PCP quer saber do Governo quais os postos de correios que poderão fechar e quantos postos de trabalho poderão ser eliminados. Resposta deverá chegar ainda esta semana

Até ao final do mês, Honório Novo, deputado do PCP, quer ter uma resposta do Governo quanto ao possível encerramento de postos de correios no Alto Minho. O grupo parlamentar pretende saber do Executivo de Passos Coelho qual a sua posição quanto à intenção apresentada pelos Correios de Portugal, bem como saber quais as localidades que serão afectadas, caso a medida avance.
Honório Novo acusa a empresa pública de "mudar de opinião" no espaço de um mês. Se em Abril, antes das eleições legislativas, a administração dos CTT garantiu não encerrar postos e estações de correios, em Maio, depois do acto eleitoral, a mesma direcção decidiu contrariar essa versão. Para o deputado, o novo Governo deverá "travar esse processo", em nome do "serviço público".
O responsável político considera que, a avançar, esta decisão vai "ferir" o interesse das populações, sobretudo, os mais idosos, que ainda recorrem aos correios, para receberem as suas pensões. Quanto à possível privatização dos CTT, Honório Novo diz que as empresas devem ser "rentáveis" e "eficientes", mas sublinha que "os lucros" não devem pôr em causa o "serviço público".
Os Correios de Porrtugal já manifestaram que pretendem encerrar vários postos de correios por todo o país. Recorde-se o caso de Lanheses, em Viana do Castelo, situação que poderá ser, contudo, abrangente aos restantes nove municípios alto-minhotos. Não concordando com esta medida, o PCP quer saber qual o "entendimento" do Governo sobre esta matéria, quais os postos que podem vir a fechar e quantos postos de trabalho poderão ser eliminados com essa decisão. Apresentadas há cerca de duas semanas, estas questões deverão ter uma resposta até ao final do mês de Julho.