PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Galiza

Portugueses que todos os dias vão trabalhar para a Galiza caíram para metade desde 2007

8 Agosto, 2011 - 10:25

248

0

O número de portugueses que diariamente vão trabalhar para a Galiza caiu para metade em três anos, assim como o total de contratos de trabalho, hoje a níveis de 2004, fruto da crise espanhola.

O número de portugueses que diariamente vão trabalhar para a Galiza caiu para metade em três anos, assim como o total de contratos de trabalho, hoje a níveis de 2004, fruto da crise espanhola. Segundo dados que constam de um relatório sobre a mobilidade transfronteiriça e o mercado laboral na euroregião, em 2005 eram quase 800 os portugueses que viviam de um lado da fronteira e trabalhavam na Galiza.
O relatório indica que em 2007 este movimento diário representava cerca de 2.100 trabalhadores, número que retrocedeu no ano passado para um milhar.
Dados que confirmam uma tendência que se tem vindo a consolidar nos últimos anos e alertada pelos sindicalistas. A União de Sindicatos de Viana do Castelo sublinha que a Galiza já não é a "galinha dos ovos de ouro", com uma taxa de desemprego a rondar os 20 por cento, porque a crise é "geral" e, por isso, as empresas cmeçam por precindir em primeiro lugar dos trabalhadores estrangeiros, concretamente os portugueses.

Com um regresso a casa forçado, Branco Viana explica que os desempregados mais velhos tentam "desenrascar-se" no mercado de trabalho, já a tendência dos mais jovens é rumar aos países de África à procura de melhores condições de vida, apostando no mercado de trabalho debilitado nos sectores da construção civil e naval.

Os trabalhadores do Alto Minho que em outros tempos apostaram na Galiza para obter melhores condiçoes de vida, estão a regressar a casa devido à elevada taxa de desemprego.
Dados referem que o total de portugueses com contrato laboral válido na Galiza, em 2004, rondava os 9.000, enquanto que três anos depois eram mais de 20.600. Em contraponto, no final de 2010, numa altura em que a taxa de desemprego naquela região espanhola já ultrapassava os 15 por cento, o total de portugueses com contrato de trabalho na Galiza caiu para pouco mais de 10.000.
A maior queda no volume de postos de trabalho deu-se na construção civil, com uma quebra de 40 por cento entre 2009 e 2010, ou seja, passando de 5.400 para 3.500. Desde de 2005, o número de portugueses que residem na Galiza nunca parou de crescer, atingindo no final do ano passado 21.434, enquanto que cinco anos antes eram 11.673. Sinónimo que, mesmo no desemprego, estes portugueses optaram por continuar a viver do outro lado da fronteira. Já no percurso inverso, o número de espanhóis a trabalhar no norte de Portugal tem aumentado ligeiramente e chegou no ano passado aos 2.326. Os principais empregadores são as indústrias transformadoras, com 350 trabalhadores, mas em destaque estão também 182 médicos e enfermeiros. Em 2008, segundo os registos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, trabalhavam no norte de Portugal 2000 espanhóis.

RVM com LUSA

Últimas