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Desporto

Súmula da jornada de 11/12 Janeiro

13 Janeiro, 2014 - 08:36

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A recordação dos bons velhos tempos, com a disputa dum dos grandes clássicos em plena tarde de Domingo, fez mesmo lembrar um regresso ao passado triunfante do Benfica. A expectativa era grande em redor dos meados dos campeonatos e as emoções não se fizeram rogadas.

A recordação dos bons velhos tempos, com a disputa dum dos grandes clássicos em plena tarde de Domingo, fez mesmo lembrar um regresso ao passado triunfante do Benfica. A expectativa era grande em redor dos meados dos campeonatos e as emoções não se fizeram rogadas.
A liga principal do nosso futebol teve contornos de grande cariz motivacional e trouxe, uma vez mais, a águia ao poleiro e a inovação de Jorge Jesus saber, enfim, ganhar ao Dragão. A Luz recordou o “Rei” e o Benfica os tempos de glória, com esse triunfo categórico sobre o Porto, equipa que tem dominado os últimos anos. Um golo quase a abrir cada metade contribuíram para o regresso dos encarnados à liderança, pela vez primeira na época, dobrando na frente dos seu rival lisboeta que deixou escapar dois pontos na Amoreira, mantendo o nulo perante o sensacional Estoril e distanciando-se uma vitória dos azuis e brancos, animando uma prova que vai ter segunda metade de grandes embates e emoções, também extensivas aos restantes lugares europeus, para onde o Braga deu um ar de intentar regresso após categórico e sem reservas triunfo por três a zero sobre o rival vitoriano. Desta vez, os guerreiros venceram os conquistadores, mas apesar dos epítetos bélicos o clima foi de pacificidade com o reatar de relações institucionais. Aplaudimos, aliás, este aspecto como a não evidência de incidentes nos outros encontros e concretamente no clássico da Luz. Assim, vale a pena andarmos pelo futebol.

Cá entre nós, como se esperava, o Cerveira virou na frente, de forma confortável, e nem precisou de utilizar a reserva dos dois jogos que ainda dispõe, que, aliás, se os vencer, dará golpe fatal na prova. A vitória por três a zero no encontro de ontem frente à Correlhã, pese só ter tido expressão na recta final da partida, veio afastar da luta os cornelianos e começar a estender-se a passadeira aos da vila das artes.
O único que ainda vai mantendo a peugada, com entusiasmo e expectativa, é o novato Atl. Arcos que derrubou o Courense, em vitória tangencial por dois a um, num encontro em que os courenses mostraram alguma azia nos contornos que o envolveram e têm envolvido a sua equipa. Dentro das quatro linhas, os locais chegaram a dois a zero, mas uma grande penalidade, com expulsão do guarda-redes, permitiu aos forasteiros reduzir e acalentar alguma esperança que não passou dessa virtude.
Pelos restantes conjuntos do Vale do Minho, na impossibilidade de todos vencerem já que dois se defrontavam, acabaram por triunfar os monçanenses, sobre o Campos, e o Melgacense em casa da lanterna vermelha, Darquense. Os da terra de Deuladeu somaram a quarta vitória consecutiva e dispondo ainda de mais três jogos seguidos no seu terreno poderão encetar uma recuperação até lugares de pódio. Na partida de ontem atingiram o intervalo com dois golos de vantagem mas complicaram um pouco na fase final permitindo o golo dos forasteiros e uma vitória apenas tangencial. Já os da terra de Inês Negra marcaram presença em Darque com equipa “remendada”, inclusive com Tineiro na baliza, mas entre alternâncias lá conseguiram marcar mais um golo que o adversário e manter os do fundo a distância confortável.
Semi surpresa voltou a acontecer no Alferes Pinto Ribeiro com uma das lanternas, o Bertiandos, a impor um nulo ao Neves, em sua casa. Até pareceu tratar-se dum “trauma psicológico”, pois este Bertiandos ainda se encontra atravessado na garganta do Neves com o empate da época transacta, que, segundo opinião de Fernando Rego, lhe retirou o título.
O último degrau do pódio continua em poder do Castelense que viajou até ao Moreira do Lima, onde um golo único lhe deu garantia dos três pontos em disputa e alguma folga para a concorrência imediata, onde surge agora um intruso Vila Fria após triunfo concludente sobre o Vitorino de Piães, que, desta feita, não conseguiu espalhar o “veneno” que o caracterizou durante várias jornadas.
Registamos, por fim, uma igualdade a dois golos entre Lanheses e Ponte da Barca, dois conjuntos com prestações modestas, nomeadamente a dos barquenses que se haviam assumido como candidatos.
Atingimos o meio do campeonato, sem chegarmos a completar a metade, e as posições começam a definir-se, de forma notória, quer na frente quer na retaguarda, o que poderá pressupor algum desinteresse relativamente cedo.

Na divisão secundária, o Raianos conseguiu vencer a primeira metade da prova, embora com vantagem mínima sobre a equipa da terra das rosas. Um empate a dois golos em Arcozelo, com dupla recuperação de desvantagem, acabou por atribuir-lhe esse título e manter os três pontos para o adversário, embora reduzindo para um face ao Vila Franca que, perante a lanterna vermelha Darquense, triunfou por dois a zero.
O Paçô poderá ainda entrar neste lote dos trinta pontos, caso vença a partida em atraso, pois após vitória por dois a um ontem frente às Águias do Souto averbou vinte e nove, liderando um pelotão onde se incluem como mais notoriedade Perre, Caminha e Chafé, que, tal como frisamos na antevisão, jogando em casa eram candidatos, como foram, a triunfar perante Ancorense, Gandra e Fachense, respectivamente, tendo-o conseguido todos por forma tangencial.
No outro par dos nossos, apesar de ambos jogarem em casa, perspectivavam-se também resultados diferentes, que acabaram por se registar: derrota expressiva do Castanheira perante o Távora, num jogo com cinco golos, ficando apenas um em casa, em contraste com vitória, igualmente expressiva, por três a zero, do Moreira frente ao Lanhelas, confirmando a boa performance dos “canarinhos” em seu ambiente e a deficiente prestação dos lanhelenses no que concerne á época em curso.

Curiosa foi a ronda do nacional de seniores com cinco empates, ou seja, registou-se igualdade em todas as partidas, deixando, portanto, tudo em aberto, tal como à entrada para a jornada, se bem que traduza alguma vantagem aos que se encontravam na dianteira, pois serão agora menos os pontos necessários. Seis golos na ronda e apenas em dois jogos: em Bragança, onde o Limianos chegou a ter dois de vantagem, que praticamente lhe garantiriam um dos lugares dourados, mas acabou por consentir o empate, e em Mirandela onde a lanterna vermelha retirou as hipóteses de os locais lutarem pela segunda fase em lugar de subida. De resto, nulos nos jogos, entre os quais os que incluíam a “troika” da luta pela salvação, ou seja, Vilaverdense/Santa Maria e Pedras Salgadas/Valenciano, num encontro de muito sofrimento para os minhotos, arrecadando, por isso, um precioso pontinho. Também o nulo mantido pelo Vianense, no seu estádio, frente ao Fafe, poderá ter significado a despedida da luta pela subida de divisão, deixando a “aposta” firme de Paulinho sem consistência.
Há, porém, duas rondas, sendo que na próxima Bragança, perante Ninense, e Fafe, frente a Vilaverdense, jogarão em casa, pelo que o Limianos/Vianense, talvez não sirva aos da capital do distrito mas poderá retirar os limianos da luta. Ora, ninguém duvide dum jogo escaldante! No entanto, calma, será só Domingo.

Uma pincelada final sobre o Inatel, que ao dobrar da primeira fase registou alteração de liderança surgida no dérbi limiano Cepões/Cabaços, favorável aos locais por dois a um, que valeu a permuta entre ambos, embora com igualdade pontual na liderança. Longos Vales continua na cauda da tabela, tendo averbado mais uma derrota, acabando por “pagar” a factura da única vitória, inclusive com “juros”, pois sofreu quatro golos em Cardielos, apenas amenizados por dois. No terceiro encontro, o campeão em título, Adecas, manteve o ciclo de recuperação ao triunfar em Anais por três a um e voltando a projectar-se para a disputa da fase final, onde poderá defender o título que ainda ostenta.
Em suma, foi, indiscutivelmente, um fim-de-semana enorme, em matéria desportiva, ma os vindouros em nada deverão ficar aquém deste. Por isso, mantenha-se connosco para continuarmos juntos nesta caminhada plena de emoções. Ressuscitando um slogan de antanho: “todas as emoções, numa rádio de campeões”.

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