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Monção

Monção/Feriado Municipal: PS e PSD já ‘piscam o olho’ à sexta – CDS quer 12 de março

18 Janeiro, 2016 - 10:14

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Regresso do feriado do Corpo de Deus deverá levar vereação a discutir em breve possível mudança do Dia do Município.

PS e PSD de Monção vêem com bons olhos uma mudança do feriado municipal para a sexta-feira imediatamente a seguir ao Corpo de Deus. O regresso deste feriado religioso parece ter caído bem no palco político da vila. A Assembleia da República repôs recentemente os quatro feriados que foram suprimidos pelo anterior executivo em 2013. Assim este ano, o 5 de Outubro, o 1 de Novembro, 1 de Dezembro e o Corpo de Deus voltam a ser feriado. Aos microfones da rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara já começou a ‘esboçar’ um prolongamento das festas do concelho. “Porque não passar o feriado para sexta-feira?! Teríamos quatro dias de festa do concelho: quinta, sexta, sábado e domingo”, apontou Augusto Domingues à rádio Vale do Minho.
O feriado municipal de Monção era celebrado a 12 de Março. No ano passado, as festas do concelho foram mudadas para o dia do Corpo de Deus. Na hora do balanço, o autarca socialista defendeu na altura a ideia de ocupar toda a tarde de domingo com o cortejo etnográfico. Com o regresso do feriado do Corpo de Deus, Augusto Domingues vê mais hipóteses de concretizar o projeto. “Tudo o que é atividade religiosa passaria para quinta-feira e o cortejo etnográfico passaria para domingo. É uma ideia que tenho e que vou discuti-la com o Sr. Vereador da Cultura”, garantiu o edil. “Porque não passar o cortejo para domingo? Daria mais tempo para que ele se desenrolasse. Até agora, com a Eucaristia às 17h00 e o cortejo a começar às 15h00, o cortejo só dispunha de duas horas. Tudo tinha de ser feito um bocado à pressa. Não era exponenciado todo o valor do cortejo”, salientou Augusto Domingues.
Do lado do PSD, António Barbosa também vê com bons olhos a possbilidade de passar o Feriado Municipal para a sexta-feira seguinte ao Corpo de Deus. “Penso que fará todo o sentido, até para podermos criar um programa mais alargado. A Coca ficaria na quinta-feira e isso permitiria algumas alterações ao nível do cortejo”, referiu o vereador social-democrata. “Aquilo que tem acontecido nos últimos anos é que o cortejo etnográfico, que já traz muita gente a Monção, é feito quase ‘de empurrão’ porque temos muito pouco tempo para o fazer”, lamentou. O assunto deverá, por isso, subir muito em breve à reunião de Câmara. “Penso que toda a gente percebeu que, quando o corte destes feriados foi feito, o país atravessava circunstâncias difíceis. É com normalidade que este feriado regressa, não só o Corpo de Deus como todos os outros”, acrescentou o autarca do PSD.

Abel Batista: “Sexta a seguir ao Corpo de Deus é a sexta a seguir ao dia da Coca. Não é mais do que isso”

Sobre esta matéria, o CDS-PP Monção não partilha da mesma opinião. Aos microfones da Vale do Minho, o vereador Abel Batista apoia uma mudança do feriado municipal. Mas defende que a melhor data é o 12 de Março. “Eu sempre disse que o feriado do Corpo de Deus haveria de regressar. Faltava saber quando. Regressa este ano e, para já, haverá menos um feriado em Monção do que nos outros concelhos. Os órgãos municipais poderão voltar a ponderar e o feriado municipal deveria manter-se a 12 de março. É o dia em que se assinala a atribuição da Carta de Foral à localidade de Monção por D. Manuel”, justificou o vereador do CDS-PP. Abel Batista defende, por isso, que “um feriado municipal tem de refletir alguma coisa de relevante e de tradição numa terra. No caso de Monção, o relevante ou é a data da atribuição da sua Casta de Foral ou então o Corpo de Deus”. O autarca centrista recordou ainda que este feriado religioso é móvel e calhará sempre a uma quinta-feira. “Em muitas circunstâncias, já é dada tolerância de ponto na sexta-feira. O feriado municipal deve calhar numa data que deve ser lembrada, dada nas escolas e incutir na população local a importância dessa data e o porquê desse dia. A sexta-feira a seguir ao Corpo de Deus é a sexta-feira a seguir ao dia da Coca. Não é mais do que isso”, concluiu.

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