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Paredes de Coura

Paredes de Coura: PSD rejeita cenário de crise – Direita diz que Orçamento «é um vazio enorme»

22 Dezembro, 2016 - 06:20

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Aos microfones da Rádio Vale do Minho, o líder parlamentar do partido esclareceu ausências na Assembleia Municipal.

O PSD de Paredes de Coura rejeita qualquer cenário de crise política. Recorde-se que, nos últimos meses, a concelhia perdeu dois dos nomes mais populares entre os sociais-democratas. Fernando Fernandes, presidente de junta que se desfiliou recentemente do partido e Helena Ramos, vereadora na Câmara Municipal que se demitiu dos órgãos dirigentes do PSD courense. Dias depois de ser conhecida a decisão da autarca, os principais rostos do partido estiveram ausentes na sessão da Assembleia Municipal, decorrida no passado dia 16 de dezembro, onde foi discutido o Orçamento para o próximo ano.
Em declarações à Rádio Vale do Minho, o líder parlamentar do PSD local desdramatizou e atirou culpas para a gestão socialista. “Sabendo da época natalícia que está a decorrer, é muito estranho que se deixe para a última da hora a convocação para a Assembleia de aprovação do Plano e Orçamento. Com a convocatória a chegar-nos no último dia do prazo legal [5 de dezembro], é natural que haja muita dificuldade por parte de todos os elementos em estar presentes”, disse José Augusto Caldas. “A convocatória foi feita sem qualquer contacto com os responsáveis dos grupos parlamentares relativamente ao agendamento da reunião”, lamentou o dirigente que chega mesmo a questionar se esta atitude “terá sido feita propositadamente para debilitar a oposição, no sentido em que tem menos tempo para a apreciar os documentos”.
Após ter recebido a convocatória, José Augusto Caldas garante ter enviado imediatamente um protesto sobre a data agendada. O líder parlamentar diz ter pedido ainda um conjunto de informações acrescidas. “Que obras e valores de comparticipação paga e por pagar que transitam do ano em curso para 2017? Porque motivo está atrasado o pagamento das comparticipações? Porque se registam tantos valores nas rubricas de Outros? A que dizem respeito?”. Estas questões, referiu o dirigente social-democrata, continuam sem resposta.

“Presidentes de Junta votam, por norma, a favor”

Na altura da votação do Orçamento para 2017, dois presidentes de Junta eleitos pelo PSD abstiveram-se. Cinco votaram a favor. O líder parlamentar do PSD courense também não vê qualquer anomalia nestes números. “Os presidentes de Junta, por norma, votam quase sempre a favor do Plano e Orçamento”, esclareceu José Augusto Caldas. “E isto não acontece só em Paredes de Coura! Mesmo em outros concelhos, os presidentes de Junta da oposição que normalmente vão regatear as obras para a freguesa vêem-se obrigados a votar a favor”, continuou. “Quando estamos a falar do plano e Orçamento, é sempre dada liberdade de voto aos presidentes de Junta. Temos de perceber que estes autarcas, antes de defender o partido, têm o superior interesse de defender a freguesia pela qual foram eleitos”, sublinhou.
José Augusto Caldas debruçou-se depois sobre a questão da diminuição da oposição levantada pelo PCP. Durante a Assembleia Municipal do passado dia 16 de dezembro, o deputado João Alves lamentou a fraqueza visível nos partidos da oposição courense, mas considerou que uma das principais razões está no facto da fuga de talentos para outros pontos do país. Seja para estudar ou trabalhar. Na réplica, o deputado socialista Manuel Miranda disse prontamente que “se a oposição tem diminuído, é porque o PS trabalha bem”.
O PSD, previsivelmente, não concorda com nenhuma destas visões e deu novamente o exemplo dos agendamentos em cima da hora. “O que se passa é que a oposição não controla estes pequenos pormenores da política, que não são democráticos, e que leva a que a representação das oposições seja diminuída”, considerou.

Orçamento de “muito paleio”

Durante a sessão da Assembleia Municipal a voz do PSD não se ouviu mas desta vez, ainda aos microfones da Rádio Vale do Minho, o líder parlamentar não poupou nas críticas ao Orçamento Municipal para 2017. “Há muito paleio. Mas em concreto não temos nada!”, exclamou. “Se olharmos para o documento e lhe retirarmos a grande obra da renovação da Escola Secundária, aquilo fica um vazio enorme!”, apontou.
O presidente da Câmara, Vítor Paulo Pereira (PS), considerou que o documento, com um valor global de 13,4 milhões de euros, “é feito de criatividade, de coragem, de emprego, onde sentimos a vida, a cultura, a educação e um futuro novo”. À Rádio Vale do Minho, o líder parlamentar mostrou opinião contrária. “Não há uma ideia estruturante! A criatividade que dizem que têm, não a puseram no papel”, afirmou José Augusto Caldas.

PSD confiante na vitória em 2017 – Candidato deverá ser conhecido em janeiro

Descartado o cenário de crise, José Augusto Caldas deixa a certeza de que o PSD de Paredes de Coura está bem de saúde e confiante de que pode vencer a corrida à Câmara Municipal no próximo ano. “Acreditamos que vamos ter desta vez uma votação significativa que nos poderá conduzir à vitória. Estamos perfeitamente conscientes disso!”, assegurou. “Oportunamente, o PSD apresentará o candidato à Câmara de Paredes de Coura. No início de janeiro vamos inaugurar a sede concelhia do partido. Nessa altura será provavelmente um momento oportuno para anunciarmos o candidato”, concluiu.
Nas eleições autárquicas de 2013, em Paredes de Coura, o PS venceu com 53,4% dos votos. O PSD obteve 36,4%. A CDU ficou-se pelos 4,3% e o CDS/PP não foi além dos 2%. A taxa de abstenção foi de 45%.

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