A Polícia Marítima de Caminha recolheu ontem amostras da água do rio Coura, em Vilar de Mouros, depois de uma mancha “amarelada” ter sido detetada durante a manhã por populares.
“Fomos chamados cerca da 11:00, recolhemos amostras da água, mas depois concluímos que a origem daquela mancha estava fora da nossa área de jurisdição e foi chamada uma equipa do SEPNA [Serviço de Proteção da Natureza] da GNR”, explicou à Lusa o comandante local da Policia Marítima.
Segundo Gonzalez dos Paços, apesar do aspeto da mancha, que acabaria por desaparecer durante o dia com a descida da maré, “não há relato de peixes mortos” ou informação sobre a perigosidade da mesma.
“A investigação vai agora continuar a ser feita pelo SEPNA, com análise às amostras da água que foram recolhidas, eventualmente com a nossa colaboração”, acrescentou.
Durante a tarde, em comunicado enviado à agência Lusa, o Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense (GEPPAV) afirmou que as águas do rio Coura apareceram, pela manhã, “tingidas de um amarelo forte e opaco”.
“Para além das consequências na riqueza biológica e piscícola do Coura, convém também não esquecer que aqui é captada a água consumida em grande parte do concelho de Caminha”, lê-se no mesmo comunicado, que adianta que “infelizmente, não é a primeira vez que sucede um evento desta natureza” e que o último caso idêntico registou-se em maio de 2011.
“A razão parece ser sempre a mesma: a deficiente selagem das antigas minas de Covas”,afirma o GEPPAV, recordando que esta obra, que custou 1,6 milhões de euros, foi concluída há cinco anos.
“Porém, como se volta a comprovar, o problema da poluição do rio Coura derivado das escombreiras do volfrâmio continua por resolver”, remata aquela associação de Vilar de Mouros.
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