PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Caminha

Refer recusou propostas da Câmara para atravessamento da linha em Âncora

5 Abril, 2013 - 07:42

172

0

A Refer confirmou ter recusado a proposta alternativa de atravessamento da linha férrea em Vila Praia de Âncora, apresentada pela Câmara de Caminha para tentar resolver o conflito com a população sobre o encerramento da anterior travessia.

A Refer confirmou ter recusado a proposta alternativa de atravessamento da linha férrea em Vila Praia de Âncora, apresentada pela Câmara de Caminha para tentar resolver o conflito com a população sobre o encerramento da anterior travessia.

“Efetivamente a Câmara Municipal de Caminha submeteu à Refer duas propostas, ambas recusadas porque implicavam a reabertura de um atravessamento de nível, prática que, como referido em anteriores informações, está impedida por lei”, disse à Lusa fonte oficial daquela empresa pública.

“Considerando os interesses do município e das populações, e consciente de que é determinante a estabilização deste processo, a Refer continua no entanto disponível para analisar e viabilizar uma qualquer outra solução de atravessamento desnivelado que venha a ser proposta”, admite ainda a empresa.

A Câmara de Caminha apresentou recentemente à Refer duas propostas de atravessamento da linha ferroviária em Vila Praia de Âncora, que seriam soluções alternativas ao encerramento da denominada “Travessa do Teatro”. Também se comprometeu a assumir a totalidade das despesas e encargos da construção de qualquer uma das propostas, ambas prevendo o transbordo ao nível da linha.

As soluções apresentadas “são semelhantes” às que acontecem noutros pontos do concelho, garantiu hoje a presidente da Câmara de Caminha. Júlia Paula Costa acrescentou que o diferendo atual com a população surgiu porque a empresa pública, “durante mais de 25 anos”, não concretizou o protocolo de encerramento, assinado em 1986, tendo por isso “criado um grave precedente”.

“As pessoas criaram expectativas, a vila desenvolveu-se e até a Câmara investiu milhares de euros na zona, sempre com a passagem aberta. Nunca aceitaremos que a venham agora retirar, passados estes anos todos”, assume autarca, que já pediu a intervenção do Governo neste processo.

Trata-se de um diferendo que se arrasta há quase quatro anos, já que a população não aceita o encerramento da passagem de nível, naquele local, ao trânsito de peões.

A Refer fechou o acesso com um muro em cimento, o qual tem sido sistematicamente derrubado, de forma anónima, pela população, que assim contesta o encerramento da passagem.

Sempre que o muro é destruído, a população volta a utilizar a antiga travessia.

O fecho foi decidido em 1986, num protocolo que envolveu a Câmara de Caminha e a CP. O encerramento ao trânsito automóvel aconteceu dois anos depois, mas a circulação pedonal manteve-se até 2009, ano em que a travessia foi totalmente fechada.

Seguiu-se a contestação da população, inclusive com manifestações no local da travessia, em pleno centro da freguesia e que dá acesso à marginal e a vários equipamentos ali existentes.

Apesar de existir uma outra passagem, a sensivelmente 140 metros de distância, em linha reta, a população alega que, na prática, esse desvio é de centenas de metros, sendo o atravessamento da linha necessário várias vezes ao dia.

Fonte da Refer alertou para os riscos da utilização de “atravessamentos ilegais”, nomeadamente por colocar em causa a segurança dos “infratores e dos próprios passageiros e maquinistas dos comboios”.

Últimas