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Peneda/Gerês

Projeto pioneiro vai detetar fogos florestais a 15 quilómetros através de análise ótica ao fumo

15 Maio, 2012 - 08:22

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O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) vai receber um sistema pioneiro de vigilância através de espetrometria ótica com capacidade de reconhecer fumo orgânico de fogos florestais a 15 quilómetros de distância, através de um sensor ótico.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) vai receber um sistema pioneiro de vigilância através de espetrometria ótica com capacidade de reconhecer fumo orgânico de fogos florestais a 15 quilómetros de distância, através de um sensor ótico.

A instalação deste equipamento, confirmada à Agência Lusa por fonte oficial da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), deverá ser concretizada em 16 semanas, apresentado o sistema a “capacidade única” de reconhecer fumo orgânico, através de uma análise química da atmosfera por espetrometria ótica.

“Distinguindo-o de outras fontes de fumo, por exemplo o proveniente de indústrias” e decidindo “de forma completamente autónoma, até uma distância de 15 quilómetros, se há motivo para enviar um alerta de incêndio”, explicou a fonte, sublinhando tratar-se de um projeto-piloto para apoiar a decisão de primeira intervenção.

A instalação deste equipamento no PNPG é justificada pela ANPC com a “importância desta área e da necessidade de uma pronta e rápida deteção e decisão sobre o nível de intervenção de meios”.

O sistema conta com um sensor ótico remoto de grande alcance e uma câmara ótica de elevada resolução, que realizará um varrimento horizontal de 360 graus e vertical entre 45 a 90 graus.

Inclui ainda sensores atmosféricos que monitorizam as condições atmosféricas do local, como de temperatura, humidade, direção e velocidade do vento, e pluviosidade.

Segundo a fonte, o procedimento de aquisição deste sistema de monitorização e apoio à decisão operacional através de “espetrometria ótica” para o PNPG “encontra-se em fase de análise da proposta”, estimando-se que a adjudicação seja realizada “nos próximos dias”.

“Após a assinatura do contrato, a empresa dispõe de 16 semanas para a instalação do sistema. Constitui como um objetivo que a instalação deste projeto-piloto venha a estar pronta de forma a apoiar o plano [de prevenção de fogos] durante o seu período de funcionamento, ou seja a Fase Charlie”, esclareceu a fonte.

Em caso de alarme, fornece “informações adicionais” aos centros de comando, como a “localização exata do fogo, fotografia da deteção e dados meteorológicos, que envia para um servidor central a partir do qual se possam emitir alertas para outros dispositivos”.

“Permitirá avaliar a sua capacidade de deteção, análise e apoio à decisão de focos nascentes de incêndios florestais, permitindo adequar a resposta, em ataque inicial, em função das características de cada ignição, sua localização, intensidade, combustível afetado e nível de acessibilidade, garantindo uma resposta pronta e o mais adequada a cada situação”, sublinha a ANPC.

Além deste sistema, o Plano de Operações Nacional para o PNPG, envolve meios dos corpos de bombeiros, do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, da Força Especial de Bombeiros (FEB) da ANPC e do próprio parque, com um total de quatro equipas e 20 operacionais, que entre 01 de julho e 30 de setembro estarão em permanência 24 horas por dia “nas zonas prioritárias referidas e respetivas áreas envolventes”, em operações de prevenção.

O PNPG abrange áreas dos distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real.

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