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Alto Minho

Russos em silêncio sobre cancelamento da privatização dos Estaleiros de Viana

18 Abril, 2013 - 13:58

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Os russos da RSI Trading, os únicos que estavam na corrida à venda dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), informaram hoje que não vão comentar a decisão do Governo de cancelar a reprivatização da empresa.

Os russos da RSI Trading, os únicos que estavam na corrida à venda dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), informaram hoje que não vão comentar a decisão do Governo de cancelar a reprivatização da empresa.

“Não comentamos. Neste momento não temos nada para dizer sobre esta decisão”, afirmou hoje à agência Lusa o porta-voz do grupo russo em Portugal, Frederico Casal-Ribeiro.

Em março deste ano, aquele grupo, que opera três grandes estaleiros na Rússia, decidiu prolongar – pela segunda vez – a validade da proposta vinculativa de compra de 95% do capital social dos ENVC, que tinha sido admitida em novembro, por mais 60 dias.

Desde fevereiro, depois de os brasileiros da Rio Nave não terem prolongado a validade da respetiva proposta, que o grupo russo era o único formalmente na corrida à venda dos estaleiros.

O ministro da Defesa Nacional anunciou hoje que o Governo decidiu, em conselho de ministros, “encerrar definitivamente” o processo de reprivatização dos ENVC, face à publicação oficial da investigação lançada pela Comissão Europeia às ajudas estatais, de 180 milhões de euros, concedidas à empresa entre 2006 e 2010.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao conselho de ministros, José Pedro Aguiar-Branco confirmou que está a ser preparado um “modelo alternativo” que permita “potenciar aquele ativo estratégico” e, em simultâneo, que vá de encontro “às pretensões europeias”.

Esta solução, adiantou, passará pela abertura de um concurso público para a subconcessão dos terrenos onde operam os ENVC e será explicada, até sexta-feira, à comissão de trabalhadores e ao presidente da Câmara de Viana do Castelo.

O ministro da Defesa anunciou ainda o “início” da construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela, contrato de 2010 no valor de 128 milhões de euros e que continua por concretizar.

“Permitindo cumprir o contrato com a PDVSA [empresa de petróleos da Venezuela] e valorizar a indústria da construção naval naquela região do país”, disse Aguiar-Branco.

O Governo decidiu também abrir um concurso público internacional para a venda do ferryboat Atlântida, encomendado por mais de 50 milhões de euros pelo Governo Regional dos Açores e rejeitado em 2009.

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