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Vale do Minho

Mulheres da política minhota consideram que discriminação sexual ainda existe

8 Março, 2014 - 08:02

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A Rádio Vale do Minho subiu ao palco político… no feminino. Ouviu a a análise de alguns dos nomes femininos mais conhecidos da praça e damos-lhe a conhecer tudo neste Dia Internacional da Mulher.

As mulheres da política minhota consideram que ainda há discriminação sexual na sociedade portuguesa. Hoje assinala-se o Dia Internacional da Mulher e a Vale do Minho ouviu alguns dos nomes mais proeminentes no palco político do Alto Minho.
Conceição Soares é Vice-Presidente da Câmara de Monção. A paixão pela política despertou muito cedo, ainda adolescente, pela mão do seu pai. Ouvida pela Vale do Minho, a autarca lamenta que ainda existam hoje profissões onde a mulher tem de trabalhar mais que o homem para ser reconhecida. “O que se sente é nós mulheres temos que trabalhar muito mais que os homens para sermos consideradas iguais a eles. Na maior parte dos homens esse comportamento não é consciente. Supõem desde logo que temos outros trabalhos para além do emprego e que não temos tempo para nos dedicarmos totalmente à causa”, considera Conceição Soares.
Em Caminha,a vereadora Ana São João diz que está ainda a descobrir esta paixão pela política. De sorriso nos lábios diz convicta de que a mulher marca muitas vezes diferença em relação ao homem “pelo património acumulado”. Ainda assim, a autarca considera que os episódios em que a mulher é preterida pelo simples facto de ser mulher ainda acontecem. “Apesar do sexo feminino estar nesta altura estatisticamente superior em alguns lugares de poder, ainda há caminho a fazer”, avaliou.
Mais ao lado, em Cerveira, a vereadora Aurora Viães é mais optimista. Admite que a discriminação sexual existe, mas cada vez menos. “Está cada vez mais esbatida. Podemos ter eventualmente pessoas com mais idade que ainda sintam que existem determinados cargos ou tarefas para as quais considerem que a mulher não tem perfil ideal, mas acho que essas situações começam já a ser em número reduzido”.
Assinala-se hoje o Dia Internacional da Mulher. Uma ideia que surgiu nos primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto. No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920. Desde essa data, o dia tem vindo a ser comemorado em vários países, de forma a reconhecer a importância e contributo da mulher na sociedade.

97% das vítimas de violência são mulheres

Uma em cada três mulheres da União Europeia (UE) foi ou será vítima de pelo menos um episódio de abuso sexual, físico ou psicológico, conclui um estudo, alertando para os riscos que as novas tecnologias representam. O maior estudo sobre violência de género alguma vez realizado na UE foi divulgado esta semana pela Agência para os Direitos Fundamentais (FRA, na sigla em inglês), revelando a persistência do problema e um forte pendor de género: 97 por cento das vítimas de violência sexual, física ou psicológica são mulheres.
“É uma chamada de alerta: a violência afeta praticamente todas as mulheres”, disse à Lusa a investigadora Joanna Goodey, em Viena de Áustria, sede da FRA.
As mulheres foram questionadas sobre as suas experiências de abusos físicos, sexuais e psicológicos, em casa, no trabalho, na esfera pública e também no espaço virtual (perseguição e assédio através da internet).
Nos doze meses anteriores à realização do estudo – com 42 mil inquiridas nos 28 Estados-membros da UE -, 3,7 milhões de mulheres foram alvo de violência sexual e 13 milhões de mulheres foram vítimas de violência física.

Trabalham mais 65 dias para ganharem o mesmo que os homens

Para conseguirem ganhar num ano o mesmo que os homens, as mulheres portuguesas têm de trabalhar mais 65 dias. A notícia foi avançada esta semana pelo Jornal de Notícias.
Tal como no ano passado, as mulheres portuguesas continuam a ganhar em média menos 18% de remuneração de base que os homens, à semelhança do que se passa no resto da Europa, e esta diferença salarial aumenta (21,9%) quando se calcula o ganho.
“A óbvia falta de equilíbrio entre homens e mulheres na partilha das responsabilidades domésticas e familiares, assim como enraizadas tradições e estereótipos, continuam a condicionar a escolha”, admite a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), em comunicado divulgado.
A comissão salienta que, atualmente, o fenómeno da diferença salarial entre homens e mulheres assume “predominantemente” uma natureza de discriminação indireta, tornando-o “tão difícil de identificar e corrigir”.

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