PS Valença lamenta um tribunal em paragem quase total

O PS de Valença alerta para uma paragem quase total do tribunal local. Os socialistas mostram-se preocupados com os resultados da reforma judicial. Ouvido pela Vale do Minho, José António Nogueira, da concelhia socialista de Valença, fala desde logo nas falhas informáticas. “O Tribunal de Valença não funciona. Não por culpa dos funcionários, nem dos magistrados, nem dos advogados. O programa Citius ainda não permitiu fazer a distribuição dos processos. Como tal, é impossível fazer entregas por via electrónica. Esta alteração ao nível judicial trouxe uma série de engulhos no funcionamento da justiça”, considerou José António Nogueira.
A Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, garantiu recentemente que estes problemas informáticos serão resolvidos no prazo de uma semana. Mas, até lá, os socialistas lamentam funcionários que são pagos para trabalhar e não conseguem. “Como é óbvio, ninguém gosta de ser pago para trabalhar e não trabalhar. Constitucionalmente, toda a gente tem direito ao trabalho, mas a verdade não é só ter esse direito mas sim trabalhar. Ninguém gosta de estar parado a olhar para as paredes e não poder exercer a função pela qual recebe o ordenado ao fim do mês”, lamentou o socialista.
A concelhia ‘rosa’ de Valença manifesta-se assim solidária com Paredes de Coura. O PS acredita que um futuro Governo socialista poderá reverter a situação. “Tanto António José Seguro como António Costa já disseram claramente que iriam repor os tribunais que agora foram eliminados. Paredes de Coura não merecia esta desfeita”, rematou José António Nogueira.
Recorde-se que, com o encerramento do Tribunal, Paredes de Coura fica a mais de uma hora de distância em autocarro do tribunal de Valença.
Do lado do PSD, a rádio Vale do Minho está a tentar ouvir o edil social-democrata, Jorge Mendes. Até ao momento tal não foi ainda possível.