Portugal entra na 3ª fase de desconfinamento a partir de 1 de outubro, mas a máscara vai continuar a ser obrigatória em vários locais, nomeadamente transportes públicos, lares, hospitais, salas de espetáculo e eventos, grandes superfícies e locais interiores de permanência prolongada.
O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo Primeiro-Ministro, António Costa. No próximo dia 1 de outubro, o país deixa de estar em Estado de Contingência passando à Situação de Alerta.
António Costa começou por recordar que o calendário apresentado quando havia 57% da população com a vacinação completa previa que em outubro haveria “o terceiro e último passo”, contando com os 85% de inoculações. “Estamos agora em condições de avançar para a terceira fase”, frisou.
“Verificámos que quando começámos a vacinar a população mais nova foi uma queda abrupta, convergindo com o conjunto das outras faixas etárias”, apontou Costa.
Assim, a partir de 1 de outubro:
- Portugal continental passa a estar em Situação de Alerta;
- Abertura de bares e discotecas com certificado digital;
- Fim dos limites de horários;
- Restaurantes sem limite máximo de pessoas por grupo;
- Fim da exigência de certificado digital em restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local;
- Fim do limite de lotação no comércio, casamentos e batizados e espetáculos culturais;
- Certificado digital necessário para viagens marítimas e aéreas, em visitas a lares e estabelecimentos de saúde. Também vai ser necessário para acesso a grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos;
- Máscara continua a ser obrigatória em transportes públicos, lares, hospitais, salas de espetáculo e eventos, grandes superfícies e locais interiores de permanência prolongada.
Apresentadas as medidas, Costa lembrou que, “desaparecendo a generalidade das limitações impostas pela lei, entramos numa fase que assenta essencialmente na responsabilidade individual de cada um e de cada uma de nós”.
“Não podemos esquecer que a pandemia não acabou e que, podendo considerá-la controlada a partir do momento em que se atinge os 85% da população vacinada, o risco permanece. Sabemos todos que as vacinas não atingem 100% de imunidade, sabemos que há uma faixa muito pequena de recusas de vacinação, sabemos que há toda a população com menos de 12 anos que não está vacinada e, por isso, o risco existe”, acentuou o primeiro-ministro.
António Costa referiu ainda que o inverno que se aproxima, “apesar de estarmos no início do outono, ainda solarengo”, traz um “elevado risco de infeções respiratórias que se traduzirão num maior número de doenças, como a gripe, mas também num maior risco de contração de covid-19”.
“Significa isto que temos todos de continuar a assumir que temos um dever individual de combater esta pandemia. Isso pressupõe o uso da máscara sempre que é obrigatório e também sempre que é recomendável e sempre que tenhamos dúvidas se isso é importante para garantirmos nós próprios a segurança das pessoas que nos acompanham”, explicou.
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