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Desporto

Súmula da jornada de 20/21 de Fevereiro

22 Fevereiro, 2016 - 09:11

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Antes de mais, o sentimento de humanismo impele-nos a evocar a memória de duas figuras desaparecidas, de forma inesperada, do nosso meio desportivo e com ele relacionado: António Passos, eminente atleta nos seu tempo de juventude e exímio seguidor de toda a actividade nesta fase pós-migratória, sendo presença assídua em vários campos e em todo o momento e o Presidente da Escola de Futsal Zona Fut, de Valença, uma colectividade ainda recente, mas com palmarés já considerado, e que nos deixou de forma trágica. Para ambos, o nosso testemunho de gratidão e a conservação na memória desportiva.
Um autêntico fim-de-semana primaveril parece ter aberto o apetite aos marcadores, donde resultaram alguns desfechos verdadeiramente alucinantes e outros sob o signo de “cabazadas”, mas também foi fértil nas preciosas “ajudas técnicas” que, por vezes, embalam ou levam ao “colinho” equipas e desvirtuam, com (im)perfeição, a verdade desportiva.
Por uma das “abadas”, ficou marcado o desenlace do único confronto na principal divisão vianense, para acerto de calendário, com o Atlético dos Arcos a carimbar por sete vezes a equipa do Campos, garantindo, por ora, o salto ao lugar de “bronze”, ressaltando o interesse no embate da próxima ronda diante do Cerveira e mantendo o conjunto cerveirense em zona ainda perigosa da tabela classificativa.
A ronda da divisão secundária rendeu trinta e cinco golos e ampliação da vantagem do líder Arcozelo, também um dos goleadores da ronda, pois enfiou uma “manita” em Santo António, diante do Longos Vales, numa jornada aziaga para os sanjoaninos, sobremaneira pela lesão com gravidade do atleta Eduardo Fernandes, sendo que o líder beneficiou também da derrota do Âncora Praia no território do Fachense, por concludentes três a zero, aproveitados pelo Távora para voltar a lugar de promoção, com um triunfo caseiro tangencial, averbado nos instantes finais diante do Cardielense, que perdia ao intervalo mas conseguiu igualar na etapa complementar. E se na passada ronda apresentou credenciais para entrada nessa luta, nesta, o Bertiandos confirmou-as com o triunfo em Darque, por um a três e igualou já os homens da praia-mar, deixando lançado o caos nesta mini competição pelo lugar de vice-campeão, tanto que Ancorense e Lanhelas, que se defrontaram em partida emocionante, como sempre caracteriza um dérbi desta natureza, com seis golos, oscilação de marcador e empate pontual, ainda quererão ditar uma palavra ou interferir nos vários confrontos entre este sexteto.
Cá pelos nossos em área de abrangência, exceptuando Longos Vales que tinha tarefa hercúlea, o trio restante, em missões caseiras, cumpriu com o esperado e desejado, tendo mesmo o Raianos, supostamente, ultrapassado a expectativa, não pelo triunfo, senão pela expressão, já que enfiou meia dúzia ao Anais, emparceirando-o e ganhando vantagem no confronto directo; já o Melgacense se ficou por um triunfo em dois golos diante do Vianense B, com a particularidade de marcar cedo e gerir o tempo até ao minuto final; finalmente, o Moreira ficou pelo meio-termo, contribuindo com quatro golos à sua mercê, num triunfo diante da lanterna vermelha, Castanheira, bastante contestado pelos forasteiros, indignados com o trio arbitral, mas que permitiu aos “canarinhos” a ultrapassagem e permuta com os conterrâneos de Longos Vales.
À ronda, a primeira com razoável conforto entre os da nossa banda, falta um empate em um golo entre Perre e Gandra, retirando, definitivamente, qualquer esperança aos vianenses.
Passamos por Portugal Prio, numa jornada segunda da fase final, em que o Vianense recebeu um balão de oxigénio na véspera do seu dies horribilis, vencendo nas Neves, por quatro a dois, remontando duas vezes de desvantagem, mas “condenando” o Neves, ainda bem distante de Sexta-feira Santa, altura em que, por este caminhar, terá concluído o “calvário”. O Limianos também “naufragou” na Madeira, por duas vezes, o que não foi bom para si nem para os colegas de distrito, tendo agora o seu adversário de ronda, o Marítimo, a “morder-lhe” o calcanhar e o “prejuízo” só não teve repercussões mais perigosas porque o Mirandela deixou-se surpreender na terra quente pelo Camacha, que ali arrancou um ponto à custa do golo marcado que lhe valeu empate. Respirar tranquilidade é para as Pedras Salgadas que foi vencer os “mineiros” a Argozelo, deixando-os em lugar de descida directa, a par do Neves.
Confusão é o termo que poderemos aplicar à fase de subidas, já que nenhum conjunto conseguiu dois triunfos, pois Vizela e Vilaverdense, os vencedores na jornada inaugural, foram vencidos por Fafe e Estarreja, que, desta forma, lideram em parceria com Gondomar também vencedor diante de Pedras Rubras. O Bragança, que havia sido derrotado em casa, foi a Anadia recuperar os três pontos, com triunfo por dois a um, sendo a equipa bairradina a única sem pontuar. Mas há muito campeonato a percorrer.
O futebol profissional vive momentos apaixonantes um tanto à custa de resultados altamente improváveis, ou outros fruto de erros grosseiros. Na II Liga, Chaves e Feirense mantém-se nos dois lugares a promover, agora empatados, pois os flavienses só conseguiram um ponto caseiro diante do Penafiel, mas o Feirense teve pior sorte porque, também em casa, foi derrotado pelo Braga B, e assim, aproximou-se e passa a depender exclusivamente de si o Famalicão, após triunfo em Viseu diante do Académico local. Portimonense e Freamunde pautaram-se por dois empates, na Covilhã e no Sporting, respectivamente, não aproveitando de todo o desaire dos promovíveis, registando-se ainda a vitória sofrida do Gil Vicente, com remontada diante do Benfica B, que lhe continua a acalentar esperanças, quiçá perdidas pelo Aves, derrotado, intra muros, pelo Oriental, em posição de despromoção. O líder Porto B, com um único golo diante do Atlético, regressou aos triunfos e à recuperação em quatro, da vantagem para os mais próximos concorrentes.
Pela Liga NOS, as “ajudas técnicas” regressaram aos grandes e não só, numa das jornadas mais negativas da arbitragem, esperando para esta noite a constatação se também vão ser necessárias e surgir na partida entre Sporting e Boavista, em que os leões terão que pontuar para recuperar a liderança, após triunfo do Benfica na Capital do Móvel, diante do Paços de Ferreira, por um a três, com as tais ajudas vindas de Fafe (não seria o famoso Bruxo). Ao menos a Águia nunca esteve em desvantagem, contrariamente ao Dragão, já que os Cónegos, carregados de fé, chegaram a dois de avanço, momento em que lá chegou a ajuda – desta vez veio de Barcelos o “galo” do Moreirense, e com mais uma das penalidades da moda lá iniciou o Porto a sensacional recuperação que culminou na vitória tangencial, relançando um campeonato, que tem um clássico bastante importante ainda dentro de quinze dias mas que já começou a ferver.
A luta pelos lugares europeus foi também “manchada” pelas ditas “ajudas”, cujo beneficiado foi o Guimarães, este ainda mais que os “grandes”, já que a penalidade fantasma lhe possibilitou o empate a três golos e superioridade numérica perante um conjunto bracarense já por si mais debilitado com as peripécias da liga Europa, a prova que se encontra agora na mira do sensacional Arouca que se deslocou a Belém e ao contrário de ingerir ofereceu dois “pastéis” amargos ao anfitrião Belenenses, e também do Rio Ave, que foi a exame em Coimbra, onde “chumbou” os estudantes com duas “reprovações” e os deixou mergulhados no abismo, podendo a situação piorar se o Boavista conseguir silenciar Alvalade. Desta luta europeia afastou-se também um pouco o Vitória de Setúbal ao consentir empate caseiro em um golo diante do Nacional, que consegue um precioso ponto em partida disputada no dia seguinte ao previsto.
Um ponto e igualdade a um foi ainda o desfecho na abertura da ronda entre União da Madeira e Estoril, sendo agora o Marítimo o melhor posicionado do arquipélago depois dum triunfo alucinante e num final de loucos em Tondela, já que a lanterna vermelha conseguiu recuperar dois golos de desvantagem e entrar na compensação com vantagem por três a dois e em superioridade numérica, mas os insulares ainda haveriam de marcar mais duas vezes no “prolongamento” de uma dúzia de minutos. Foi, deveras frenético.
Na pincelada de Hóquei em Patins, destaque ao triunfo precioso do Valença H C diante do líder Riba D’Ave, que, conjugado com a derrota do Espinho em Azeméis, trouxe enorme emoção ao campeonato, agora com o trio espaçado por um ponto. Já na divisão principal, como previsto, triunfos mais ou menos esperados dos ditos grandes, pelo que nada de novo trouxe a liderança nem a mais que provável conquista do Benfica, sendo apenas digno de registo o triunfo do Sporting em Barcelos, por três a um.
No Futsal estaremos cada vez mais confusos pelo modo como se orientam os campeonatos. Novamente contra regulamentos, endereçamos parabéns ao Nogueirense pelo título de campeão em Juniores Masculinos, após triunfo no encontro em atraso diante do Lavradores e descontados os pontos de penalização ao Neiva.
Todavia, há clubes que impugnaram o campeonato, tal como o de seniores femininos, não pelos campeões mas pelo não respeito pelas regras. Por falar nestas, ontem deram-nos também indicação que nos dois campeonatos com segunda fase, tudo partirá de zero, pelo que também na jornada de ontem ficou sem definição o título em Juniores Femininos, um pouco pelo adiamento dos jogos da Zona Fut.

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