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Desporto

Súmula da jornada de 2/3 de Novembro

4 Novembro, 2013 - 09:29

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Um fim-de-semana em que se fez jus ao nome e à época do ano em que ocorreu. Sendo de “Santos”, houve por aí uns “anjinhos” em contraste com alguns endiabrados à solta, o que provocou alguma celeuma, mas sobretudo alguns resultados inesperados, nomeadamente pelo volume dos números. Vamos, porém e como habitualmente, por partes.

Um fim-de-semana em que se fez jus ao nome e à época do ano em que ocorreu. Sendo de “Santos”, houve por aí uns “anjinhos” em contraste com alguns endiabrados à solta, o que provocou alguma celeuma, mas sobretudo alguns resultados inesperados, nomeadamente pelo volume dos números. Vamos, porém e como habitualmente, por partes.

Cá pelo nosso principal campeonato, o da I distrital vianense, começamos pela honra ao mérito que na jornada vai inteirinho para o Castelense, a modesta equipa do Castelo de Neiva que venceu em três campos, o que lhe valeu o reforço da liderança e distanciamento à concorrência. Desde logo, fez o que lhe competia- ganhar ao conjunto do Melgacense, tendo marcado um golo em cada parte, valendo-lhe o primeiro a vantagem ao intervalo. Na segunda metade e após ter sofrido o empate, em melhor período dos homens da terra de Inês Negra, lá surgiu a penalidade salvadora para Necas Lima manter a sua equipa invicta e cimentar a condição de liderança, que agora é mais folgada, pois, por um lado, beneficiou da igualdade na Coutada, entre Atl. Arcos e Neves, no que era a cabeça de cartaz da ronda, com ambos os conjuntos a marcarem o seu golo na primeira metade da partida e manterem as redes invioladas na etapa complementar, conquistando cada qual seu ponto, num resultado que é capaz de ter satisfeito, pelo mínimo, obviamente, os dois contendores, e, por outra parte, o Castelense viu o Correlhã atrasar-se ao sofrer a primeira derrota, logo caseira, tendo o Vitorino de Piães voltado a espalhar o seu “veneno” fora de portas, apontando um golo em cada metade, redimindo-se do desaire da passada semana e colocando-se entre os da frente, ou seja, na zona de decisão central.
Falando agora dos dois dérbis do nosso cantinho formoso do Vale, as vitórias e os consequentes três pontos de cada partida ficaram entre os conjuntos visitados, embora os forasteiros se pautassem por prestações distintas. O Campos suportou durante quase toda a partida as investidas do Courense, acabando por sofrer um único golo, já na entrada da recta final do encontro, num jogo vivo e interessante, em que apenas poderiam ter sido evitadas algumas atitudes extra bola, na parte final da contenda. Já o Cerveira teve duas atitudes distintas, vestindo um “fato” em cada parte, de modo a tratar os monçanenses também de forma diferente em cada período, “respeitando” o adversário no primeiro tempo, sem que houvesse golos, mas “massacrando-o” na segunda metade, onde chegou à “manita”. Estes cinco a zero com que os da vila das artes “brindaram” o Desportivo, no retorno do Avelino ao comando efectivo, e para ele não continue molestado quando apontamos os insucessos da equipa, só aconteceram pelo inexcedível valor dos cerveirenses, pela indiscutível qualidade do seu plantel, pelo objectivo mental do colectivo colocado na vitória e pelo verdadeiro espírito de coesão no clube, sintonizado entre corpos directivos, equipa técnica e atletas, o que, por arrastamento, adiciona os associados. Quem quiser que deduza o inverso!
Resultados mais ou menos dentro das previsões, diremos, foram os verificados nos restantes jogos, nada se estranhando os quatro – dois golos em cada metade – enfiados pelo Barca ao Bertiandos, que na etapa complementar apontou seu ponto de honra, bem como não surpreendendo a vitória com três golos, averbada pelo Vila Fria em Moreira do Lima, conjunto que desceu ao lugar de lanterna vermelha, embora em permuta e parceria com o Darquense que conseguiu o primeiro ponto da época, graças a um empate com um golo no 15 de Agosto, em Lanheses.

Pela outra divisão distrital, realce desde já ao topo da tabela em cujo degrau mora agora o Raianos, após triunfo suado, no Areal, frente a um rival de luta directa, como é o Ancorense, que esteve largo tempo empatado em Messegães, prolongando o sofrimento dos monçanenses, muito por culpa própria, dado o desaproveitamento de grande penalidade, pois o “pirotécnico” Miranda não conseguiu evitar que a “bomba” subisse em demasia. O Raianos tem agora apenas o Paçô como parceiro, que igualmente conseguiu um triunfo pelo mesmo resultado de dois a um, embora perante a lanterna vermelha Lanhelas, que ainda não foi desta que conseguiu o primeiro triunfo, não funcionando a psicologia do chicote, embora tivesse criado calafrios em terras arcuenses. E do trio ficou apenas este par, já que o Perre manteve o ciclo negro e averbou segunda derrota consecutiva, outra vez pelo score de três a zero, sendo que após os “espinhos” de Vila Franca, se “afogou” nas águas da foz do Minho.
Fim-de-semana de “luto” também para os dois conjuntos do vale, com o Moreira a sofrer nova derrota copiosa em terras do Lima, desta feita em Arcozelo, enfiando uma “manita” e demonstrando dificuldades de concentração fora da Tomada, enquanto o Castanheira cedo se deixou dominar, por duas vezes, pelas Águias do Souto, não mostrando argumentos para inverter o ímpeto inicial dos locais.
Resta um trio de jogos que tiveram em comum vitórias forasteiras e por diferença de um golo, sendo duas delas consideradas semi surpresas, enquanto a do Távora em Darque era mais ou menos previsível. Já o triunfo do Chafé em Vila Franca, além de algo inesperado na sequência dos desenlaces anteriores, foi muito festejado pelos elementos do 9 de Julho, um conjunto que alcançou o pódio e promete baralhar as contas. Concluímos com um golo solitário do Fachense em terras de S. Martinho que lhe valeu os três pontos e a travagem na progressão que a equipa gandrense vinha produzindo.

Interessante esteve também o nacional de seniores, mormente no duelo vianense em que os da capital de distrito se impuseram aos limianos e lhe resgataram o comando, disso beneficiando também o Fafe, em que um golo solitário em Vila Verde lhe garantiu a chegada aos conjuntos distritais de Viana. Dois a um, após igualdade a um golo na primeira parte, são os números que traduzem a vitória do conjunto vianense e dois são agora os pontos que o separam do par perseguidor, prometendo esse trio uma luta intensa na segunda volta, onde o conjunto de Ponte de Lima os esperará, a ambos, no Cruzeiro.
O mesmo resultado de dois a um serviu a outros dois encontros que envolveram as equipas transmontanas, que não nos agradou sobremaneira o de S. Sebastião, pois o triunfo do Mirandela interrompeu o ciclo positivo do Valenciano, que até nem se portou mal durante o jogo, já que conseguiu marcar um e sofrer outro, valendo para o triunfo dos locais a entrada em avanço no jogo, com aquele golo tão madrugador. O outro conjunto transmontano que também triunfou pelos mesmos números foi o Bragança perante o Ninense, sendo agora os famalicenses a única equipa sem ganhar e a tornar bastante difícil a missão de salvação.
Triunfo extra portas averbou também o conjunto de Galegos na deslocação às Pedras Salgadas, tendo agora a equipa de Santa Maria cavado um fosso para os quatro do fundo, que parece cada vez mais decidido, numa luta em que do quarteto há apenas garantia de salvação para um.

Finalmente o nacional maior que recrudesceu de interesse após um “pastel” indigesto de Belém com o qual o dragão ficou atónito e não mais se recompôs, permitindo galgar terreno aos rivais lisboetas que agora se distanciam apenas três pontos antes das três semanas de paragem. O Dragão não fez melhor que empatar no Restelo, a um golo, ao passo que as águias passaram facilmente no exame de Coimbra e o leão conseguiu afundar a nau maritimista, embora com esforço redobrado,
A psicologia do chicote valeu um ponto a Paços de Ferreira e Olhanense, respectivamente em Arouca e na Madeira frente ao Nacional, enquanto em Braga sucedeu mais um naufrágio com o caudaloso Rio Ave a esgotar a paciência dos adeptos arsenalistas e a obrigar a “Roma portuguesa” a assemelhar-se mais com Fátima em momento de lenços brancos a esvoaçar ao vento. O pior é que com acto eleitoral marcado para Sábado e com Benfica e Porto como próximos adversários, equivalendo a dizer que mais duas ou menos duas derrotas é mais do mesmo, talvez Jesualdo ainda por lá se vá mantendo para receber mais um mês de salário. O pior é que pelo meio também cairemos da Taça. Bom, parece que somos herdeiros do Sporting: “pró ano é que vai ser!”

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