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Desporto

Súmula da jornada de 21/22 de Março

23 Março, 2015 - 10:12

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

A chegada da Primavera tornou o ambiente mais verde e o céu com tons um bocadinho menos cinzentos e ligeiramente mais azul, abriu o apetite a alguns artilheiros, mas o aroma das flores ou pólen das árvores espalhados pelo vento trouxe também algumas tonturas, de modo que o fim-de-semana, em termos desportivos, teve de tudo um pouco, marcado por grande frenesim e expectativas, tornando mais tórridas as jornadas que se encontram em falta para conclusão das diversas provas.
Trinta e dois golos foram marcados na ronda vinte e três da principal divisão vianense, onde cinco equipas ficaram em branco, sinal evidente que outras passaram a média. A mais concretizadora foi precisamente a do líder Neves que “esmagou” o vizinho mais próximo, Vila Fria, com sete tentos, arrumando e dissipando bem cedo qualquer dúvida, no que foi acompanhado na marcha do marcador pelo Arcos até ao intervalo, concretizando três cada, embora os arcuenses tivessem sofrido o ponto de honra dos conterrâneos de Paçô. A diferença esteve então na etapa complementar em que no dérbi arcuense nada mais aconteceu ao contrário dos quatro no Alferes Pinto Ribeiro.
A concorrência ao par da frente parece ter ficado agora reduzida ao Ponte da Barca, vencedor em Melgaço, logo por uma mão cheia de golos em resultado do domínio conseguido na etapa complementar, já que os locais aguentaram o nulo até ao intervalo, e uma vez que o Valenciano se ficou por um zero a zero finais em Lanheses, em véspera da recepção ao líder, que viaja até Valença com nove pontos de vantagem sobre o adversário.
A luta pelos baixos da tabela está ao rubro entre Melgacense, Campos e Perre, todos derrotados nesta jornada, sendo mais perigosa a dos homens de Inês Negra, porque em sua casa, pelos já citados cinco, pese o Campos ter encaixado outros tantos em Monção, só atenuados por grande penalidade que lhes valeu o golo de honra, numa tarde de inspiração para os atiradores locais que consumaram a vitória mais expressiva da época.
O Perre mantém a lanterna vermelha após derrota em Coura, onde sofreu dois golos sem resposta. Não estará ainda isento desta “luta” o Moreira do Lima, embora se tivesse afastado um pouco em face do triunfo caseiro sobre o Castelense, por dois a um. Fora de todas as contas, quer por cima, quer cá pelos fundos, Correlhã e Vitorino de Piães, vizinhos e rivais, proporcionaram o jogo de luta pelo quinto lugar, numa partida com cinco golos e vantagem mínima dos forasteiros, retribuindo os pianenses aos cornelianos o atrevimento da primeira volta e assim ficam empatados.
Tal como na primeira, também a divisão secundária viu o par da dianteira destacar-se da concorrência, já que foram únicos a triunfar, mantendo a distância entre si e afastando-se dos seguidores. O Chafé mantém a vantagem na liderança depois de triunfo sobre o Caminha concretizado em dois golos e o Vila Franca mantém-se na peugada à distância de seis pontos, em face de triunfo natural sobre o Castanheira traduzido em três golos.
Ambos extraíram benefício do empate imposto pelo Távora em casa do Arcozelo, com um tento para cada lado e melhor ainda da derrota do Raianos na penúltima saída, no Vianense, uma derrota consumada nos últimos minutos dum encontro que teve mosquitos por cordas, já na compensação, com Márcio Torres a exibir três vermelhos em simultâneo, prejudicando-se mais os raianos com dois deles.
Vitória tangencial e difícil foi também a do Moreira frente ao Lanhelas, com o segundo golo, o da vitória, em período de compensação, num bis de Tiago, já que a este junta-se o da grande penalidade com que abriu o marcador, no quarto de hora de jogo. Apesar desta vitória, a turma canarinha não subiu qualquer posto mas aproximou-se do conterrâneo Raianos, ficando o quarto posto à mercê de meia dúzia de conjuntos.
Restam dois jogos e um pouco de outro, onde se assinalam vitória normal do Fachense sobre o Ancorense, por dois a zero e um empate a um golo da lanterna vermelha Águias do Souto, nas Lagoas de Bertiandos, que ainda lhe não possibilitou a saída desse posto e o inesperado num encontro quase a “feijões”, onde nada de especial havia a decidir, como era o Darquense/Gandra, que André Lopes decidiu encerrar aos vinte e oito minutos, restando aguardar a decisão da Disciplina. Como alguém diria: “não havia necessidade”.
Voltando a agulha para o CNS, o conjunto mais sortudo da ronda foi o Limianos, desde logo porque vencedor do seu jogo caseiro frente ao Cerveira, por dois golos sem reacção, e conjuntamente pelas derrotas dos “parceiros” de posições: Santa Maria, saído de Vila Verde vergado a dois golos, e Vieira, derrotado em casa pelo agora líder Bragança, conjunto que começa a garantir a salvação. Pela vida fez ainda o Vianense, cumprindo o objectivo de vitória caseira sobre o ex-líder Pedras Salgadas, também por dois a zero para não destoar.
Nas contas, o Limianos ainda se encontra algo distanciado do posto imediato, mas a situação tornou-se mais tenebrosa para a equipa da vila das artes e o par bracarense, Santa Maria e Vieira.
Na série de subidas, Varzim e Famalicão, com duas vitórias caseiras e não muito volumosas, sobre Salgueiros e Cesarense, continuam como mais sérios candidatos a subida, garantindo já um fosso significativo para a concorrência liderada pelo Fafe, derrotado na terra quente pelo colega de turma, Mirandela, que mesmo assim não consegue deixar a lanterna vermelha, em companhia do Vildemoinhos, derrotado, em seu terreno, pelo Sousense.
Pelo futebol profissional, continua vibrante a luta na II Liga, mantendo os flavienses a “pole position” depois dum empate em casa do Porto B, aliás o mesmo resultado, embora por marcas diferentes, que fez o Tondela em Marvila, com Covilhã e Freamunde a fechar o pódio, em função de resultados opostos, ou seja, à vitória dos serranos sobre os insulares do Marítimo opôs-se a derrota do Freamunde na capital algarvia, em cuja região se registou empate no dérbi Portimonense/Olhanense. Destaque ainda aos triunfos de Benfica e Sporting, em dois jogos com cinco vermelhos, que os coloca no pódio.
A jornada da NOS trouxe-nos quase a repetição duma ronda anterior em que Porto e Benfica se solidarizaram na desgraça, quando a águia respondeu em Paços de Ferreira com derrota à que o Dragão havia tido, na véspera, na Madeira, embora agora em situação inversa. Primeiro caiu o Benfica, novamente pelo Norte e depois o Porto tropeçou, igualmente na Madeira. Ao naufrágio do Benfica no Rio Ave caudaloso correspondeu o Porto, outra vez na Madeira, com perca de dois pontos frente ao Nacional. Apesar de não ter aproveitado tudo, o Porto passou a depender apenas de si próprio, recuperando três pontos desde o clássico no Dragão, onde ficou a seis. E a questão chave coloca-se: serão os portistas capazes de recuperar outro tanto até final da prova? Para já, o clássico da Luz estará a ferver, mas ainda falta muito até lá chegar.
Grande beneficiado da ronda foi, indiscutivelmente, o Sporting, que com o sua “vingança” da derrota no Minho, vergando agora os conquistadores a quatro golos, galgou terreno aos seguidores, mormente ao Braga que não conseguiu desatar o nó academista, ficando-se em branco, e estreitou distância para os guias. A Champions parece destinada ao Leão, tal como a “UEFA”, ao Braga, mantendo-se ainda interessante a luta por outra vaga, onde o Belenenses complicou com a derrota no Bessa.
Na luta pelo fundo, apesar do ponto no Estoril, o Penafiel mantém a cauda da tabela, logo seguido pelo Gil Vicente, vergado em Arouca, sem apelo nem agravo, no jogo de luta titânica que, apesar de ligeira folga ainda não serviu para tranquilizar os arouquenses, muito menos se os sadinos conseguem hoje vergar os castores de Paços de Ferreira, que, por sua vez, querem a Europa diante dos olhos.
Num fim-de-semana alucinante, duas pinceladas finais. A primeira para as contas ainda mais complexas do Inatel, com três candidatos ao ceptro final. Saliência ao triunfo do Anais sobre o ex-parceiro de liderança, Cabaços, isolando, portanto, o Anais, embora o Cabaços pense na recuperação dos três pontos, não sem cautelas a ter com o Cardielense, vencedor no reduto da lanterna, Adecas. O Longos Vales, ao contrário da outra visita ao Vale, saiu também derrotado de Cepões, em face duma grande penalidade à entrada dos minutos finais.
A segunda e última para assinalar o triunfo do Valença H C sobre a Escola Livre, mantendo abertas as contas para os lugares de dianteira da prova, numa modalidade com jogo escaldante de Campeões, no Dragão caixa, em que Hélder Nunes se evidenciou ao apontar os três golos do triunfo portista sobre o Benfica em resultados de tiros directos: duas grandes penalidades e um livre.
Perante uma jornada desta natureza, com tantas emoções e tão grandes surpresas, Bem-vinda foste, Primavera. Continua assim porque isto promete.

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