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Alto Minho

Reprivatização dos estaleiros de Viana mantém-se com apenas um candidato

6 Fevereiro, 2013 - 08:28

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Recorde-se que a venda da empresa está suspensa desde dezembro, devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao Governo português alegando dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC de 180 milhões de euros.

A reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) mantém-se apesar de o processo contar, agora, apenas com um grupo interessado, disse à Lusa fonte governamental.

“O processo de reprivatização mantém-se, com um candidato, e é neste cenário que estamos a trabalhar por enquanto”, sublinhou a mesma fonte.

Recorde-se que a venda da empresa está suspensa desde dezembro, devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao Governo português alegando dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC de 180 milhões de euros.

Elementos dos ministérios das Finanças e da Defesa reuniram-se hoje na Comissão Europeia, encontro em que pretendiam convencer Bruxelas da necessidade de “concluir rapidamente” a venda da empresa e “salvaguardar os postos de trabalho”.

“Vamos agora analisar as conclusões desta reunião”, disse a mesma fonte.

O grupo russo RSI Trading é agora o único na corrida à venda dos ENVC, depois de os brasileiros da Rio Nave terem desistido do negócio, confirmou a mesma fonte.

O grupo brasileiro, um dos dois selecionados para a última fase da reprivatização dos ENVC, já comunicou a intenção de “não manter” a proposta pela empresa pública portuguesa, face à “indefinição” de Bruxelas em autorizar a conclusão do negócio.

Apesar deste impasse, os russos da RSI Trading já confirmaram o prolongamento por mais um mês da validade da proposta, que entretanto expiraria, o mesmo não acontecendo, assim, com os brasileiros da Rio Nave.

“Estamos na corrida e vamos continuar. Mas esta incerteza não é nada positiva e vemos com preocupação a degradação das condições da empresa e da força anímica dos trabalhadores”, explicou à Lusa Frederico Casal-Ribeiro, representante em Portugal dos interesses da RSI Trading.

Na proposta daquele grupo é garantida, entre outros aspetos, uma solução para o ferryboat “Atlântida”, construído nos ENVC e rejeitado pelo Governo dos Açores.

Em 2012, o grupo russo anunciou que, em caso de vitória, pretendia avançar com um plano de modernização da empresa para permitir “aumentar” a produtividade e competitividade dos estaleiros, reconhecendo que a empresa poderá voltar a ter mais de mil trabalhadores, face aos atuais 625.

A empresa RSI Trading integra a Corporação Financeira da Rússia, do magnata Andrei Kissilov, e a entrada no concurso da reprivatização dos ENVC insere-se nos planos de expansão do grupo.

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