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Alto Minho

Portagens/A28: PS Alto Minho pede ao Governo para repensar – Autarcas do PSD inconformados

7 Maio, 2016 - 21:37

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José Manuel Carpinteira e Sandra Pontedeira lembraram que ‘a A28 não tem qualquer alternativa adequada de mobilidade e segurança’.

Os deputados socialistas na Assembleia da República eleitos por Viana do Castelo querem saber se o Governo prevê alguma redução no valor das portagens na A28. Recorde-se que o parlamento aprovou, esta sexta-feira, o projeto de resolução apresentado pelo PS para a redução do valor das portagens nas antigas Scut (vias sem custos para o utilizador) A22, A23, A24 e A25. Quase todo o país acolheu a notícia com alegria. Quase. Porque a A28, que liga o Porto a Vilar de Mouros, não foi contemplada com esta medida. “O distrito de Viana do Castelo, embora sendo um distrito do litoral, tem índices de desenvolvimento comparáveis aos distritos do interior, objeto desta discriminação positiva”, lê-se no documento assinado por José Manuel Carpinteira e Sandra Pontedeira. “A introdução de portagens na A28 constituiu um forte obstáculo à competitividade do Alto Minho, tendo originado o encerramento e a deslocalização de empresas, que estavam neste território, para outras regiões, nomeadamente para o grande Porto”.
Os deputados pelo PS recordam ao Executivo de António Costa que “a A28 não tem qualquer alternativa adequada de mobilidade e segurança, a EN13 não é de todo uma alternativa como está comprovado”. A concluir, José Manuel Carpinteira e Sandra Pontedeira defendem que “esta louvável iniciativa do Governo deverá ser, também, considerada para a A28”.

Autarcas do PSD Alto Minho não se conformam

As reações vindas do PSD à não inclusão da A28 na redução do valor das portagens vão fazendo sentir-se pelo Alto Minho. Em Monção, o vereador António Barbosa considera que este “é politicamente um erro grave que se comete”. “Quando falamos em territórios de baixa densidade e onde o distrito de Viana do Castelo tem a maior parte dos seus concelhos, é evidente que isso torna a A28 numa via de acesso preferencial”, disse aos microfones da Rádio Vale do Minho. “Parece-me que seria inteiramente justo que, tal como aconteceu na Via do Infante (A22), houvesse uma redução no sentido de colmatar algumas assimetrias que existem no território português. Parece-me que há aqui claramente uma injustiça!”.
Nas redes sociais, os autarcas social-democratas também não poupam nas palavras de reprovação. Em Paredes de Coura, a vereadora Helena Ramos escreve na sua página do facebook que “mais uma vez, os alto-minhotos assistem ao deplorável desempenho de um Primeiro Ministro que nem o Alto Minho nem Portugal elegeu”. Sem palavras brandas, a autarca antevê já um ‘cartão amarelo’ aos socialistas em 2017. “Se este Governo nos relega para segundo plano, se este Governo acha que o Alto Minho não conta e se nos convida a abastecer no país vizinho… então assim seja! Muito em breve… noutras eleições que não as legislativas, a fatura desta traição será passada”.
Em Caminha, também no facebook, a líder do PSD culpa até o edil local (PS) pelo sucedido. “O sr presidente da Câmara Municipal de Caminha [Miguel Alves] podia preocupar-se um pouco mais com o concelho, do que com as “festinhas” que quase diariamente promove. Podia ter aproveitado a sua suposta força em Lisboa para ter colocado assim a A28 no foco da discussão”, escreveu Liliana Silva. “O Alto Minho merece mais do que um governo que nos remete ao desprezo e nos trata de forma diferente da do resto do país. Lamentável! Uns são filhos de Portugal , outros são enteados”, atirou.
Refira-se que em Outubro de 2006, o primeiro-ministro José Sócrates anunciou o fim da concessão sem custos para o utilizador, o que levou à criação de diversas associações de utilizadores que desde então têm protestado frequentemente contra a implementação de portagens. Contudo a A28 foi uma das auto-estradas que a 15 de Outubro de 2010 passou a ser taxada através de portagem eletrónica entre Matosinhos e Viana do Castelo – o troço urbano junto ao Porto e a Matosinhos manteve-se gratuito, enquanto que o troço entre Viana e Caminha se mantém, para já, isento, existindo no entanto a possibilidade de passar a ser também taxado num futuro próximo. Está previsto o prolongamento da A28 até Valença, troço com uma extensão aproximada de 30 quilómetros que se encontra em projecto.

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