A Associação Íris Inclusiva, sedeada em Viana do Castelo, quer colocar em discussão, na Assembleia da República, a colocação de audiodescrição no maior número de programas televisivos, para facilitar e permitir que pessoas cegas ou de baixa visão possam ter acesso à informação.
Para tal, a associação acaba de lançar uma petição online. No mínimo, são necessárias quatro mil assinaturas para que o tema seja debatido no Parlamento.
A diretora técnica da instituição, Isabel Barciela, explica que esta petição constitui-se como uma “ferramenta de pressão e de influência”, no sentido de levar os canais de televisão a oferecer “um maior número de programas com audiodescrição” e dessa oferta ser “extensível a outros canais”. Atualmente, o serviço é, sobretudo, utilizado, segundo a responsável, na RTP.
A associação quer ainda que este serviço chegue “em melhores condições” à casa das pessoas, situação que, com a generalização da TDT (Televisão Digital Terrestre), será “muito mais fácil”.
Isabel Barciela realça que existe “um grande desconhecimento” por parte da população sobre a existência deste instrumento, a audiodescrição. Sublinha, por isso, que é necessário que as pessoas tenham mais informação sobre a importância deste serviço.
Até ao momento esta petição, lançada na internet na quinta-feira, tem já 160 assinaturas. Além dos canais de televisão, esta petição quer ainda chegar à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e ao Provedor do Telespectador.
Refira-se que a Associação Íris Inclusiva – Associação de Cegos e Amblíopes – é uma instituição particular de solidariedade social que nasceu em 2009.
Localizada em Viana do Castelo, tem como missão “a promoção da qualidade de vida dos cidadãos com deficiência visual e das suas famílias, através da dinamização de ações/iniciativas nas áreas da habilitação/reabilitação, da formação e emprego e da cultura/lazer, tendentes à sua plena integração escolar, profissional, social e comunitária”.
Foto: Google
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