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Desporto

‘Prolongamento’ referente ao fim-de-semana desportivo de 8/9 de Outubro

10 Outubro, 2016 - 08:49

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Confira os principais momentos que marcaram a jornada deste fim-de-semana.

Durante a tarde domingueira, ouvimos repetidas vezes balbuciar a expressão já bastante gasta pelo uso, mas cada vez mais actualizada: “é por isso que o futebol é bonito”. E talvez não seja necessário referir as circunstâncias nem os contextos em que a expressão foi proferida, já que por mais ou menos palavras, ideias ou formas, não fugirá à regra da sua ligação com a incerteza dos resultados. Quantas vezes falham os prognósticos e quantas mais vezes a “lógica” que apontamos se transforma na mais perfeita ilógica a ponto de provocar as mais surpreendentes reacções e as estupefacções mais díspares. Indiscutivelmente…
Talvez o caso particular do Vitorino de Piães seja paradigmático do que acabamos de ventilar. A meio da semana era derrotado, em sua casa, pelo Arcos, em acerto de calendário. Quatro dias depois, de novo em sua casa, inflige a primeira derrota ao “histórico” Vianense, tombado logo à jornada terceira da prova. Poderemos correr risco de nos enganarmos, mas olhando esta ronda e os resultados daí emergentes, seremos tentados a falar do principal campeonato vianense como muito equilibrado, quiçá dos mais incertos de sempre relativamente ao desfecho final.
Nesta ronda, uma grande penalidade – daquelas que não oferecem dúvidas, diz-nos um alto dirigente local – “ceifou” os três primeiros pontos ao Vianense e retirou-lhe a liderança isolada, relegando-o já a perseguidor do quarteto da dianteira, em vésperas de receber o Arcos como um dos elementos desse quarteto, para onde entrou após uma vitória tangencial e muito complicada diante da lanterna vermelha, Valenciano, que deu “agua pelas barbas”, conseguindo estes forasteiros empatar, na etapa complementar, em reacção à compensação da primeira parte, que os levou em desvantagem ao balneário, acabando por sucumbir na recta final.
Noutro encontro de alta voltagem, o Neves esteve por duas vezes em vantagem em terras de Coura, mas a reacção local logrou empatar, valendo o encontro pelos quatro golos na primeira parte e uma etapa complementar em equilíbrio, a demonstrar, também esta partida, a incerteza que paira na prova.
Ora, o Atlético dos Arcos, que ainda não saboreou derrota, é um dos elementos do quarteto da liderança, emparceirando com mais três equipas vitoriosas na ronda: o Cerveira, que, caseiramente, despachou o Távora, com um golo em cada parte sem moléstia de sofrimento; a Correlhã, que levou de vencida o vizinho e rival Arcozelo, também em seu domicilio, embora com um só golo inicial; e o sensacional Chafé, que tal como há uma época, parece apostado em altos voos e ontem fez remontada, na segunda metade, em terreno do rival e vizinho Castelense, marcando nesse período dois golos que superaram o tento local. A juntar a este quarteto de invictos, há ainda dois emblemas sem saborear o “fel” da derrota, embora já afastados dois pontos por mais um empate: o Neves, já citado com empate a dois em Coura, e o Lanheses que, à segunda tentativa caseira, não desperdiçou a hipótese de “inaugurar” o ciclo de triunfos, à custa do Campos, vergado a derrota por três a um.
Finalmente e à terceira foi de vez, cumprindo o ditado e fazendo valer a sua melhor qualidade, o Desportivo de Monção triunfou em Vila Fria, marcando, por ora, o golo mais rápido da prova, bastando trinta e três segundos, e confirmando uma vitória em três a um que traz motivação para próximos desafios e mantém a lanterna vermelha em prol dos vilafrigidenses.
O signo do equilíbrio parece também pautado entre vários conjuntos da divisão secundária, confirmado numa jornada “sui generis”, propensa aos forasteiros que averbaram bem mais do dobro de golos que os anfitriões. Daqueles, o triunfo mais expressivo foi para o Ancorense, que só não é líder pela condicionante da folga já operada, pois é a única equipa com dupla vitória nas duas primeiras partidas disputadas, sendo esta, a primeira forasteira, em Perre, por “chapa cinco”, bem seguida de perto por Moreira do Lima que veio ao Areal mostrar credenciais e com três a zero em seu favor deixou abalada a turma do Raianos, relegada a segundo desaire consecutivo com “marcas” pesadas e a contrariar, em absoluto, o objectivo traçado. Também o Melgacense se evidenciou na liderança ao bater a lanterna vermelha, Fachense, no domínio desta, por conclusivos três a zero conseguidos na primeira metade, contrariamente ao Moreira que sofreu três “espinhos” das “rosas” na deslocação a Vila Franca, onde apenas marcou presença por uma vez, insuficiente para conseguir pontuar.
Três empates nas restantes três partidas não chegam para “abafar” a supremacia forasteira, embora os visitantes se possam sentir mais satisfeitos, salvo eventual excepção do Lanhelas que desperdiçou vantagem folgada e acabou por consentir uma igualdade em dois golos. Já Anais e Bertiandos empataram em um golo, mostrando-se uma dupla para luta árdua, da qual não poderemos afastar a sensação de momento, Cardielense, que manteve as suas redes invioladas em terra dos experientes pescadores de Vila Praia de Âncora.
Ao cumprir-se o primeiro terço, da fase primeira de Portugal Prio, o dérbi alto minhoto, Barca/Limianos teve peripécias intensas, com seis golos repartidos, irmãmente, mas não alternados, já que ao primeiro par local responderam os visitantes com três consecutivos, acabando os barquenses por conseguir igualar e distribuírem um ponto cada, apesar de tudo bem mais saboroso para os forasteiros, pois os da Nóbrega continuam sem saborear um triunfo.
Concluída a jornada, os transmontanos de Bragança isolaram-se no topo, afastando a Oliveirense, em partida frenética com sete golos e vantagem tangencial dos locais, saltando ao segundo posto o Merelinense que fez as Pedras Salgadas “borbulhar” quatro vezes. Nos outros dois confrontos, os minhotos, na condição de forasteiros, superaram os transmontanos, com Vilaverdense a “sacar” uma “alheira” em Mirandela e o Torcatense a triunfar em Montalegre por dois a um, saldando-se a ronda pela excelente marca de vinte e dois golos marcados, com dois à maior dos anfitriões.
O futebol profissional marcou aparição nalguns encontros da Ledman com realce ao nulo entre Vizela e Santa Clara que nem deixou fugir um nem afastar-se outro, antes mantendo-se em distância idêntica à partida, não obstante os vizelenses sentirem a ultrapassagem de Cova da Piedade, remetido a lugares de disputa pela promoção, após triunfo na Madeira, diante do União, ainda que por uma só “pérola”. O Desportivo das Aves também se intrometeu na dianteira graças à derrota aplicada ao Sporting B, com dois golos sem reacção leonina.
Referência ainda a duas partidas da Taça da Liga, sob patrocínio dos correios, que deixou mal-estar ao Boavista, que, no Bessa, sofreu um indigesto “pastel” de Belém, confirmando a antevisão que a mais-valia da chicotada esteve no técnico, pois o Belenenses reagiu melhor à permuta técnica que o xadrez à desvinculação do Presidente. Noutro confronto, em sentido oposto, os da casa, em terras de Santa Maria da Feira não facilitaram a vida ao Tondela, afastado da fase de grupos com três “fogaças”.
Duas pinceladas finais, com a primeira em incidência feminina, salientando aquilo que desejamos repetir uma dúzia de vezes, pois ficamos impossibilitados na meia restante: um trio de triunfos femininos, não obstante todos caseiros, na abertura do campeonato distrital de futsal: da campeã Castanheira perante o Darquense, mais expressivo traduzido numa dezena de golos; das “canarinhas” de Moreira diante de Ponte da Barca, com dois golos de diferença; das valencianas de Zona Fut perante Limianos, ainda que pela tangente.
Na modalidade, além do arranque de outras competições distritais, também a Liga Sport Zone teve o seu pontapé de lançamento, em ronda diminuta de entusiasmo, já que a “febre” esteve patente no Algarve, na disputa da Supertaça, onde se registou mais uma “acha” na fogueira da verborreia pelo modo como o Benfica arrebatou o troféu diante do crónico rival, Sporting, conseguindo um triunfo tangencial, altamente contestado pelos leões, mormente na forma de obtenção do tento que “sentencia” a partida. Como se não bastasse o futebol, também agora o jogado na sala vai entrar nas “danças televisivas”.
E não obstante o fim-de-semana ter sido altamente preenchido quer pelo Basquetebol quer pelo futebol de formação, com mais incidência a nível distrital, será o Hóquei a marcar o encerramento deste “Prolongamento”. A ronda segunda do campeonato principal ficou incompleta pela disputa da Taça Continental que, após a primeira mão, só há uma certeza: ficará em solo luso ou na Luz, que terá necessidade de recuperar um golo de desvantagem, ou em Barcelos, cuja equipa local a teve quase segura.
No campeonato, a desilusão apoderou-se de Valença nos instantes finais, já que a Candelária “brilhou” mais nesse período e converteu dois golos, desempatando a igualdade em um e sentenciando uma derrota caseira ao Valença H C, obrigado, desde já, a mudança de hábitos para a permanência. Noutro confronto em destaque, o Porto consolidou triunfo difícil em Viana do Castelo, diante da Juventude que ofereceu resistência num grande duelo da modalidade.
Tudo certo e tudo bem, mas óptimo foi ainda a goleada da equipa de todos nós a Andorra. Minimamente, que se repita o triunfo esta noite lá pelas Ilhas Faroé, com todos nós a aplaudir em pé.

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