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Paredes de Coura

Paredes de Coura: Parque Empresarial de Formariz vai ter ligação à A3

8 Fevereiro, 2017 - 09:03

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Desejo do Município que durava há vários anos vai ser uma realidade.

Paredes de Coura vai ter ligação à A3. Depois de vários anos a batalhar, o Parque Empresarial de Formariz está entre os quatro parques industriais do Minho que vão ter acessos novos ou melhorados. O anúncio foi feito esta terça-feira, pelo Governo, durante a apresentação do Programa de Valorização das Áreas Empresariais, no montante global de 180 milhões de euros, dos quais 102 milhões em acessibilidades rodoviárias e 78 milhões na criação e expansão de zonas empresariais, que inclui a construção ou a requalificação de 12 estradas prioritárias.
Para além do Parque Empresarial de Formariz, também o Parque Empresarial de Lanheses, em Viana do Castelo, o Averpark, no concelho de Guimarães – com 18,4 milhões de euros, e áreas de localização empresarial de Ribeirão e Lousado, em Famalicão, são os contemplados pelo programa de valorização das áreas empresariais lançado pelo Executivo de António Costa.

Anos de batalha com final feliz à vista

Para a história, em Paredes de Coura, ficam anos de luta por melhores acessos às zonas industriais. Em 2012, a aspiração da Câmara de Paredes de Coura em construir uma nova estrada de acesso à Zona Industrial de Formariz encravava na falta de financiamento estatal para este tipo de execução. A autarquia, então liderada por António Pereira Júnior, apresentou quatro candidaturas e todas elas foram chumbadas. Ficava mais uma vez adiada uma reivindicação dos vários empresários ali instalados. A um ano de ter de ceder o seu lugar, o autarca courense não poupou críticas ao Governo de coligação PSD/CDS-PP. Pereira Júnior lamentava a falta de visão futura.
Nos «entretantos» da troika e com uma “saída limpa” à mistura, a autarquia courense ganhou novo presidente de Câmara. À semelhança do seu antecessor, Vítor Paulo Pereira foi dando sempre nota de que a Zona Industrial de Formariz parecia estar em contraciclo com os restantes parques industriais do distrito. A edilidade mostrava um aumento significativo na procura de espaço para a instalação de novos negócios.

Negas atrás de negas

Em março de 2015, um grupo de empresários de Paredes de Coura, com o apoio da Câmara Municipal, enviava ao Governo de Passos Coelho uma carta aberta na qual exigiam melhores acessos rodoviários às zonas industriais do concelho. Em declarações à Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara courense, Vítor Paulo Pereira, considerou na altura que “acaba por ser uma reivindicação mais do que justa. Numa altura em que os vários empresários de Paredes de Coura estão a criar mais postos de trabalho e a expandir as respetivas unidades industriais, faria sentido da parte do Governo caminhar no sentido em que caminham os nossos empresários. Temos todos de puxar o país para a frente! Não são só os empresários”.
A carta foi assinada por quatro empresas, responsáveis por mais de mil postos de trabalho: grupos Kyaia, Doureca, MGI Coutier Lusitânia e ValverIbérica.
Dois meses antes, o então deputado socialista na Assembleia da República Jorge Fão tinha já questionado o Ministério da Economia sobre as acessibilidades a Paredes de Coura. Em documento enviado ao Governo, Jorge Fão escreveu que “Paredes de Coura é o Concelho do distrito de Viana do Castelo com piores acessibilidades rodoviárias o que penaliza fortemente as condições de mobilidade de pessoas e mercadorias, estrangulando dessa forma o desenvolvimento económico do concelho e o bem estar da população”. Quanto a resultados, poucos ou nenhuns.
Mas Paredes de Coura somava e seguia. Em maio do ano passado chegava ao Parque Industrial de Formariz uma das maiores unidades de serigrafia da Europa, do grupo galego Valver. O investimento rondava os 2,5 milhões de euros. Mais meia centena de postos de trabalho à vista.

António Costa: “Temos na Kyaia uma situação verdadeiramente exemplar”

A direita já não governava. Era António Costa quem liderava. E foi no passado mês de julho que o o Primeiro-Ministro esteve naquela zona industrial courense [na fotografia], onde visitou as instalações da Kyaia.
O chefe de Governo saudou a empresa pelas provas de inovação que tem dado ao longo da sua existência. Louvou “a capacidade de fazer de forma diferente os produtos que todos continuamos a necessitar”. “Temos aqui [na Kyaia e na marca Fly London] uma situação que é verdadeiramente exemplar. Tanto na inovação como no seu sucesso internacional”, disse António Costa.
Durante a cerimónia, o presidente da Câmara de Paredes de Coura lembrou que “o distrito de Viana do Castelo não é o mais industrializado do país. Mas se existe esta vitalidade em Viana do Castelo, então as coisas estão a acontecer. Imaginem agora o que estará a acontecer noutros lados. O nosso país está a dar passos positivos e isto não é discurso político”, frisou. “A «geringonça» está a andar bem mas o país está a andar muito melhor”.
E andou. Às portas de 2017, Paredes de Coura reclamava o título de campeã nas exportações. De acordo com os dados divulgasdos pelo relatório “Norte Conjuntura” da CCDR-N, Paredes de Coura registou entre 2013 e 2015 um crescimento de 700% do volume de bens produzidos para exportação. Em 2015, o concelho apresentou um volume de exportações sete vezes superior ao de 2013. É maior crescimento das exportações à frente dos 85 concelhos que compõem a Região Norte.
Os dados incendiavam mais a vontade do Executivo Municipal. “Achamos que ainda não estamos à altura das nossas expetativas. Vamos continuar a trabalhar com os empresários e com os courenses, sempre com velocidade institucional, entusiasmo e o querer de quem não perde de vista o impossível porque, estamos convictos, lá temos muito menos concorrência”, atirava Vítor Paulo Pereira nos primeiros dias de janeiro.
O resto da história, está noticiado. Após quatro anos de batalha (possivelmente mais), a garantia está dada. O Parque Empresarial de Formariz vai mesmo ter aquilo que sempre quis.

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