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Desporto

Súmula da jornada de 18/19 de Abril

20 Abril, 2015 - 09:44

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Tal como se antevia, tivemos um fim-de-semana não apenas “frenético” mas igualmente faiscante, repleto de emoções, condensado de adrenalina, explorador de nervos em franja, carregado de “casos” e de cores garridas, sinónimo de vermelho, de gáudio numa modalidade, mas sobretudo de censura disciplinar, sem esquecer as desnecessárias escaramuças e as nítidas faltas de civismo, de que a Tomada, no jogo de despedida do Raianos desse recinto deve ter constituído expoente máximo.
Em aparte e pelo que nos foi possível apurar, os festejos do golo do triunfo forasteiro não só foram desmedidos, por parte dos adeptos do Arcozelo, senão despropositados, altamente condenatórios e eticamente reprovados, pela forma, pelas atitudes e pela linguagem. Impensável como um golo aos noventa e quatro, longe de se tornar motivo de satisfação e júbilo para os adeptos, proporcionou uma invasão de campo, “expulsando” para fora das quatro linhas os que tinham e deveriam continuar a ser protagonistas. Lamentáveis comportamentos que o Conselho de Disciplina associativo não poderá deixar passar em claro. Felizmente que nada terá a ver com a arbitragem, embora esta fosse forçada a actuação em face das circunstâncias desencadeadas. Para actos desta natureza, valia mais o autocarro não ter saído de Ponte de Lima!
Falemos de desporto e especificamente de futebol, deixando essa “nódoa” vivida em Moreira, que apenas se passou em Moreira e nem teve qualquer relação com a equipa de Moreira. Ganhou emoção e competitividade o campeonato distrital da I divisão vianense em função do triunfo esclarecedor do Arcos, por quatro a zero, em Vitorino de Piães, conjugado com a derrota, também expressiva, do Neves ali por perto, na Correlhã, onde os cornelianos se recompuseram dos desaires anteriores e, numa primeira parte de luxo, enfiaram um trio ao comandante que apenas conseguiu fôlego para um ponto de honra, na etapa complementar. E agora, empatados pontualmente, com igualdade entre ambos no encontro já disputado, com idêntica diferença entre golos marcados e sofridos (embora na Associação não tenha relevância) quando será desatado o nó? Aguardemos, pelo menos até à penúltima ronda.
Vamos aos “baixos” da tabela. Perre e Campos neutralizaram-se e as “ameaças” a uma e outra baliza não foram senão tiros de pólvora seca, pelo que o zero zero final os manteve manietados, mantendo a companhia do Melgacense que foi “arrumado” na primeira parte em Valença onde os locais chegaram aos quatro e relaxaram na segunda parte, de modo que o trio manterá a luta dramática pelos tempos próximos.
Em jogos de descompressão, saldo de três vitórias caseiras, com Ponte da Barca a cumprir serviços mínimos com o golo marcado ao Castelense, que lhe valeu os pontos do jogo, o mesmo tendo sido seguido pelo Vila Fria, na recepção ao Courense, enquanto em Paçô houve mais adrenalina nos cinco golos marcados, com vitória tangencial dos anfitriões sobre o Desportivo de Monção, que conseguiram recuperar a desvantagem de dois ao intervalo mas não evitaram o desfazer da igualdade local. Finalmente, o sensacional Moreira do Lima, ex-lanterna vermelha, continuou a fazer das suas e averbou novo triunfo em Lanheses, também por dois a três, contribuindo para a média exacta de três golos jogo, superada em algumas partidas em detrimento dos seis emblemas que ficaram em branco.
Na divisão secundária, o Chafé, apesar da veia goleadora que só parou aos nove, em Castanheira, não garantiu a promoção por via do triunfo do Arcozelo, na Tomada, perante o Raianos, numa vitória imerecida mas alcançada já em período de compensação. A vantagem do Raianos aconteceu logo aos cinco minutos, de grande penalidade, e durou até à entrada do quarto de hora final, momento em que também de grande penalidade surgiu a igualdade a anteceder o golo da vitória e da invasão do rectângulo de jogo. A subida dos vianenses será uma questão de dias, quem sabe se a próxima ronda em visita ao conjunto monçanense, bastante “dizimado” com três dos seis vermelhos erguidos pelo árbitro, face ao envolvimento dos atletas, em confrontos provocados pelos adeptos forasteiros. Um final triste no jogo de despedida do Raianos desta casa emprestada, onde praticamente se não sentiu bem.
Mas se o Chafé não garantiu a promoção, também o Arcozelo não deverá sentir-se em festa, pelo menos até decisão do Conselho de Disciplina, já que o encontro não atingiu o término, havendo, naturalmente, as pressões, quer do Vila Franca, com o jogo adiado frente ao Fachense, quer do Vianense B que averbou triunfo caseiro, muito suado por três a dois, perante o Bertiandos que esteve duas vezes em vantagem.
Na luta por postos mais honrosos, destaque ao Távora que com a sua vitória por três a zero diante do Moreira, já ultrapassou os “canarinhos” e colou-se ao Raianos, ficando para trás o Caminha, desfeiteado em casa pelo grande rival Ancorense, que marcou mais um que os anfitriões. Duas igualdades traduziram os desfechos dos menos pontuados, tendo sido em dois golos para cada lado o desfecho do Gandra/Lanhelas e em um, o do Águias do Souto/Darquense, que permitiu às águias a junção ao Castanheira, agora “companheiros” de lugar.
O CNS foi altamente desfavorável ao Cerveira pela sua derrota em casa da lanterna vermelha, Vieira. O golo cerveirense, que empatava a partida, já perto do final, era um mal menor pois mantinha a diferença pontual, mas a grande penalidade cometida pelo guardião, com o vermelho associado e a conversão da mesma colocaram os da vila das artes em posição perigosa na tabela, mormente em função dos triunfos do Limianos e de Santa Maria, ambos pelos mesmos números de três a um, e ambos frente aos conjuntos transmontanos, só que em posições inversas, pois enquanto os Limianos ganharam no Cruzeiro, os de Galegos foram vencer em Bragança, onde perdiam ao intervalo. Em boa posição para assegurar a manutenção colocou-se o Vianense após vitória, ainda que tangencial, sobre o Vilaverdense.
Na série de subidas, o líder Famalicão não teve dó do Sousense e despachou-o com uma mão cheia, mantendo a sua liderança rumo ao objectivo de subida, mas o Varzim, ao triunfar sobre o Mirandela, por três a um, não desarma e aguarda o embate entre ambos. O Fafe mantém-se na expectativa após vencer em terras de Cesar, enquanto o Vildemoinhos se voltou a colar ao Mirandela, no fundo da tabela, em face do triunfo caseiro sobre o Salgueiros.
Faiscantes continuam os duelos no futebol profissional. Na II Liga, o Tondela parece disparar rumo à Liga NOS, vencendo na capital algarvia, onde se obrigou a remontar o encontro, e agora o Chaves, que melhor não conseguiu que empatar em Aveiro, não segurando a vantagem que dispôs, está já a seis pontos e tem a companhia do Feirense, vencedor do Marítimo, que passou, num ápice, de despromovido a candidato à subida, deixando este trio o conjunto do U. Madeira, derrotado na ilha pelo Sporting.
Na principal Liga, eis a confirmação que a grande decisão passa pela Luz, na tarde de Domingo – já muito contestada a hora do encontro – pois Porto e Benfica cumpriram as suas obrigações, de forma mais facilitada pela Águia imperial, ou mais apertada e enervante até final, pelo Dragão de segunda linha, com o pensamento na Baviera. Belenenses e Académica resistiram quanto puderam, mas foram incapazes de os travar.
Vitória difícil foi ainda a obtida pelo Sporting, em Alvalade, diante do Boavista, com selo de garantia definitiva do “bronze”, enquanto na luta europeia o Vitória S C foi o grande vencedor da jornada, não só pelo triunfo sobre o eterno rival do Minho, como pelo benefício da derrota do Belenenses e dos nulos alcançados por Rio Ave, em Barcelos e Paços de Ferreira, na recepção ao Moreirense. Mais para baixo, é bem provável que o Penafiel tenha traçado o destino da despromoção. A derrota caseira diante do mais próximo à frente do par do fundo, Arouca, hipotecou todas as hipóteses penafidelenses e trouxe grande lufada de ar fresco aos aveirenses. Do mesmo modo, também o nulo caseiro do Gil em pouco ajudou os barcelenses que agora se verão obrigados a ultrapassagem ao Setúbal, pilar mais próximo em face de derrota imposta pelo Estoril, no Bonfim.
Nas pinceladas finais, a primeira é para o Inatel, em regresso para as rondas derradeiras, numa prova agora mais equilibrada, com Anais e Cabaços empatados na dianteira, em função do triunfo do Cabaços sobre a lanterna vermelha, Adecas, por cinco a um, e conjuntamente da derrota do Anais, por três a um, no Santo António, nessa grande vitória do Longos Vales a quem parece ter feito bem a pausa pascal, ao contrário do Cardielense que se deixou ultrapassar em sua casa pelo Cepões.
Uma segunda, para mencionar Hóquei em Patins em dois tons. Referência à igualdade a dois, nas Goladas, entre H C Braga e Valença H C, prejudicial a ambos, mas ainda a deixar expectativas aos valencianos, mormente em razão do mesmo resultado entre Infante Sagres e Cambra, e ao facto do trio da sua frente terem todos menos um jogo para disputar. E termina-se com o tal tom encarnado de gáudio, para saudar o triunfo do Benfica no principal campeonato, sem dúvida alguma por dissipar nos dois triunfos sobre o rival e único adversário à altura – o Porto, goleado na Luz por expressivos cinco a um.
Viva o campeão mas, em breve, tantos outros se seguirão. É assim o frenesim semana após semana.

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