O presidente da Câmara Municipal de Melgaço denuncia que estão a ser cobradas taxas moderadoras para serviços de enfermagem aos utentes da Unidade Móvel de Saúde, e que antes não existiam. E o problema agrava-se quando o preço na unidade móvel é superior ao praticado no centro de saúde.
Se a medição da tensão arterial custa 0,80 euros no centro de saúde, o valor mais do que duplica se o mesmo serviço for prestado pelos técnicos da unidade móvel, 1,90, sendo obrigatório o pagamento em dez dias na unidade de saúde, caso contrário o utente está sujeito a uma multa de 50 euros.
Esta é uma medida recente do Governo e que preocupa o executivo melgacense porque, segundo Rui Solheiro, este “imposto” vai afastar as pessoas da unidade móvel.
O autarca recorda que este serviço foi criado para dar apoio à população “mais dependente” e afastada da sede do concelho. Solheiro diz que esta medida é “um absurdo” e revela “insensibilidade social”.
Rui Solheiro critica o facto da medida ter sido aplicada sem qualquer aviso prévio. O autarca de Melgaço vai reclamar junto do Ministério da Saúde e de outras entidades responsáveis para que seja criada uma exceção a este tipo de serviço prestado às populaçãos mais carenciadas.
A recente aplicação de taxas moderadoras nos serviços de enfermagem da Unidade Móvel de Saúde de Melgaço está a criar uma onda de contestação, dado que os valores mais do que duplicam em comparação com os praticados no centro de saúde local. A Câmara Municipal já fez saber que vai tomar uma posição pública de oposição a esta medida do Governo.
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