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Desporto

“Prolongamento” referente ao fim-de-semana desportivo de 4/5 de Março

6 Março, 2017 - 01:38

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Fico com a sensação que desporto e política se entrelaçam em muitos aspectos e que talvez contem mais os fins que os modos como se alcançam. Por aqui ficamos, até para não causarmos mossa agora que se aproximam eleições a nível autárquico, mas a reeleição de Bruno de Carvalho, mormente pela “goleada” conseguida, faz pensar que, afinal, não são só os títulos que granjeiam a simpatia dos apaniguados, ao contrário de alguns comentários, verborreias ou atitudes nem sempre laudatórias. De certeza que não foi pela conquista de campeonatos que a esmagadora maioria dos sportinguistas reelegeu o seu Presidente, mas dado ter acontecido de forma democrática e por vontade destes, nada a opor, a não ser a esperança que não sejam os “vouchers” ou os ataques aos árbitros, antes os resultados, a ditar pontos para nova vitória.
E num fim-de- semana em que parece não ter havido grandes assaques arbitrais, aliás retenho a ideia firmemente realçada pelo Filipe Pombo de ”três grandes equipas no Dr. José de Matos”, sem alguma ser a de reportagem, vivemos emoções extravasantes no nosso principal campeonato vianense. A mudança de líder, à vigésima ronda, é a prova cabal e indiscutível da emotividade e da forma altamente competitiva como se vem desenrolando. O líder, à partida, deixou de ser ao corolário dos dois terços da prova, ou seja, a derrota do Arcos no Alferes Pinto Ribeiro, pela marca de três a um, naquela que era a primeiro de outras finalíssimas do Neves, não só trouxe este último conjunto para a discussão do título, como foi muito bem aproveitada pelo Cerveira que venceu, desfazendo duas vezes o empate, na Correlhã e assumiu a frente da prova, à entrada para as dez finais que por aí chegarão.
Ao contrário da ascensão do Neves, o afastamento de Vianense, derrubado no seu terreno pelo Valenciano, num dos jogos de raça e querer dos valencianos, cuja guardião começou por defender grande penalidade, mote que levou os forasteiros a marcar três vezes e albergar igual número de pontos dourados pela fuga à despromoção, e ainda do Lanheses, desfeiteado também, mas fora dos seus domínios, em Távora, por dois a um, cujo triunfo local não agradou aos valencianos, são dados significativos e preocupantes para esta dupla vianense que começa a ver o título mais distante.
Olhando agora o prisma da despromoção, a lanterna Vila Fria consolidou o posto à custa do Arcozelo que lhe enfiou meia dúzia, pelo que o triunfo do Valenciano os mantém ainda unidos, embora tenham recuperado dois pontos ao par imediato, composto por Chafé que desbaratou na segunda parte os dois golos que adquiriu como vantagem ao Vitorino de Piães, acabando empatado, e também do Castelense que obteve mais uma igualdade em Campos, por um golo, rigorosamente a mesma marca do final do jogo Desportivo de Monção/Courense, com os forasteiros a conseguirem o tento da igualdade na “terceira parte” do encontro, decorridos seis minutos para além dos noventa, não admirando, por isso, que com tanta compensação, a segunda parte das partidas tenha contribuído com duas dezenas de golos superando os sete da inicial.
E na divisão secundária não houve permuta de liderança pois o Melgacense não se impôs ao Raianos, também por culpa do guardião monçanense que não se deixou bater na grande penalidade, terminado a partida empatada em um golo, como resposta na recta final dos da terra de Inês Negra aos monçanenses, insuficiente para alcançar o primeiro posto em face do desastre caseiro do Moreira de Lima diante do Vila Franca, que aproximou os da terra das rosas da dianteira, aproximando-se de Bertiandos e Ancorense, dois conjuntos que sofreram percalços caseiros, já que ambos consentiram empates em um golo, respectivamente de Ancora Praia e Fachense, sendo este ponto dos da Facha suficiente para ultrapassarem o Moreira, novamente relegado a penúltimo após não conseguir manter a vantagem que desfrutou em Lanheses, com a permissão de dois golos por banda do Cardielense.
Mais animada ficou então a parte dianteira da prova, na qual o Raianos poderá ainda reentrar se vencer a partida em atraso, sendo que na parte mais baixa, a lanterna vermelha, Longos Vales, confirmou o posto após mais um desastre caseiro diante do Darquense que saiu do Santo António com quatro de vantagem, um número também conseguido pelo Lanhelas, em seu terreno, perante o Anais, embora os limianos tenham feito o gosto ao pé por duas vezes.
Em Portugal Prio, Barca e Limianos, decididamente, não encontram maneira de tornear as dificuldades e averbaram mais duas derrotas comprometedoras para as aspirações à permanência. É bem verdade que defrontavam líderes, mas não conseguir pontuar em casa, como foi o caso da Barca perante Trofense, não adivinha bom augúrio, tal como para o Limianos que sofreu dois em Felgueiras. Quando muito, o empate em um golo entre Mirandela e Pedras Salgadas poderá servir de algum alento, mas não será suficiente sem mudança de ritmo. Na outra partida, S. Martinho foi a Gandra enfiar meia dúzia aos locais.
Na outra série de manutenção, Torre de Moncorco confirmou intenção de despromoção ao perder em casa com Caniçal, cujo triunfo lhe não possibilitou sequer saída de zona vermelha, já que Camacha conseguiu empate em dois golos em S. Torcato, ficando ambos esperançados em ultrapassar Pedras Rubras que foi derrotado em Montalegre, pela marca de três em um. Ficou a liderança desfeita do par Vilaverdense/Bragança, com os minhotos na frente em função do triunfo magro, de golo solitário, sobre os transmontanos.
Na promoção, o Merelinense isolou-se ao vencer, caseiramente, a Oliveirense, de Azeméis, por um golo solitário, enquanto os derrotados permitiram a companhia do Maritimo B, que venceu na primeira deslocação ao Continente, em Oliveira de Famalicão, por três a um, obtendo na segunda metade os golos com que desfez a igualdade da primeira metade, mantendo os famalicenses na lanterna vermelha. Vildemoinhos, com triunfo expressivo e caseiro diante de Amarante, por “chapa três” e Salgueiros, com um solitário em terras da Gafanha, mantém a chama de se chegar à frente, numa prova muito renhida.
Entrando no futebol profissional, deparamos com perda sistemática dos dianteiros, averbando o líder Portimonense nova derrota em território do Porto B, com um golo solitário, mas precioso para o Dragão sair da zona de “Liguilha”, mantendo os algarvios ainda conforto suficiente para o último posto do pódio promocional (excluímos o Benfica B que venceu a lanterna vermelha Olhanense e praticamente a despromoveu), que continua em posse do Varzim que ficou por nulo caseiro diante dos açorianos de Santa Clara, voltando a galgar expectativas a Académica pelo triunfo em Vizela, através de golo único. Os “bronzes” e arredores mantêm boas hipóteses e cada vez mais esperanças, porquanto as Aves continuam a “perder penas”, como voltou a acontecer pela cedência de empate caseiro diante do Braga B.
Apesar de não ter conseguido saltar ainda do risco encarnado, o Sporting B voltou a triunfar, desta vez na Cova da Piedade, e dá já mostras de encetar percurso de salvação.
Por NOS, o mano a mano da frente continua emotivo, já que à goleada – a maior da temporada – do Dragão, sob o signo do sete, que levou o Nacional a lanterna vermelha, respondeu, de imediato, a Águia com uma “bicada” em Santa Maria da Feira e assim o par se mantém em perseguição e expectativa, supostamente até ao início do novo mês onde a Luz vai escaldar. O pódio continua a ser fechado pelo Leão, não obstante a escorregadela caseira diante dos Conquistadores de Guimarães, que impuseram igualdade em um golo, com o qual impediram festejos de reeleição de Bruno e fizeram despedida do campeonato, se é que dúvidas ainda houvesse a esse respeito.
Na luta pelo quarto posto e via Europa, o Braga regressou finalmente aos triunfos diante do Arouca – só não poderemos cantar “Aleluia” porque estamos em período quaresmal – ficando o sexto lugar à mercê do Marítimo, que já morde os calcanhares dos vitorianos, pois venceu o seu encontro na recepção ao Setúbal, com golo solitário, e beneficiou dos últimos minutos do Chaves, que permitiram a remontada do Belenenses, com cujo triunfo iguala os flavienses, restando saber se o Rio Ave terá, nesta Segunda, caudal para afogar os “canarinhos” do Estoril, que, no entanto, lutam tenazmente por pontos para salvação, sabendo que poderão escapar ao Moreirense, que ficou em branco na recepção ao Boavista, fechando a linha de água, abaixo da qual se mantém o Tondela e Nacional, empatados, pontualmente, porquanto à goleada sofrida pelos insulares se opôs o Tondela com nulo em Paços de Ferreira.
Emocionante foi ainda o fim-de- semana noutras modalidades, nomeadamente em Hóquei em Patins, quer no topo do principal campeonato, com esse empolgante empate em sete da Juventude de Viana em casa do ex-líder Benfica, que deixou a liderança para a Oliveirense em face do triunfo sobre o Turquel, seguindo de perto o Porto, que cilindrou Tomar, com onze golos, a mesma aplicação do Sporting ao Riba D’Ave, quer ainda no fundo da tabela, onde Valença HC averbou triunfo categórico em São João da Madeira, por cinco a quatro e deixou a zona vermelha para seu adversário, para a Candelária, vencida em Paço D’Arcos e Riba D’Ave, goleado em casa do Sporting.
Na divisão secundária, mais um triunfo do líder Braga e uma vez mais em forma tangencial, no dérbi com Famalicense, mantendo-se as distâncias pelos triunfos de Espinho em Marco, de modo também tangencial, e de Infante de Sagres, este de forma mais expressiva em casa da “nossa” Vila Praia, relegada a décima posição da tabela. Inesperado, apenas pela diferença numérica em seis golos, a vitória de Carvalhos sobre a Juventude Pacense.

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