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Desporto

Rescaldo do fim-de-semana desportivo de 24 a 26 de Fevereiro

27 Fevereiro, 2012 - 10:28

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O fenómeno desportivo do fim-de-semana não se ficou apenas pelo ralie à lampreia, com a habitual multidão a apreciar as perícias e o roncar dos bólides na Praça Deuladeu, mas voltou a encher-nos de emotividade competitiva, surpresas e consequente instalação de adrenalina para os tempos vindouros.

O fenómeno desportivo do fim-de-semana não se ficou apenas pelo ralie à lampreia, com a habitual multidão a apreciar as perícias e o roncar dos bólides na Praça Deuladeu, mas voltou a encher-nos de emotividade competitiva, surpresas e consequente instalação de adrenalina para os tempos vindouros.

Fixemo-nos na Honra, onde o líder Courense voltou a escorregar e averbou a segunda derrota consecutiva, a primeira em seu domicílio. O derbie “Vale do Minho” entre Courense e Valenciano, caracterizado pela “chicotada técnica” destes últimos, com a “expulsão” de Júlio Gonzalez e o recrutamento dum timoneiro interno – Tota Oliveira – constituiu uma espécie de “ajuste de contas” (à maneira desportiva, é claro), com os homens de Valença do Minho a subirem às terras de Coyra recuperando os três pontos perdidos no Lourenço Raimundo, que, na altura, marcaram o arranque dos courenses e a entrada em derrapagem dos valencianos. O ainda líder continua preso por “fios” pouco consistentes, já que não foi além de dois pontos conseguidos, na última dúzia em disputa. É pouco para quem chegou a ter um pecúlio vantajoso substancial. É, à nossa dimensão, o “Benfica” cá do sítio, pois também perdeu cinco pontos no espaço duma semana.
O menor prejuízo dos courenses esteve no Lanheses que lhe “retribuiu” os pontos retirados na passada jornada, derrotando também, desta vez, o Ponte da Barca que, assim, deixou escapar a primeira ocasião para ultrapassar. Mas atenção a ambos e olhos bem abertos, pois o Neves, vencedor em Távora, voltou a entrar na corrida e está apenas a depender de si próprio pois ainda lhe falta jogar com ambos. E só não “morde” também os calcanhares o Correlhã pois deixou-se empatar com os vizinhos dos Piães, apesar deste ponto não ter sido suficiente aos Vitorinos para evitar, de novo, a queda num lugar de descida, mercê do triunfo do Darquense em terras de Castelo de Neiva.
Tal como Valenciano, também os monçanenses do Desportivo voltaram às vitórias fora de casa, recuperando pontos perdidos na primeira volta e dando a sensação de retornar a melhores prestações, mais condizentes com os respectivos “estatutos”.
Em suma, a disputa do último terço promete animação, luta renhida e emoção até final. Veremos quem se aguenta e consegue a coroa do louro.

Baixando um degrau nos escalões competitivos, na I Divisão, o Campos já faz parte do grupo dos líderes e obteve mesmo a vitória mais expressiva da ronda, ao “despachar” o Gandra, um dos dois vencedores da primeira jornada, com dois golos sem resposta. O Bertiandos, desta feita, pregou mesmo uma partida, a “sério”, em Vila Fria e voltou a ganhar, quiçá não com a mesma facilidade de há um mês, mas com mais desilusão para os vilafrigidenses, campeões de série, mas que ainda não conseguiram qualquer ponto nesta fase decisiva e têm de recuperar já quatro para o trio Campos, Bertiandos e Paçô, que conseguiu empatar em Arcozelo. Aguardemos a sequência, pois, por enquanto, nada se poderá considerar significativo.

No torneio, as emoções maiores foram adiadas, pois o cartaz principal, o Raianos- Castanheira, fica para daqui a três semanas, ficando a nossa representação a cargo do Moreira que “não morreu na praia”, apesar de ancorar para as bandas de Moledo, pois conseguiu um empate menos mau, embora lançasse ao ar os dois pontos já quando pouco o fazia prever.

Nos confrontos do nacional, Melgacense e Cerveira voltaram a ter prestações diferentes e opostas, mas também em oposição à semana passada, invertendo os resultados.
Desta feita, os homens da terra de Inês Negra foram bastante “verdes” para enfrentar um Vilaverdense em ascensão, que, com a vitória, consumou a segurança na fase de subidas. Com a derrota, os comandados de Paulinho complicaram a vida, e pelo menos adiaram a possibilidade de ocupar a última vaga do comboio da dianteira, que se mantém em posse do Esposende, pese ter sido goleado em Santa Maria, de novo numa liderança muitas vezes alternada. O pior é que os homens da Maria da Fonte também entraram na “conquista” do sexto lugar e têm a vantagem de receber o actual titular do lugar. Vida complicada, por isso, para o Melgacense, que corre riscos sérios de entrar na luta para fugir à despromoção.
Contrariamente ao Melgacense, o Cerveira foi até Fão pagar, exactamente com a mesma moeda, o atrevimento da primeira volta, quando os fangueiros ganharam no Rafael Pedreira por dois a zero. Era o mínimo que os homens da vila das artes poderiam ter feito para não deixar alargar o fosso para aqueles que vão ser os seus parceiros na luta pela fuga a um dos três últimos lugares. Porém, ainda é bastante largo esse degrau, daí que os dois últimos encontros devam ser encarados como mais duas autênticas finais. E essas são feitas para se ganharem.

No Inatel, os são joaninos estiveram a segundos da liderança, após uma entrada de leão, com dois golos antes dos dez minutos, mas não conservaram o pecúlio e o último remate do Anais deixou tudo como à entrada para o jogo, ou seja, colocou-os à mercê de terceiros, do próprio adversário de ontem, para almejar o ceptro do título. Eram só mais uns segundinhos…
Do mal o menos para esta equipa monçanense, a “dar nas vistas” logo à segunda época, ao contrário dos “Estrelas” que deixaram de ter qualquer brilho em Deocriste, ofuscando-se no último lugar da tabela, após permuta com o seu adversário de ontem à tarde.

Mas não foram só os “Estrelas” a perder brilho, pois até o próprio “Jesus” entrou na penumbra em corolário da longa semana menos brilhante da época. O frio de S. Petersburgo talhou os pés e cabaça dos seus pupilos (e há os mais fanáticos benfiquistas a dizer que até a sua mente se conturbou) e não houve maneira de acertarem com o fundo das redes, pelo que numa semana bem curta lá desperdiçaram a excelsa vantagem de cinco pontos, relançando o campeonato e trazendo uma tremedeira invulgar. Derrotados pelo “Conquistador” e “não aprovados” na Academia Coimbrã, ficam agora mais sujeitos às garras do dragão.

Apesar de muitos não gostarem desta Matemática pontual, ela geram incertezas e ansiedades que provocam emoções e são sobretudo estas que “alimentam” os adeptos. Pelos vistos, neste aspecto não haverá, por enquanto, “crise”. Valha-nos ao menos esta fartura de ansiedade. Que nesta semana, até ao clássico de Sexta à noite, não vai faltar, de certeza absoluta.

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