igualdade a um, já na recta final da partida, por parte do Lanheses, equipa que ainda não saboreou amargo de derrota. Os outros dois emblemas – Melgacense e Courense -enfrentaram-se em terras de Inês Negra, numa partida com cinco golos, com vitória de cada conjunto em cada metade. A diferença esteve na primeira parte, em que os forasteiros conseguiram dois golos sem sofrer, ao passo que os anfitriões também concretizaram por duas vezes na etapa derradeira, mas consentiram aquele que fez a diferença final em favor dos courenses.
Como mencionámos na antevisão, um dos jogos de ansiedade e emoções era aguardado em terras de Piães, entre a equipa local e o Ponte da Barca, apontado como potencial candidato ao ceptro final. Curiosamente, ou talvez não, foi a única partida a terminar com o mesmo resultado com que teve início, muito por mérito do guardião visitante que parou um castigo máximo, na primeira parte, e por demérito dos locais que não aproveitaram a superioridade numérica dos minutos finais do encontro. Neves e Castelense fizeram jus ao “rótulo” de dérbi e o empate final em um golo, já registado ao intervalo, atesta bem a ideia que não há favoritos quando ambos se defrontam. No Correlhã/Perre cumpriu-se, na íntegra, a antevisão, porquanto foi “o encontro entre conjuntos que empataram os seus jogos anteriores, mas a maior experiência dos cornelianos, em militância contínua no principal escalão ao contrário do adversário, que conta ainda com o ambiente caseiro, poderá ser factor preponderante em favor dos anfitriões”, o que veio a confirmar-se com tradução em três a um final.
Resta a “Liga dos últimos” – que o foi apenas antes do encontro – entre Moreira do Lima e Vila Fria, noutro dos jogos com meia dúzia de golos e a repetição do resultado em cada parte: o um a dois, que, em duplicado, confirmou a lanterna vermelha em exclusividade aos locais e uma ascensão de quatro postos aos vilafrigidenses.
Aos vinte e sete tentos da divisão maior, responderam os clubes da secundária, embora se tenham ficado pelas duas dúzias. O menos produtivo em golos foi o do líder Raianos (aprazado para mais tarde motivado pela festa de S. Miguel ao lado do campo) que apenas conseguiu uma “espetada” de Ferreiro ao Caminha, tão suficiente para manter a liderança isolada e a pautar-se, por ora, como único emblema com três vitórias, no que ainda pode ser acompanhado por Chafé (um jogo a menos) que voltou a aplicar chapa três, desta vez sem resposta, ao vizinho Darquense, que, ao invés, continua em prestação aquém esperado para um despromovido.
Razoável continua a “performance” do Moreira, com novo empate extra muros, desta vez por apenas um golo, em Arcozelo, mas tal como em Vila Franca, os canarinhos não conseguiram manter a vantagem. O par de jogo que opunha equipas da frente versus retaguarda traduziram-se, numericamente, em cinco golos cada, com a única diferença de um golo para o Castanheira, que jogava em casa com o Távora, enquanto o Lanhelas ficou em branco na terra das “rosas”, já que o Vila Franca conseguiu uma mão cheia de golos.
O fundo da tabela é, porém, composto por um trio, já que ao par Castanheira/Lanhelas se juntam as Águias do Souto que voaram muito baixinho até às vizinhas terras da Facha e foram presenteadas com três bicadas.
Restam dois encontros em terras limianas, com a equipa das Lagoas em maior caudal que o mar de Âncora, levando o Bertiandos vantagem por três golos sobre o Ancorense, enquanto em terras de S. Martinho, a equipa de Gandra e a B do Vianense repartiram pontos em função da igualdade a um golo.
Em pincelada pelo nacional, assistimos à despedida dos conjuntos vianenses da Taça da Portugal, apesar de Vianense e Limianos terem aguentado nulos no final de noventa minutos. O que seriam dois empates em jogos normais, acabaram, em prolongamentos, por afastar ambos os conjuntos, com os Limianos a caírem no tempo extra e os da capital na marcação (melhor não concretização) de grandes penalidades. E por isso… a Taça é para os outros.
Finalizamos esta derradeira crónica de Setembro com a referência aos campeonatos principais do nosso futebol. Campeonatos, no plural? Sim, o desportivo e o da verborreia. Este último teve uma das jornadas mais animadas, quiçá com empate entre norte/sul, entre os principais representantes de Porto e Sporting, tal como por empate se ficou o jogo entre os dois conjuntos dentro das quatro linhas. Um empate que serviu e foi aproveitado em pleno pelo Benfica, que, malgrado alguns calafrios na Amoreira, consubstanciados na perda de dois golos de vantagem, acabou por averbar vitória tangencial e alargar o fosso para a concorrência mais directa, por ora cifrada em quatro pontos, também por ajuda de Marítimo que provocou um naufrágio aos conquistadores de Guimarães, bastando-lhe meio jogo para arremessar os quatro bombardeiros, e ainda do Braga que conseguiu afastar os “fantasmas” da época passada e “secar” o caudal do Rio Ave.
Cá mais para baixo – referindo-nos à tabela – o “galo” ainda saltou ao poleiro por duas vezes no xadrez do Bessa, mas acabou “depenado” e relegado para a cauda donde já está separado por três degraus do par Penafiel/Nacional, apesar dos penafidelenses terem conseguido um nulo em terra de Cónegos, ao contrário dos nacionalistas que tragaram dois goles de moscatel amargo em Setúbal.
Em rodapé final e no que concerne a Hóquei em Patins, convém realçar o empate com sabor agridoce do Valença H C em terras de Vale de Cambra, que acaba sempre por ser positivo perante uma equipa experiente em voos primodivisionários e salientar ainda a entrada fulgurante na nova época do campeão Valongo que arrebatou a Supertaça da modalidade ao Benfica.
Ah, já agora também não ficará mal uma referência no feminino, às meninas de Castanheira e às valencianas da Zona Fut pelos pontapés certeiros que ultrapassaram a dúzia de golos em cada um dos seus jogos. E como será no próximo Sábado quando ambas se defrontaram? Eu quero ver.

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