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Alto Minho

Quebras na atividade turística fazem ressurgir vontade de promoção própria

24 Julho, 2012 - 07:42

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O presidente da Câmara de Viana do Castelo admite a necessidade de retomar o “Alto Minho” como marca turística própria, dada a “insatisfação” da região com a promoção realizada pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo admite a necessidade de retomar o “Alto Minho” como marca turística própria, dada a “insatisfação” da região com a promoção realizada pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal.

“Infelizmente, este novo modelo de associação, juntando 88 municípios do Norte, não veio trazer vantagens, pelo contrário trouxe desvantagens. Os resultados estão aí, com quebras nas dormidas no Alto Minho, apesar de uma subida no Norte”, apontou o autarca José Maria Costa.

Para o presidente camarário, o trabalho “que se andou a amealhar durante anos” com a extinta Região de Turismo do Alto Minho – envolvia, além dos dez municípios do distrito, ainda Barcelos, Esposende e Terras de Bouro -, “está a ser descapitalizado”.

“Precisamos de retomar a nossa a marca ‘Alto Minho’ rapidamente, de forma a criarmos uma atratividade para a região. Só a promoção que está a ser feita pela entidade não tem sido suficiente”, defendeu José Maria Costa.

O autarca reagia desta forma à quebra no crescimento da atividade turística entre 2005 e 2010, identificada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo esse estudo, essa quebra, de 0,4 por cento, fez-se sentir no distrito de Viana do Castelo, mas também na região do Douro (-0,1 por cento), enquanto que todas as restantes regiões do Porto e Norte registaram subidas, chegando a um crescimento médio geral de 5,2 por cento.

“Com o Porto e Norte de Portugal o Alto Minho diluiu-se e com isso perdemos capacidade de promoção. Não estamos satisfeitos com a promoção que tem sido feita, sabe-nos a pouco”, afirmou José Maria Costa, lamentando que esta quebra ainda tenha sido explicada.

“Lamento que da parte da entidade ainda não tenha sido feita uma avaliação dos números do INE, os municípios do Alto Minho mereciam uma explicação sobre o decréscimo da atividade turística neste distrito”, disse ainda.

A Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte tem a sua sede no Forte de Santiago da Barra, na cidade de Viana do Castelo, onde antes funcionava a Região de Turismo do Alto Minho.

Recentemente, em declarações à agência Lusa, o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho fez um balanço “medíocre” do novo modelo de promoção.

“O trabalho desta Entidade de Turismo foi medíocre, sobretudo pensando no que era, com a Região de Turismo do Alto Minho. Foi uma experiência negativa, para esta sub-região”, apontou Rui Solheiro.

Nesta altura, no âmbito da elaboração do plano estratégico da CIM para a região do Alto Minho, está já a ser estudada a hipótese de dotar esta entidade de mecanismos financeiros para assegurar essa promoção turística própria.

“Fomos perdendo alguma capacidade de atração para outros destinos, como é o Porto. As SCUT e o IVA não pode justificar tudo, precisamos de ter uma estratégia mais clara e consistente de promoção turística, que não está a ser feita pelo Porto e Norte”, rematou José Maria Costa.

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