O PS Ponte da Barca acusa a maioria social-democrata na Câmara Municipal de “gestão imprudente”.
Em nota enviada à Rádio Vale do Minho, os socialistas lamentam que “o PSD de Ponte da Barca insista num endividamento que viola os princípios da estabilidade orçamental, da sustentasbilidade das finanças públicas, do rigor, do equilíbrio, da boa gestão e da não exposição a riscos excessivos”.
“O PS Ponte da Barca tem votado favoravelmente os empréstimos relativos a investimentos que possam beneficiar a nossa Comunidade e melhorar a qualidade de vida dos nossos munícipes. Acreditamos que temos a responsabilidade de garantir que os pedidos de endividamento sejam avaliados com rigor e seriedade, tendo em consideração a capacidade das finanças públicas municipais e o interesse público dos barquenses”, referem os socialistas.
“Para a intervenção Expansão da Área de Acolhimento Empresarial de Ponte da Barca – Rodo, em junho de 2023 foi aprovado pelo PSD um empréstimo junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) de 1.373.034,12 milhões euros – que se soma ao empréstimo inicial de 800.000,00 (oitocentos mil euros) feito em 2019 para aquisição de terrenos e realização de acessos rodoviários”, prosseguem.
“A taxa de juros aplicável ao empréstimo aprovado em junho de 2023 tinha uma taxa fixa de 1,56% ao longo de 15 anos de amortização que se iniciava em 2025. Como existiram graves irregularidades procedimentais, o empréstimo aprovado em junho foi revogado em agosto e pela segunda vez submetido a aprovação com a mesma taxa de juros fixa de 1,56%”, lê-se.
“Sucede que, com as suas trapalhadas habituais, o Executivo do PSD não garantiu a contratação junto do BEI até ao final de 2023 e perdeu aquela taxa fixa de 1,56% que representava um esforço de cerca de 181
386,94 euros de juros. Assim, em fevereiro de 2024, numa terceira deliberação sobre o mesmo assunto, o Executivo do PSD decidiu optar por propor a contratação do mesmo empréstimo junto do BEI, mas agora com uma taxa variável de 3,819% que corresponde a um peso brutal de 460.381,65 euros de juros”, lamentam os socialistas.
Perante este cenário, o PS Ponte da Barca fez as contas, e conclui que “a fatura para os barquenses pela falta de gestão correta dos assuntos municipais implica que o reembolso do empréstimo terá um enorme acréscimo dos custos passando o reembolso do capital e juros previsto para o montante de 1.833.415,77 euros”.
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