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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 19 e 20 de Janeiro

21 Janeiro, 2013 - 14:51

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Vem o Clube Desportivo de Cerveira, auto-intitulando-se “clube de prestígio”, informar que “não voltaremos a fazer declarações ou comentar jogos, nem se concederá qualquer entrevista”, entre outros motivos para “evitar possíveis confusões linguísticas”.

Vem o Clube Desportivo de Cerveira, auto-intitulando-se “clube de prestígio”, informar que “não voltaremos a fazer declarações ou comentar jogos, nem se concederá qualquer entrevista”, entre outros motivos para “evitar possíveis confusões linguísticas”.
Pois bem, respeitamos a posição do clube mas não deixamos de encontrar graça às tais “confusões linguísticas”, não por situação profissional, pois já não temos necessidade do seu uso, mas precisamente pelo antagonismo, já que elas poderiam justificar certos dissabores que as expressões numéricas não conseguem. Por nós, estamos tranquilos e em total à vontade pois as nossas análises são feitas à base do rigor e da precisão dos números pelos quais não temos qualquer responsabilidade em criá-los.

Pois bem, começando pela frieza dos números, é bem provável que tenham criado alguma confusão na mente dos cerveirenses a frieza dos três a zero com que foram “brindados” na Correlhã, averbando a segunda derrota consecutiva neste virar de página e adensando ainda mais a dose de azia com que saíram de Coura há uma semana. Soaram, de certeza, as campainhas ali para as bandas da vila das artes, pois urge inverter o rumo para conseguir os objectivos que Luís Martins teceu há dias, isto enquanto os cornelianos parecem estar de volta aos hábitos do passado.
E pior cenário se não abateu sobre os cerveirenses porque, além do Neves não ter alinhado nesta primeira jornada da segunda metade, Courense e Valenciano empataram-se no duelo de gigantes da jornada, tendo no encontro de ontem cada um marcado o seu golo em cada metade, conseguindo-o os courenses em momento posterior e já em inferioridade numérica. E o empate neste primeiro grande dérbi do Vale, da segunda volta, manteve o comandados de Quim Zé no posto da frente, passando a “meter ainda mais nojo” e colocaram os valencianos a não depender exclusivamente de si próprios, o que já não é bom, embora tivessem ganho vantagem no confronto directo, benéfico para situação de empate final.
O Campos foi o único conjunto do Vale a conhecer a vitória, em seu terreno, perante o Távora, num duelo empolgante, obtendo um golo que valeu três pontos e cimentando-o em posto honroso.
Uma jornada com mais duas vitórias caseiras, ambas tangenciais por dois a um, de Vila Fria a Paçô e de Moreira de Lima a Vitorino de Piães, servindo para mostrar um equilíbrio animado pelo meio da tabela, para o que contribuiu ainda a igualdade a dois golos entre Castelense e Lanheses, numa primeira parte de domínio forasteiro traduzida no zero a dois e resposta completa dos anfitriões na etapa complementar.
Finalmente a “liga dos últimos” que serviu para confirmar o lugar de lanterna vermelha ao Vila Franca, que encaixou três golos no seu próprio recinto, da equipa das Lagoas, que sentiram perfeitamente à vontade no dilúvio do fim-de-semana.
Consumada a primeira ronda da descida, com o sopé ainda longe da vista, recresceram as emoções no topo, onde, apesar da escorregadela dos cerveirenses, se mantém o trio do Vale em luta pela coroa de louros, que também interessa – e muito – ao Neves. É caso para estarmos atentos aos desenvolvimentos seguintes.

Numa pincelada à I Divisão, o líder Darquense ampliou a vantagem ao par da concorrência, agora empatados e alternados de posições, fruto da vitória por duas bolas a zero na sua deslocação curta ao terreno do Chafé, equipa que, assim, se vai mantendo pelos lugares do fundo da tabela. Lanhelas e Perre estão agora igualados em face da vitória tangencial e difícil, tal como esperado, dos primeiros perante o Arcozelo e do empate averbado pelos lanhelenses perante o Vitorino das Donas, não sendo capaz de repetir os triunfos já conseguidos perante este mesmo adversário, na tal demonstração que o futebol não vive de lógica.
Do trio Vale do Minho salvou-se apenas o Raianos que carimbou três vezes as redes das Águias do Souto, no encharcado campo da Carapita, pois o Castanheira ainda conseguiu chegar ao empate na foz do Minho, mas a maré alta do minuto noventa acabou por lhe retirar mesmo esse ponto que esperava conservar, ao passo que o Moreira perdeu-se no vendaval arcuense e trouxe da Coutada um saco com cinco bolas armazenadas, a pôr fim ao período áureo que vinha atravessando.
Resta o encontro da lanterna vermelha, Gandra, que conserva o posto após derrota caseira perante o Ancorense, num jogo incaracterístico, embora mais ou menos equilibrado pela diferença mínima nos sete golos conseguidos.

Passando pelo nacional que se apressa velozmente para o momento da primeira grande selecção, facto positivo é, desde logo, o fim do ciclo sucessivo de derrotas por banda dos monçanenses, o que aconteceu após o simbolismo do número treze. Após a vitória da ronda inaugural e treze derrotas consecutivas, o Desportivo voltou a conquistar um ponto – o quarto – após empate em Merelim, num jogo em que o domínio lhe pertenceu por inteiro a ponto de colocar o técnico adversário em delírio e a desancar perante seus subordinados.
Já o Melgacense, com a equipa a denotar alguma “sangria” e remendada pela formação, sentiu a derrota na capital do distrito e começa a dar sinais evidentes que a primeira metade da tabela lhe foge do horizonte, em contraste com o Vianense que se sente mais motivado e esperançado na luta pela manutenção. Em face da situação criada, o dérbi de Domingo parece talhado a dimensões normais e equivalentes nos dois conjuntos do Vale. É pena.
Continuando o périplo, eis uma jornada profícua em tons femininos, com eficácia para as “Marias” que se perfilam como sérias candidatas. A Fonte continua a jorrar abundantemente tanto que “afogou” o Esposende e a Santa foi cometer o “milagre” e a proeza, inéditos até então, de infligir a primeira derrota ao líder Bragança, em sua casa. Os brigantinos conservam, todavia, o estatuto de liderança pois o Ronfe não conseguiu melhor que um empate em terras barquenses, tendo agora o lugar de prata preso por um singelo fio.
Taipas e Marinhas, num dos jogos mais equilibrados que antevimos, acabaram por fazer jus a esse prognóstico e com dois golos para cada lado lá repartiram os pontos e as expectativas, que se adensam cada vez mais, jornada após jornada, sendo que a próxima talvez já traga decisões matemáticas.

No Inatel, em dia de eliminações, o Longos Vales mantem-se em prova, voltando a averbar novo triunfo perante o Anais, desta feita em terras sanjoaninas, tendo o Calheiros conseguido o mesmo duplo triunfo perante o Cabaços. Já o Cepões não conseguiu melhor que um empate caseiro, de que resultou a sua eliminação frente ao Gárcea, que agora medirá forças com a equipa monçanense, tendo o Calheiros como opositor nas meias-finais a equipa de Deucriste, a sensação da prova ao eliminar o Adecas, na marcação de grandes penalidades, após vitória por dois a um, resultado equivalente ao da primeira mão.
Resta-nos a referência aos quatro “foguetes” que o Limianos lançou em Infesta, em sinal que continua a festa para as bandas do Cruzeiro. Já pela divisão maior, a jornada que apenas esta noite fica completa não trouxe, por enquanto, as surpresas apetecíveis ou desagradáveis, conforme os gostos, com a vitória dos leões, pese o dramatismo dos minutos finais, a conquista de mais três pontos pelos dragões perante os castores, colocando pressão sobre as águias para esta noite em ambiente de Cónegos e um regresso dos bracarenses às vitórias folgadas após duplo desastre, mas esta conquista com pronúncia do norte não deixou de mostrar o desnorte dum árbitro movido por um anti caseirismo primário em prenúncios dum “cozinhado” que nunca escondeu ser prato de sua preferência. Mas assim tão descaradamente… é demais. Haja decoro e senso mínimo.

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