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Melgaço

Nova geração de Alvarinho

28 Dezembro, 2010 - 10:48

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Na sub-região Monção Melgaço, as antigas "vinhas de bordadura" em torno dos campos de cultivo, estão a dar lugar a vinhedos de continuidade, modernizando e expandindo a produção de Alvarinho e agarrando as novas gerações à terra.

Na sub-região Monção Melgaço, as antigas "vinhas de bordadura" em torno dos campos de cultivo, estão a dar lugar a vinhedos de continuidade, modernizando e expandindo a produção de Alvarinho e agarrando as novas gerações à terra.

Há cada vez mais jovens a aproveitar terrenos de família para produzir vinho verde como meio de subsistência ou segunda actividade. "O único produto agrícola que é rentável na região é o Alvarinho". Nesta frase do vice-presidente da Adega Cooperativa Regional de Monção (ACRM), Armando Fontaínhas, pode estar a explicação para o que está a suceder em Monção e Melgaço.

As vinhas estão a ser arrancadas e substituídas por novas, a uva tinta está a desaparecer e a ser substituíada pela (muito mais) rentável casta Alvarinho, os vinhedos que outrora circundavam as terras onde cresciam milho, batatas ou feijões ocupam agora toda a área, riscando a paisagem com linhas paralelas a perder de vista. Por trás desta transformação está, em muitos casos, sangue novo de filhos ou familiares de produtores cuja idade admite o abandono da terra ou a "passagem de testemunho".

"São jovens que seguem uma tradição de produção de vinho aproveitando o património familiar", explica Márcio Lourenço, responsável pelo Gabinete de Apoio ao Viticultor, de onde nos últimos três anos foram encaminhadas para o Ministério da Agricultura um total de 310 candidaturas ao programa "Vitis" de Apoio à Reconversão e Reestruturação de Vinhas.

Em 2008 foram efectuadas 66 candidaturas, em 2009 mais 92 e em 2010 foram 152, num total de 74 hectares. Dos candidatos à ajuda, que ronda os 10600 euros por hectar de vinha a reconverter, cerca de "20 a 25%" serão jovens, segundo Márcio Lourenço, e os restantes, embora antigos produtores, terão a geração seguinte na rectaguarda. "O escalão etário dos nossos viticultores é bastante elevado, anda acima dos 60 anos e há jovens por trás dessas pessoas", afirma, lembrando que a adega tem actualmente 1700 associados, dos quais os 90 que se associaram à ACRM em 2008 e 2009, têm idades à volta dos 40.

Este responsável comenta ainda que a corrida dos viticultores da região ao "Vitis" estará a acontecer a "um ritmo que impressiona".

FONTE: JN

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