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Valença

Novo modelo de portagens vai discriminar positivamente regiões mais desfavorecidas

19 Abril, 2013 - 14:16

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O secretário de Estado dos Transportes garantiu hoje que ainda este ano entrará em vigor um novo sistema de cobrança de portagens nas antigas Scut, discriminando positivamente as regiões mais desfavorecidas do país.

O secretário de Estado dos Transportes garantiu hoje que ainda este ano entrará em vigor um novo sistema de cobrança de portagens nas antigas Scut, discriminando positivamente as regiões mais desfavorecidas do país.

O novo modelo está a ser preparado pela empresa Estradas de Portugal (EP) e, garantiu Sérgio Monteiro, prevê a “equidade na cobrança” e uma tarifa “mais barata” nas vias do interior, com a definição de um valor máximo em função do índice de desenvolvimento.

“Desde o primeiro ao último quilómetro vai ser cobrado o mesmo e não como com o sistema atual, em que umas zonas [na mesma autoestrada] pagavam muito mais para que outras zonas não pagassem”, explicou o governante.

Reforçou ainda que as tarifas do sistema a implementar nas antigas Scut (vias Sem Custos para o Utilizador) “ainda este ano” serão definidas em função do desenvolvimento de cada região.

“Haverá equidade na cobrança. O valor máximo cobrado em cada um das vias via ter em conta o seu índice de desenvolvimento económico”, disse ainda.

O governante falava durante uma visita de trabalho a Valença e Vila Nova de Cerveira, em que acertou com o homólogo Rafael Catalã, secretário de Estado das Infraestruturas e Transportes de Espanha, os novos modelos de pagamento para estrangeiros nas antigas Scut.

“Hoje, as vias do interior e aquelas que estão em zonas mais desfavorecidas, queixam-se que o preço por quilómetro é caro e que as pessoas e empresas que lá desenvolvem a sua atividade não têm capacidade para fazer esse pagamento. O Governo ouviu esse apelo e está a trabalhar para ter um sistema mais justo”, sublinhou.

Segundo números avançados à Lusa esta semana pela EP, aquela empresa pública arrecadou em 2012 cerca de 153 milhões de euros com as portagens introduzidas nas antigas Scut, mas essa cobrança custou 50 milhões de euros.

Em causa estão os custos para manter essa rede de cobrança das sete concessões ex-Scut, que integra 77 pórticos, ou seja pontos de cobrança eletrónica nos dois sentidos de circulação, além de outros equipamentos de apoio e recursos humanos e técnicos.

Na prática, um terço das receitas com a cobrança de portagens nas antigas Scut serviu para assegurar o próprio serviço de cobrança.

“O sistema quer simplificar a relação com os seus utilizadores: Não queremos pórticos no meio das estradas em que cada um, individualmente, é caro de manter. Ao mesmo tempo ser mais justo para quem utiliza as autoestradas”, rematou Sérgio Monteiro.

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