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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 23 e 24 de Fevereiro

25 Fevereiro, 2013 - 11:11

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De forma lamentosa, damos pontapé de saída à crónica que marca o fim-de-semana em matéria desportiva. Não lembraria a ninguém de bom senso autorizar o início dum dérbi de tão grande rivalidade como é o caso dum Guimarães/Braga, menos de um dia após o principal e escaldante clássico minhoto na Pedreira, sem a necessária e imprescindível presença do corpo de polícia.

De forma lamentosa, damos pontapé de saída à crónica que marca o fim-de-semana em matéria desportiva. Não lembraria a ninguém de bom senso autorizar o início dum dérbi de tão grande rivalidade como é o caso dum Guimarães/Braga, menos de um dia após o principal e escaldante clássico minhoto na Pedreira, sem a necessária e imprescindível presença do corpo de polícia. Talvez alguns “provocadores” de véspera ainda se não tivessem deitado, pelo que as “energias” negativas ainda se encontravam em pujança e a oportunidade para as descarregar nunca esteve tão prestes e tanto à mercê. Haja juízo por parte dos responsáveis, que é como quem diz, dos dirigentes, dos governantes e da própria estrutura organizativa. Lamentáveis e condenáveis os desacatos na cidade berço, tal como a tentativa do Presidente da Liga em enxotar a água do capote, “atirando para canto” como se diz em linguagem futebolística.

Deixando esses acontecimentos que mancham o desporto, passemos a falar da matéria futebolística, começando pela principal e mais emotiva prova: a divisão de Honra. E nesta, ressalta desde logo o provérbio “os primeiros serão os últimos e os últimos, os primeiros”, numa clara alusão ao encontro Vila Franca/Courense, em que se confundiram as posições, sendo que os da terra das rosas presentearam os líderes com três espinhos, afastando-os do topo da tabela. A lanterna vermelha apareceu ontem disfarçada nas suas cores e ao atrevimento do golo do empate do líder, já na segunda metade do encontro, espetou-lhe mais dois e entregou a liderança ao Valenciano, que acabou por conseguir uma vitória sofrida e tangencial perante os vizinhos e rivais da vila das artes. Cinco golos no Lourenço Raimundo, com o Cerveira a correr sempre atrás do prejuízo trouxeram ânimo ao encontro cujo resultado criou situações antagónicas: o retorno dos anfitriões à liderança versus retirada de qualquer esperança aos visitantes no desfecho da prova.
Para contrabalançar a contabilidade de Cerveira e do vale, eis a vitória do Campos, magra, bastante magra, um único golo, mas suficiente para três pontos maravilhosos e a subida ao sexto posto da tabela, emparceirando-se com o adversário Moreira do Lima e ultrapassando o Vila Fria, impossibilitado de pontuar, por folga na ronda.
Nos restantes encontros da ronda, assistimos à vitória natural do Neves em Paçô, que assim mantém a equipa de Vila de Punhe na perseguição ao par Valenciano/Courense e em contrapartida os arcuenses mais próximos do fundo. O Castelense foi a outra equipa a ganhar extra-muros, no Monte Aval, em Távora, marcando um golo que lhe serve para respirar bem melhor e provocar um tremenda crise de nervos aos tavorenses. Um nulo no marcador foi o resultado final do dérbi nas Lagoas, entre Bertiandos e Correlhã, pouco benefício dele extraindo os locais, que não conseguiram evitar lugares perigosos, e impedindo os cornelianos de se colarem ao Cerveira, desperdiçando a ajuda dos valencianos. Finalmente um vitória por dois a um para os donos do terreno no confronto entre semelhantes em Vitorino de Piães frente ao Lanheses.
Concluída a jornada, continuam as incertezas nos desfechos, acicatando ainda mais a luta quer no topo, quer sobretudo no fundo da tabela classificativa, trazendo mais emoção às rondas seguintes.

Em rápida síntese da divisão secundária, nada se alterou na dianteira com as vitórias do quarteto, em face das quais se afastaram ou ficaram mais distantes de alcançar os topos, os conjuntos de Raianos, derrotado em casa do líder Darquense por três a zero, com dois golos sofridos na primeira metade, e o Arcozelo, que em seu terreno não conseguiu evitar nova vitória do Arcos e manter esta equipa na vice-liderança, bem posicionada para atingir o topo. O par Lanhelas/Perre, actuando nos seus recintos, venceram, com mais ou menos facilidades, os dois últimos com destaque para a goleada sofrida no Olival pela lanterna vermelha, Gandra, encaixando oito golos, enquanto o Chafé, embora resistindo um pouco mais, não evitou três golos.
Pelo Vale, ao resultado negativo do Raianos, junta-se mais uma derrota do conterrâneo Moreira em terras de Âncora, embora o empate ainda estivesse no horizonte dos canarinhos e apenas um empate conseguido pelo Castanheira na recepção ao Fachense, tendo ambos mantido o nulo até final.
Resta uma vitória caseira e esperada das Donas perante as Águias do Souto, servindo à equipa de Vitorino para se aproximar do Caminha, ontem impedida de pontuar pela folga de calendário.

Voltando-nos agora para a antepenúltima ronda do nacional no que à primeira fase concerne, estão consumadas as despromoções de Ponte da Barca e Melgacense, juntando-se, assim, ao Desportivo de Monção e ainda a Esposende e Merelinense.
Se o Desportivo já tinha sido, matematicamente, despromovido, as derrotas de barquenses e melgacenses consumaram também as descidas ao distrital. Os jovens da terra de Inês Negra não conseguiram suportar a necessidade imperiosa do Marinhas pelos pontos que lhe possibilitaram a entrada no grupo dos seis primeiros, acabaram por sofrer sete golos, ao passo que os barquenses também foram derrotados, em sua casa, pelo Vianense que continua em peugada firme, na vice-liderança, em perseguição ao líder Bragança em que um golo lhe bastou para manter o posto e quase garanti-lo nesta etapa, e ao invés destronar os Caçadores de Taipas da meia de cima e colocá-los agora a depender de terceiros para evitar a despromoção.
Os monçanenses iam conseguindo novo brilharete em terras de Ronfe, já que ao intervalo tinham vantagem, mas na segunda parte tudo se esfumou e não só sofreram dois golos dos locais, como foram “presenteados” com dois vermelhos.
Nos dois confrontos entre clubes da associação bracarense, registou-se um empate entre Maria da Fonte, em luta pela manutenção, e Merelinense, já despromovido, tendo Bruno Nunes validado quatro golos nos Moinhos Novos, ao passo que Santa Maria triunfou em Esposende, com um golo solitário, mas suficiente para garantir o apuramento para as contas finais e decisivas.
Em suma, Bragança, Vianense, Ronfe e Santa Maria vão continuar a luta pelos três lugares de ouro, aguardando que Maria da Fonte e Marinhas carimbem o passaporte, deixando, nessa circunstância o Taipas juntar-se aos cinco já despachados para os distritais.

No Inatel, apesar de empatar sem golos em Calheiros, a equipa de Longos Vales ampliou para três pontos a diferença na liderança sobre o Adecas, já que o conjunto arcuense não evitou a derrota em Anais, tendo este conjunto limiano saltado para o terceiro posto em parceria com o conterrâneo Cepões, o outro conjunto vencedor, também em sua casa, na recepção ao vizinho Cabaços. Resta um empate, na liga dos últimos, desta feita em Deucriste onde o Gárcea empatou a dois golos. E o campeonato continua em aberto já que quatro pontos separam os quatro primeiros, quando há cinco partidas por jogar, se bem que a equipa sanjoanina reúna grandes hipóteses de terminar na dianteira.
Apesar de não ter conseguido melhor que marcar um golo para contrapor ao sofrido, o Limianos mantém o quarto posto da tabela e neste amealhar de pontos começa a vislumbrar-se a manutenção.
A finalizar, dragão e águias vão continuar o mano a mano, após as vitórias da ronda, mais folgada a dos encarnados e mais angustiosa e até caricata a dos azuis e brancos, enquanto o leão também vai continuar a sua luta para se manter entre os principais do futebol português, com contas complicadas e algumas trapalhadas que redundaram no desastre da linha.
Pois é. Quem serão os novos “acidentados” lá para o próximo fim-de-semana?

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