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Caminha

Recuperação

30 Dezembro, 2011 - 07:43

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A recuperação "duradoura" da duna de Moledo, Caminha, avaliada em 337 mil euros, envolverá métodos inovadores para "mitigar o impacto paisagístico" e vai arrancar no primeiro trimestre de 2012, anunciou a Administração Regional Hidrográfica do Norte (ARHN).

A recuperação "duradoura" da duna de Moledo, Caminha, avaliada em 337 mil euros, envolverá métodos inovadores para "mitigar o impacto paisagístico" e vai arrancar no primeiro trimestre de 2012, anunciou a Administração Regional Hidrográfica do Norte (ARHN).

O diretor do Departamento de Recursos Hídricos do Litoral da ARHN explicou, esta quinta-feira, à Lusa que o objetivo é realizar uma intervenção "duradoura a médio-longo prazo" para "resolver" uma situação "que coloca em risco pessoas e bens".

"A ARHN espera ter, durante o primeiro trimestre de 2012, as condições necessárias para iniciar os trabalhos", disse ainda Pimenta Machado.

Apesar de, "para já", não estarem casas em risco, o autarca de Moledo, Joaquim Seixo, admite que a situação "é bastante complicada", já que nos últimos meses o mar "galgou a duna".

Esta situação acontece praticamente em frente ao Forte da Ínsua, alguns metros a norte do local onde em fevereiro uma situação semelhante ameaçou um moinho convertido em habitação.

A água esteve perto de outras habitações, além de ter destruído um guarda-corpos do paredão em cerca de trinta metros.

A intervenção que será realizada em 2012, cujo projeto é da autoria do especialista Veloso Gomes, prevê "três ações diferentes, mas complementares", a começar pelo "tamponamento do topo da estrutura da defesa", com a colocação de betão ciclópico na extremidade Norte da estrutura aderente construída nos anos 40 do século passado.

"Para evitar o colapso desta e para que fique com um paramento exterior em pedra com juntas argamassadas. Parte das pedras já existem no local e devem ser utilizadas. Este tamponamento deverá ser recoberto com areia", explicou Pimenta Machado.

Será realizada ainda a reconstituição da duna, "dotando-a de um núcleo artificial resistente", uma ação descrita como "inovadora" e que consiste na "colocação de tubos de geotêxtil de grande dimensão", entre os três e os sete metros, de cor amarela ou ocre, preenchidos com areia e capazes de reter o material sedimentar.

"Serão colocados perto da arriba ao longo de cerca de 330 metros e deverão ser cobertos de areia de forma a mitigar os impactes paisagísticos", acrescentou.

Prevê ainda deposição de areia entre a zona entre-marés e o cordão dunar, "reconstituindo um perfil próximo do anteriormente existente".

A obra, no valor de 337 mil euros, será financiada a 30 por cento pelo Fundo de Proteção de Recursos Hídricos (FPRH), através de uma candidatura "já aprovada".

Os 236 mil euros restantes serão comparticipados pelo Programa Operacional de Valorização do Território (POVT), mas a candidatura, esclareceu, está a ser ultimada.

"A primeira fase do processo de candidatura já está concluída, uma vez que a emergência da intervenção foi expressamente confirmada pelo secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, estando ARHN a preparar toda a documentação necessária para a submissão da segunda e última fase da candidatura", acrescentou Pimenta Machado.
FONTE: "Lusa"

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