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Paredes de Coura

Paredes de Coura: Festivaleiros dão nota máxima às instalações – Chuva de elogios no primeiro dia

17 Agosto, 2017 - 04:18

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Baixista dos Boucabaca e fundador do festival subiu ao palco 22 anos depois. A emoção foi inevitável.

“Este festival está a ficar com umas instalações impressionantes! Dá imenso gosto estar aqui”. De sorriso no rosto, o Ricardo, com 21 anos veio de Penafiel. É a primeira vez no Vodafone Paredes de Coura. “Já fui a outros festivais e os meus amigos não se cansavam de falar-me deste. Sobretudo o ambiente que aqui se vive! É tudo diferente. Não tem nada a ver com os outros festivais de verão pelo país fora. Acho até que este festival deve ser único no mundo”, disse.
Mais à frente encontrámos a Raquel que, com 19 anos de idade, chegou da capital. Está de férias com uns amigos no Alto Minho. “Este é o terceiro ano que cá venho, mas este ano já superou todas as expetativas. Não só a nível de cartaz como nas condições oferecidas”, referiu. “Adoro os pontos de carregamento de telemóveis espalhados pelo recinto, a decoração diferente e até os autoclismos nas casas de banho! Está impecável mesmo!”, elogiou.
O cenário repetia-se entre os aglomerados de milhares de festivaleiros que afluiram ao recinto do festival na primeira noite da 25ª edição. Ninguém poupou louvores às condições do espaço. Logo à entrada, percebia-se a diferença com a maior homogeneidade na decoração. Mas um dos maiores impactos era sentido no anfiteatro natural onde quase todos repararam no «vazio» deixado com a mudança de lugar da zona de imprensa. Um «vazio» que acabou por destapar uma zona mais natural, com mesas em pedra e que deslumbrava ainda mais o público. E tudo isto antes dos primeiros acordes serem ouvidos.
Eram 19h30 quando a Escola do Rock entrou em palco. Entre os artistas estava Vítor Paulo Pereira, hoje presidente da Câmara… mas que há 25 anos tinha uma banda. Tocava viola-baixo e decidiu, com outros amigos, criar ali um festival de música para jovens. “Ter participado na Escola do Rock permitiu-me recordar tempos da juventude muito bons. Mas o mais importante foi ver a alegria daqueles miúdos, dado que isto é um projeto educativo e também é possível educar através do rock”, salientou o autarca.
Recorde-se que os Boucabaca tocaram nas primeiras três edições deste festival. Com o crescimento do evento e com a presença de bandas cada vez mais profissionais, a banda de Vítor Paulo Pereira decide retirar-se de cena. Passados 22 anos, o baixista voltou ao palco do festival que fundou. “Senti uma grande emoção. Houve ali temas que tocámos que me fizeram sentir a adrenalina e aquele gosto que julguei que tinha perdido”, confessou com um sorriso. “Claro que lá em cima tive alguns «flashbacks». As memórias boas nunca se perdem! Com os Boucabaca passei tempos muito bons, sobretudo na construção da amizade. Passámos bons momentos na estrada. Tocávamos em muitos sítios… pequenos mas bons”, recordou Vítor Paulo Pereira. Já sobre uma nova subida ao palco na edição do próximo ano, Vítor Paulo Pereira respondeu com uma gargalhada. “Acho que não!”, concluiu.

“Este festival está agora numa dimensão estratosférica!”

Entretanto, muitos festivaleiros preenchiam a Praça da Alimentação do Festival. A Tatiana, de 22 anos veio do Porto e mostrou-se também muito surpreendida pela positiva. “A grande variedade de comida que existe aqui é incrível. Até comida mexicana”, apontou com um sorriso. “Este festival já era um exemplo neste aspeto mas agora está numa dimensão completamente estratosférica ao nível da organização e até na limpeza. Já reparei que há sempre gente do «Staff» a circular e a limpar as mesas e até o chão por forma a manter tudo limpo. Muito bom mesmo!”. Ao lado, a amiga Marisa, de 21 anos também do Porto, reclamava com preços excessivamente altos cobrados naquele ponto mas não teve dúvidas em reconhecer o “elevado nível de organização visível em todo o festival. Os autoclismos na casa de banho e o cuidado na ligação ao saneamento deixaram-me mesmo espantada!”, admitiu com um sorriso. “Este festival realmente é muito à frente!”, avaliou.
Já a noite tinha caído quando encontrámos o Ministro da Educação à entrada da zona VIP. De sorriso no rosto, em traje mais informal, Tiago Brandão Rodrigues manifestou a sua alegria ao estar presente “num festival mítico e místico. É enternecedor ver toda esta grande obra que aquele grupo de amigos conseguiu construir. E construíram-no com uma vila que sempre soube acarinhar e entender que este era um momento importante não só economicamente mas sobretudo culturalmente”. “Este é um momento em que todo o país olha culturalmente para Paredes de Coura”, frisou.
Os Mão Morta, que também subiram ao palco neste primeiro dia, acabariam por proporcionar um dos momentos mais marcantes. Adolfo Luxúria Canibal lançou o repto e foram milhares de vozes a cantar os “Parabéns a Você” ao festival courense pelas 25 edições consecutivas. “O mais antigo em edições regulares”, apontou o vocalista da banda bracarense.
Esta quinta-feira o Festival continua. Ao palco principal, pelas 18h30, sobem os YCWCB. Vão seguir-se Car Seat Headrest. Às 21h20 é esperado King Krule. Cerca de duas horas depois é a vez dos At The Drive In. A noite deste segundo dia vai fechar com Nick Murphy, a partir das 0h45. A 25ª edição do Vodafone Paredes de Coura prolonga-se até ao próximo sábado.

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