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Desporto

Súmula da jornada de 22/23 Março

24 Março, 2014 - 12:12

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Confira os principais momentos da jornada do passado fim-de-semana.

Do essencial de mais uma jornada relativamente ao campeonato principal do nosso futebol interno, fica a certeza de que haverá menos caminho a percorrer pelos encarnados rumo ao título, com o Leão a ficar também bem mais próximo do segundo lugar, com acesso directo à Champions, e apesar de alguns calafrios e tremendas dificuldades, o Dragão também lá conseguiu um golinho solitário que lhe permite acalentar o sonho de algumas escorregadelas leoninas e sobretudo consolidar a terceira posição que lhe permite a tentativa da Liga milionária por via indirecta.
Benfica e Sporting ganharam, com relativa facilidade os seus encontros, com a Águia a não dar qualquer hipótese à Academia coimbrã, pois cedo se adiantou no marcador e controlou a seu gosto. Já o Leão ainda chegou a consentir o empate, na Madeira, mas conseguiu ser o primeiro e único entre os ditos grandes a trazer os três pontos da Pérola, diante dos maritimistas, e continuar a segurar a vice-liderança. O Porto também ganhou, é certo, mas à custa da lanterna vermelha, Belenenses, e à superioridade numéria durante metade do encontro.
De resto, uma ronda em que o Estoril ainda dispõe da sua oportunidade de consolidar o quarto posto (esta noite em Setúbal) e em que Nacional, Braga e Guimarães conseguiram o mesmo resultado de empate rumo à definição do quinto lugar na prova.
Deixando de lado os grandes eventos nacionais e voltando-nos para as nossas competições regionais, na principal divisão, matematicamente, o Cerveira não poderia sagrar-se campeão em virtude do jogo em atraso do Correlhã, mas era obrigado, minimamente, a vencer o seu encontro em Darque, o que não chegou a verificar-se, embora a surpresa se tenha ficado por meia, continuando a equipa da vila das artes a manter a sua invencibilidade. Duma igualdade a um ao intervalo, o líder chegou à vantagem de dois golos, já após meados da segunda metade e quando tudo apontava para o quarto golo, a polémica pairou nas Oliveiras e parece que ninguém queria assumir responsabilidades, mas o certo é que acabou, em escassos minutos, por se transformar numa igualdade em três golos e num ponto de ouro para os anfitriões, empenhados numa tremenda luta pela manutenção, onde aliás reside o principal interesse desta competição, mormente após esta ronda que proporcionou alteração na lanterna vermelha, agora em posse do Moreira do Lima, vergado a uma derrota por três a um nas Neves, permutando com o Bertiandos que conseguiu precisamente os mesmos números, naquela que constituiu a sua primeira vitória nas Lagoas, frente ao Lanheses.
Mas se por um lado o Cerveira não cumpriu a sua quota-parte, que consistia em vencer em Darque, por outro lado também não contou com grande solidariedade do trio de vizinhança no Vale que defrontava as equipas perseguidoras. Bem, façamos excepção ao Courense que atrasou a Correlhã, no recinto desta, obrigando- a um empate em um golo, apontados na segunda parte do encontro, já que Melgacense e Campos se deixaram surpreender nos seus domínios, respectivamente, perante o Atlético dos Arcos, que apesar de ter disputado grande parte do jogo em desvantagem numérica, conseguiu uma vantagem no marcador por dois a um, dando a impressão que o golo dos locais terá chegado tarde demais para a reviravolta ou pelo menos o pontinho, enquanto o Castelense se impôs no reduto do 1º de Janeiro, por dois golos sem resposta, ambos apontados no decurso da segunda metade.
E como não ajudaram o líder, também não foram solidárias com o Desportivo de Monção, no objectivo de conseguir chegar à vice-liderança, mas tal como os da vila das artes também os de Deuladeu não fizeram o seu trabalho em perfeição já que voltaram a não vencer e ficaram mesmo pelo empate em dois golos, que os monçanenses conseguiram num espaço de um minuto, o primeiro dos quais em resultado duma grande penalidade congeminada pelo senhor Morte. Os vilafrigidenses abriram e fecharam a contenda, neste encontro e numa jornada em que falta referenciar a vitória forasteira do Ponte da Barca em Vitorino de Piães, com um único golo apontado, mas que faz renascer esperanças aos barquenses na ascensão a um lugar de pódio, donde o Desportivo se afastou após três encontros sem conseguir averbar vitória.
Escaldante foi a ronda da divisão secundária, mormente em quatro encontros de alta voltagem na arrumação das equipas que lutam pela ascensão. O Raianos venceu a primeira finalíssima a que se obrigava, perante o Paçô, que até se adiantou no marcador, mas a equipa monçanense conseguiu equilibrar ainda na primeira metade e partir para a vitória numa segunda parte de algumas picardias e avermelhada para as hostes arcuenses, algo insatisfeitas com Jorge Brito, ontem, e outros “pares” em rondas anteriores. É evidente que o Raianos foi um dos beneficiados com este triunfo, também aproveitado pelo Vila Franca que, quase na hora da despedida, “ofereceu” duas rosas ao Távora, em pleno Monte Aval, galgando ao segundo posto, imediatamente a seguir ao líder Perre, que, só com muito sacrifício e suor, conseguiu derrotar, tangencialmente, um Moreira algo “esfarrapado”, inclusive com guarda-redes improvisado, cuja equipa se não deixou abalar pela grande penalidade sofrida logo aos dois minutos e chegou a deixar no ar a ideia que os dois a dois acabariam por traduzir o desfecho final. Neste quadro de superiores interesses, Chafé e Arcozelo, que mantiveram o nulo até ao final, acabaram por se aniquilar na luta pela subida.
Nos restantes quatro encontros tipo “cumprir calendário”, realce a três vitórias extra muros e apenas uma caseira, esta por expressivos cinco a um do Ancorense perante a lanterna vermelha, Darquense B. Fora dos seus domínios triunfaram o Caminha em Castanheira, por dois a um, mantendo a equipa courense emparceirada na cauda da tabela; também as Águias do Souto marcaram dois, sem terem sofrido nos vizinhos de Facha; finalmente, a equipa do Lanhelas não encontra maneira de acertar passo e encaixou três dos gandrenses, com o que tornaram praticamente impossível a hipóteses dos lanhelenses deixarem o trio do fundo.
Pelo nacional de seniores, continua negra a vida para o Valenciano que, ao contrário da primeira fase, não encontrou “luz” na Cruz do Reguengo, onde sofreu um golo, averbou a sexta derrota consecutiva em outros tantos
jogos decorridos e paira mesmo sobre si o espectro da lanterna vermelha, que será decidida na próxima ronda, deixando aproximar-se o Ninense após triunfo, igualmente por um a zero, em sua casa frente a Santa Maria, e afastando-se ainda mais de Pedras Salgadas, após este conjunto ter conseguido impor empate em um golo ao Fafe. Para baralhar ainda mais as contas e não deixar ninguém absolutamente sossegado, Vianense e Mirandela mantiveram um nulo até final da partida.
Pela série de subidas, apenas os “capões” de Freamunde não deixaram escapar a presença da lanterna vermelha, Limianos, e embora o resultado indicie algumas dificuldades, os dois a um foram suficientes para se distanciar da concorrência, mormente do Boavista, surpreendido no seu domínio, por expressivos quatro a um, impostos pelo Vizela, permitindo ao Bragança a ascensão ao segundo lugar, mercê do robusto triunfo por cinco a um sobre o S. João de Ver, numa goleada que não foi a maior, já que o Vitória aplicou seis aos homens de Cesar, que também conseguiram o seu golito de honra.
E em despedida, uma saudação e um aplauso ao Longos Vales, pelo seu apuramento para a final da Taça Distrital do Inatel, repetindo o feito da época anterior, tendo então arrecadado o troféu. Uma igualdade em três golos em Cardielos, após outra em dois, no Santo António, valeu, pela aplicação das regras “uefeiras” a passagem à final, onde medirão forças com o Cabaços que garantiu o apuramento na vitória da primeira mão, já que em Anais o jogo terminou em branco.
Haverá, assim, mais uma grande emoção para seguir nos dias imediatos, em que mais decisões surgirão para gáudio de uns e tristezas de outros. Mas é por isso que o desporto é maravilhoso.

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