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Valença

Renovação das antigas lanternas da Fortaleza recebe prémio internacional

13 Dezembro, 2012 - 09:46

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A substituição das antigas lanternas da Fortaleza de Valença por luminárias de baixo consumo, durante a requalificação projetada pelo arquiteto Souto Moura para aquele monumento, conquistou o segundo lugar num concurso internacional, foi hoje anunciado.

A substituição das antigas lanternas da Fortaleza de Valença por luminárias de baixo consumo, durante a requalificação projetada pelo arquiteto Souto Moura para aquele monumento, conquistou o segundo lugar num concurso internacional, foi hoje anunciado.

A distinção pelos prémios Auroralia foi atribuída a 07 de dezembro, em Lyon, França, num concurso internacional que se realiza desde 2009 com o objetivo de premiar as “melhores iniciativas em termos de iluminação urbana sustentável”.

Em 2012 foram propostas pelos vários fabricantes de material de iluminação, que integram esta organização, 86 cidades e eventos de todo o mundo e chegaram à fase final 10 candidaturas.

A cidade de Gante (Bélgica) acabou por arrecadar o primeiro prémio, seguida da nova iluminação na Fortaleza de Valença (Portugal), no segundo lugar, e de Los Angeles (Estados Unidos da América), em terceiro. A cidade de Buin (Chile) recebeu uma menção honrosa.

Fonte da organização do concurso recordou hoje à agência Lusa que uma das componentes da requalificação, em curso, da fortaleza consistiu “em renovar completamente as instalações de iluminação, cuja ineficácia prejudicava a vida noturna da cidade”.

Assim, as “lanternas antigas” deram lugar à instalação de 95 luminárias “Coroada”, desenhadas pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura para a terceira fase da requalificação, motivo que esteve na origem da atribuição deste prémio.

“Inicialmente foram equipadas com lâmpadas de iodetos metálicos, antes de passarem para a mais recente tecnologia LED”, explicou a organização dos prémios Auroralia, acrescentando tratar-se de um modelo “perfeitamente integrado na paisagem urbana”. Além disso, “combina uma estética de inspiração tradicional com a tecnologia moderna”, oferecendo uma iluminação “que respeita o património arquitetónico”.

“É mais um projeto que envolve a Fortaleza de Valença e que nos deixa cheios de orgulho. Além disso, vamos ao encontro das necessidades e exigências de quem nos visita, tornando o nosso monumento mais amigo do ambiente”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Valença.

Estes novos equipamentos, explicou Jorge Mendes, geraram “poupanças de energia significativas”, já que Valença reduziu o seu consumo de eletricidade em cerca de 80%, além de ter cortado 28,5 toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano.

As três fases de intervenção na Fortaleza de Valença custaram nos últimos dez anos cerca de sete milhões de euros. A terceira fase, durante a qual foram colocadas estas novas luminárias, ascendeu a 2,2 milhões de euros e, à semelhança das anteriores, envolveu infraestruturação e intervenção de reabilitação urbana.

Os trabalhos só terminarão em 2014, com a quarta fase da obra, avaliada em 2,5 milhões de euros, a desenvolver na zona nascente, prevendo a reabilitação do património construído e a criação de galerias técnicas para vários serviços.

A Fortaleza de Valença, classificada como Monumento Nacional, assume particular importância pela dimensão e história, tendo sido, ao longo dos seus cerca de 700 anos, a terceira mais importante de Portugal.

Em 2011, a autarquia avançou com uma proposta para a sua classificação, pela UNESCO, como Património de Interesse Cultural para a Humanidade.

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