A vereação socialista na Câmara de Ponte da Barca não poupa críticas aos documentos de Prestação de Contas relativos a 2023 apresentados pela maioria social-democrata.
Em comunicado enviado à Rádio Vale do Minho, a oposição considera que “os factos demonstram que não há crescimento e que a consolidação financeira é uma fábula. Em vez de fantasia exige-se mais rigor e transparência”.
A sustentar o chumbo, o PS apontou outros números.
“O Orçamento de 2023 previa uma realização de despesa de capital (obra!) de 10.123.585,84 euros, mas o resultado foi apenas de 4.575.867,40 euros, ou seja, as Despesas de Capital, importantes para o desenvolvimento do concelho, tiveram uma medíocre execução de 45,20%”, lamentam.
Para os socialistas, o documento “reflete a falta de rigor, planeamento e gestão a que, infelizmente, já nos habituaram”.
“Outros” e “outras”
De fogo cerrado sobre a maioria laranja, os socialistas não perdoam nas críticas e questionam outros pontos.
“O documento com 176 páginas integra um relatório que se resume a frases, em grande parte irrealistas e desvirtuadas da realidade barquense e a uma prestação de contas onde se inscrevem números em rúbricas generalistas como «outros» ou «outras»”.
Para a oposição não restam dúvidas na conclusão a tirar.
“Os factos demonstram que não há crescimento e a consolidação financeira é uma fábula. Em vez de fantasia exige-se mais rigor e transparência”, atiram.
“As contas apresentadas comprovam, mais uma vez, que os orçamentos do executivo PSD são sempre empolados e, em vez, de traduzirem a realidade financeira, são um mero mecanismo de propaganda política que ano após ano procura continuar a alimentar expetativas que, mais uma vez em 2023, não se concretizaram”, considera o PS.
Refere o PS que nem os Revisores Oficiais de Contas emitiram uma opinião favorável.
“Os vereadores do Partido Socialista não podem aprovar um documento quando o mesmo vem acompanhado por um relatório, emitido pelos Revisores Oficiais de Contas, cuja opinião não é favorável mas sim com reservas, onde pode ler-se, além do mais que «neste contexto, não estamos em condições de emitir uma opinião sobre a existência, plenitude, valorização e mensuração dos bens incluídos na rubrica de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis, com referência a 31 de dezembro de 2023, bem como quantificar o respetivo impacto no Património Líquido»”, citam.
O documento foi aprovado com o voto contra da vereação socialista.
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