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Paredes de Coura

Paredes de Coura: Militares esvaziaram Tribunal e presidente da Câmara promete mais guerra

1 Setembro, 2014 - 08:03

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Vítor Pereira lembra que “as terras do interior esforçam-se por captar investimento e um dos prémios que este Governo nos deu foi fechar-nos o tribunal”.

O presidente da Câmara de Paredes de Coura reiterou que não vai dar tréguas na luta pelo regresso do Tribunal. Os militares do Exército esvaziaram recentemente o edifício. O cenário reacendeu a revolta na vila. “Coura vai continuar a lutar pelo Tribunal. Não faz sentido fechar tribunais que não tinham grandes custos para o Estado. Paredes de Coura tinha um juíz que era partilhado com Vila Nova de Cerveira. Os processos de Paredes de Coura vão agora todos para o tribunal de Valença com uma pendência de mais de dois mil processos. Se um dos propósitos desta reforma é agilizar e tornar a justiça mais próxima dos cidadãos e mais eficaz, então expliquem-me como vamos tê-la num tribunal de Valença já congestionado”, disse Vítor Pereira à Vale do Minho.
Com este fecho, os courenses ficam a mais de uma hora de distância em autocarro do tribunal de Valença. O edil socialista não poupa críticas ao executivo de Passos Coelho. “Este Governo não acredita nas terras mais pequenas. O líder parlamentar do PSD disse há dias que foi despejado muito dinheiro no interior. Disse que o interior já não tem solução. No entanto, eles esquecem-se que parte das elites do nosso país são provenientes do interior. Ao contrário do que eles pensam, o interior tem futuro! Tem massa crítica e tem pessoas inteligentes!”, atirou o autarca. “As terras do interior esforçam-se por captar investimento. Estão a tentar dar a volta à crise e a tentar criar postos de trabalho. E um dos prémios que este Governo nos deu foi fechar-nos o tribunal”, lamentou.
Refira-se que os courenses têm tido a solidariedade de várias individualidades a nível nacional. Sobretudo mais à esquerda. Numa visita recente ao concelho, António Costa, candidato às primárias do PS, defendeu que “a justiça deve ser feita no local onde os factos ocorreram”. No passado mês de Maio, a bastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga, considerou que, com este encerramento, “deixa de haver a presença do Estado em Paredes de Coura”.
O Tribunal de Paredes de Coura figura na lista dos 20 tribunais encerrados pelo Governo. Numa outra lista, estão 27 convertidos em secções de proximidade. Decisão determinada pelo diploma regulamentar da reorganização judiciária aprovado em Conselho de Ministros.

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