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Viana do Castelo

Portagens: Acessos na principal entrada bloqueados durante uma hora

1 Março, 2013 - 09:52

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Várias dezenas de automóveis, autocarros e camiões circulando em marcha lenta bloquearam hoje, durante uma hora, a principal entrada na cidade de Viana do Castelo, num dos maiores protestos contra as portagens realizados na região.

Várias dezenas de automóveis, autocarros e camiões circulando em marcha lenta bloquearam hoje, durante uma hora, a principal entrada na cidade de Viana do Castelo, num dos maiores protestos contra as portagens realizados na região.

“Representou uma clara resposta da população e das empresas à intenção do Governo de criar ainda mais portagens no Alto Minho. Foi um sucesso absoluto. Temos o trânsito completamente parado à entrada da cidade, uma prova que as pessoas não suportam mais isto”, afirmou Jorge Passos, porta-voz do movimento de utentes “Naturalmente não às portagens na A28”.

Este é um dos movimentos que, a nível nacional, promove esta sexta-feira iniciativas de protesto contra as atuais e eventuais novas portagens nas ex-SCUT (vias Sem Custos para o Utilizador).

Em Viana do Castelo, o protesto saiu para as ruas pelas 08:20, com uma caravana automóvel acompanhada de buzinão, que acabou por condicionar durante mais de uma hora as entradas e saídas da cidade.

Além de dezenas de utentes, várias empresas – inclusive de transporte de passageiros – marcaram presença no protesto, circulando em marcha lenta, o que levou à formação de filas de trânsito de vários quilómetros à saída da A28.

“Foi um sucesso absoluto, ultrapassou as nossas expectativas. O nosso apelo foi ouvido, as empresas e a população deram aqui uma clara resposta à intenção do Governo de portajar ainda mais o Alto Minho”, afirmou Jorge Passos.

Em cima da mesa está a possibilidade de instalação de 15 novos pórticos de cobrança de portagens, cinco dos quais no distrito de Viana do Castelo, conforme documento enviado pelo Governo à ‘troika’ no final de 2012.

No Alto Minho, são os casos da A28, entre Viana e Caminha (com dois pórticos), e da A27, entre Viana e Ponte de Lima (com três pórticos). Somam-se mais dois pórticos previstos para a A28, que liga Viana do Castelo ao Porto, mas fora do distrito.

Contudo, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, já garantiu que o Governo não pretende avançar com mais portagens enquanto não houver um “novo modelo” para as ex-SCUT.

“Não é possível termos mais portagens, nem as que já temos hoje. Os estudos demonstram que a região do Alto Minho não deveria ser portajada, face aos seus níveis de desenvolvimento”, reafirmou o porta-voz do movimento local de utentes.

Acrescentou que a introdução de portagens na antiga SCUT A28, entre Viana do Castelo e Porto, levou cerca de 40% do trânsito a ser desviado para as estradas nacionais, com “custos acrescidos” para o Estado, face à necessidade de manutenção dessas vias.

“São todos esses custos que devem ser contabilizados pelo Governo”, apelou Jorge Passos, ele próprio um empresário do concelho e que viu a fatura com as portagens crescer oito vezes desde 2010.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, encabeçou o protesto, afirmando tratar-se de uma questão de “cidadania” e pela “defesa da economia e do emprego”.

“As nossas empresas estão a fazer um grande esforço para sobreviver à crise e de repente vemos tudo a ser feito ao contrário, a sobrecarregarem-nas ainda mais. Se avançaram mais portagens corremos o sério risco de ver empresas a deslocalizarem-se para a zona do Porto”, justificou o autarca socialista.

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