A Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal anunciou apoiar o projeto de uma empresa de mergulho de Viana do Castelo para afundar, junto à costa, um avião de 50 metros, considerando-o “estratégico”.
“Estamos a acompanhar o projeto, que é de uma empresa com uma experiência muito forte na área do mergulho e que tem uma grande oferta turística. São alavancas importantes para potenciar um destino como Viana do Castelo, que tem clara apetência para o mar”, admitiu o presidente daquela entidade, Melchior Moreira.
O projeto da empresa Costa Norte, que se dedica ao turismo náutico e que tem sede em Viana do Castelo, prevê um investimento de 1,5 milhões de euros e a aquisição da carcaça de um avião comercial ou militar, de 50 metros.
A aeronave será submersa a 30 metros de profundidade, em frente à praia de Carreço, naquele concelho, criando, a duas milhas da costa, um centro para turismo de mergulho, baseado num recife artificial.
Segundo Melchior Moreira, trata-se de uma “nova oferta” no turismo do Porto e Norte que permitirá captar um “novo nicho de mercado”.
“O mergulho é um mercado importante para nós e por isso este é um projeto fundamental, estratégico. Será uma atração turística que vai revolucionar a área da Náutica na região”, admitiu ainda Melchior Moreira.
Este projeto foi alvo de uma candidatura a fundos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e aguarda licenciamento ambiental por parte da Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH-N) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
“Será um projeto a lançar este ano para se prolongar até 2014, mas para fazer a diferença internacionalmente. Queremos criar um centro para ser visitado anualmente por milhares de turistas e entusiastas do mergulho”, explicou José Peixoto.
O administrador da Costa Norte garante o objetivo de “criar em Viana do Castelo uma nova centralidade no turismo de mergulho”.
A aquisição da carcaça do avião deverá ser feita no exterior, mas também solicitou o apoio da Força Aérea Portuguesa na eventual cedência de uma aeronave.
“Depois de submersa, a carcaça vai criar um ecossistema marinho totalmente novo que depois será acompanhado cientificamente, nomeadamente o desenvolvimento das novas espécies”, explicou José Peixoto.
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