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Opinião: Temos que mudar de vida!

2 Maio, 2020 - 00:36

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PUB Temos que mudar de vida! Artigo de José Adriano Monteiro Alves, Professor Deputado na Assembleia Municipal de Monção   A pandemia, denominada Covid-19 que afeta todo o nosso planeta, […]

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Temos que mudar de vida!

Artigo de José Adriano Monteiro Alves, Professor
Deputado na Assembleia Municipal de Monção

 

A pandemia, denominada Covid-19 que afeta todo o nosso planeta, fará que, com elevada certeza, leve a alterações significativas na vida futura das pessoas, tal como a entendíamos até ao momento em que nos “invadiu” sem nos avisar da sua chegada e da sua presença.

Todos os dias assistimos, e rejubilamos de alegria, quando ouvimos falar nas “n” recuperações de casos positivos, seja nos lares (as maiores vítimas), seja em outros locais. Mas, infelizmente, também todos os dias ouvimos falar em novos casos de contágio. E é exatamente aqui que reside o problema maior e que dá enfâse ao título do meu artigo.

As pessoas têm que perceber que necessariamente vão ter que mudar o seu estilo de vida. Enquanto não existir um medicamento, uma vacina, que combata este vírus (e ninguém sabe quando existirá ou se chegará a todos), a nossa convivência em sociedade, seja nos locais de trabalho ou de diversão, jamais será como a conhecíamos.

E é sobre o que acabei de referir, que as pessoas (muitas pessoas), ainda não perceberam. Aqueles que sistematicamente criticam as mulheres e os homens da ciência, nomeadamente nas redes sociais, julgando-se eles próprios os “cientistas instantâneos”, não perceberam que há que confiar na ciência e nos seus agentes. A religiosidade, a maledicência e o
obscurantismo não combatem os vírus. Apenas o escondem.

Esta pandemia trouxe um verdadeiro problema de saúde pública, mas também trouxe, graves problemas sociais e económicos. Muitos desses problemas já se estão a fazer sentir. Pessoas que já perderam os seus empregos, que foram abandonadas, que perderam rendimentos, empresas que fecharam, etc. estão a aumentar todos os dias.

E o cenário não é muito animador.

Por isso, nesta altura, por parte do poder político, sobretudo, esquecendo as rivalidades e as diferenças, a centralidade deve estar no bem-estar das pessoas. Para o caso não interessa a esquerda, a direita ou o centro.

As políticas, e referindo agora, particularmente o concelho de Monção, devem ser orientadas para os problemas das pessoas e das empresas. O emprego que perderam e que precisam recuperar, ou arranjar um novo, o abandono a que foram sujeitos, os rendimentos que diminuíram e precisam de conquistar, para fazer face às suas despesas (que não diminuíram), a recuperação das empresas, serão os grandes desafios que o poder político, no caso concreto de Monção, terá que dar resposta.

As respostas do poder político, assentes no órgão executivo e deliberativo, tanto do Município como das freguesias, passará, inevitavelmente, pela secundarização das “festas e eventos” que se foram realizando ao longo de muitos anos por este Concelho. O afastamento social (inevitável), a qualidade de vida das pessoas, até ao momento que voltemos a fazer tudo “como antes”, exige-nos que sejamos realistas e conscientes. Não podemos aceitar que, contrariamente a algumas “personagens” da nossa vida pública, pensemos em “festas”, quando vemos inúmeras “pessoas” e empresas a passar por dificuldades.

Um dia, não sabemos, (ninguém sabe!) quando, voltaremos todos a poder conviver, a fazer “festas”. Até lá, cada um de nós faça a “festa” em sua casa. Para o seu bem. Para o bem de todos.

 

[Fotografia: José Adriano Monteiro Alves / DR]

 

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