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Desporto

Súmula da jornada de 1/2 Março

3 Março, 2014 - 10:56

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Confira toda a análise do fim-de-semana desportivo.

Em homenagem ao nosso primeiro rei, que dizem ter tido berço em Guimarães, centrou-se por aquelas bandas o principal desfile de Carnaval, aberto com uma boa dúzia de ingénuos mascarados de dragões que até começaram a impor-se, mas depressa se tornaram em inofensivos cordeirinhos às garras dos conquistadores. E assim, em pleno Domingo de Carnaval, depois de ter perdido a vantagem de dois golos e cedido mais um empate, a principal competição deixou o tri campeão fora da rota do título e, pior que isso, equidistante quer a lugar de Champions, quer a entrada na Liga Europa, num prenúncio nada favorável ao terço restante da prova.
Desta euforia carnavalesca vitoriana gostaram, sobremaneira, águias e leões que venceram as respectivas partidas, ainda que de forma tangencial e em situações antagónicas. No seu reino, o leão despertou tarde, quando já começavam a ruir algumas esperanças de recuperar o golo de desvantagem perante os arsenalistas a quem nem a chicotada valeu, mas ainda foi a tempo de dar a volta e manter o sonho de lá chegar.
Já a águia conseguiu uma “obra de arte” em pleno Restelo e contou com uma ajudinha do “nosso” Paulo Vieira para manter os cinco pontos de vantagem e começar a gerir as emoções rumo ao título, embora o leão ainda espere ajudas externas, para além de fazer pela sua vida. Seja como for, a grande emoção do título começa a esmorecer pela encomenda das faixas.
Mantendo-nos pelos nacionais, embora no escalão mais baixo, a vida está muito difícil para o Valenciano, a repetir precisamente o mesmo arranque da primeira fase, acumulando derrotas e caindo já para lugar de descida directa. Terceira derrota consecutiva do Valenciano, a segunda em sua casa, esta por um a três frente ao concorrente directo, Santa Maria, com expulsão do guardião Vítor, ainda que bem substituído já que Tafarel ainda susteve uma grande penalidade, aliada à vitória do Pedras Salgadas, em Nine, relegaram a equipa raiana para zona tenebrosa.
O Fafe, com mais uma vitória, em seu domínio, frente a Mirandela, alcançou já uma almofada de considerável tranquilidade, afastando-se deste conjunto que continua, ainda assim, a ser o mais directo perseguidor. Também o Vilaverdense ascendeu a posto mais seguro graças à sua vitória sobre o Vianense, que também começa a perder as reservas adquiridas na fase inicial. E à terceira ronda, nada estará decidido, em termos definitivos, mas o Ninense dá sinais de afundamento e o Valenciano obriga-se, com urgência, a alterar o rumo para não ficar seu parceiro.
No que concerne às subidas, o Limianos conseguiu o primeiro ponto, face a nulo caseiro perante o companheiro Cesarense, mantendo-se, por conseguinte, emparceirados nos dois últimos postos, em oposição ao Freamunde que soma a totalidade de vitórias, depois de ontem ter infligido três tentos ao Boavista, apresentando-se como um dos principais candidatos ao retorno ao futebol profissional, mas o Vitória de Guimarães também pensará nos mesmos objectivos após triunfo, ainda que tangencial num jogo de cinco golos, frente ao Bragança.
No leque dos seis pontos entra ainda S. João de Ver após triunfo por dois a um sobre o Vizela, numa série que, certamente, ainda dará muito que entender.
Deixando os nacionais, cá pelos nossos meandros a primazia foi dada às “meias” da Taça, invejavelmente sem presença do nosso Vale, onde a lei do mais forte ditou sentenças ao colocar Ponte da Barca e Correlhã como os finalistas do troféu. Os barquenses, além do estatuto de superior escalão, tinham o factor casa em seu favor, pelo que não sentiram grandes complicações para afastar a equipa do Vila Franca a quem “ofereceram” quatro espinhos, três dos quais na etapa complementar.
Mais difícil era, à partida e confirmada à chegada, a tarefa da Correlhã pela sua deslocação até ao Olival, onde um ano antes havia sido eliminada pelo mesmo Perre, equipa que sofreu duplo golpe neste fim-de-semana, já que a eliminação da final da Taça juntou o desalojamento da liderança do campeonato. Vitória tangencial de dois a um em favor dos cornelianos, com todos os golos apontados no primeiro período, carimbaram o passaporte para um jogo interessante como é esperado o da final da Taça.
Aproveitando a pausa da Taça, a divisão principal ficou com menos dois jogos de atraso, mas com mais três pontos de vantagem para o líder Cerveira que conta já uma dúzia relativamente ao par seguidor, embora com atenuante do Correlhã poder ainda averbar três. Com mais ou menos três, parece indubitável o percurso triunfante da equipa da vila das artes que continua invicta, pese em Vila Fria ter passado por alguns momentos gélidos durante o encontro, mas com ambiente aquecido já na recta final com o golo do triunfo e escaldante nos momentos pós apito final, onde os vermelhos saltaram do bolso de Pedro Rocha.
Noutro encontro, em ritmo de cumprir calendário, assistiu-se a uma vitória natural por dois a zero do Neves sobre o Lanheses, mantendo-se ambos os conjuntos nas posições inicialmente ocupadas.
Na divisão secundária, temos agora a competição em dia com a disputa do Moreira/Paçô e um triunfo, parece que facilitado, da equipa arcuense por quatro a dois e uma conquista de três pontos que lhes garantiram a subida ao ponto mais alto da tabela, numa prova que a nove rondas do final começa a ver os dois clubes da prova com letra “P” – Paçô e Perre – a partir apressados para a primeira. E os outros que se cuidem! E na conclusão de hoje um aplauso ao Castanheira – equipa feminina sénior de futsal, que ontem marcou um dos golos mais saborosos da sua carreira, precisamente a dois minutos do final da partida com a Zona Fut, retirando ao conjunto valenciano aquele que seria o primeiro título da sua história. Uma jornada dupla final deveras empolgante com os dois conjuntos do Vale a vencer, no Sábado, ambos pela margem mínima que lhe permitiu passar à última ronda espaçados por um ponto e a certeza que um deles se sagaria campeão. O nulo esteve a consumar-se, que daria vitória às valencianas, mas um golo bastou para as courenses festejarem o título.
Perante a beleza feminina e a forma tão bela como terminou esta competição, é certo que a equipa do Castanheira, porque campeã, é merecedora deste aplauso, mas ambas são dignas dos nossos parabéns, até porque se coadunam com o nosso lema.

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